Os desafios da chegada de Thomas Tuchel

Após a polemica demissão de Frank Lampard, o Chelsea foi rápido em arrumar um substituto e anunciou na tarde de terça-feira (26) a contratação do alemão Thomas Tuchel ex-PSG. Com um contrato de 18 meses, o alemão chega para tentar solucionar graves problemas, principalmente de bastidores.

Ambiente hostil

A demissão de Lampard, escancarou algo que já era costumeiro em outros tempos nos bastidores de Stamford Bridge, o ambiente nada tranquilo, seja por pressão do mandatário Roman Abramovich, seja por problemas no vestiário fato é que as “águas” do Chelsea quase sempre estão agitadas.

Segundo alguns tópicos reportados pelo jornal inglês, The Athletic, os problemas que culminaram na queda do ídolo e agora ex-técnico Super Frank, foram a deterioração da relação de Lampard com Marina Granovskaia (diretora do Chelsea) principalmente devido a insistência do ex-camisa 8 em exigir a contratação de Declan Rice (volante do West Ham) mas também a mandatária, achou que o técnico foi falho na forma como conduziu a situação envolvendo o goleiro Kepa Arrizabalaga.

Outro ponto que foi levantado pelo The Athletic e que será um dos maiores desafios de Tuchel, foi que o clima no vestiário não é dos melhores. Alguns jogadores que vinham sendo pouco utilizados se sentiam “largados” por Lampard e viam a utilização dos jovens frutos da base em detrimento deles, com maus olhos.

Thomas Tuchel chega com a missão de tentar apaziguar um vestiário em ebulição e fazer com que os jogadores se sintam parte do projeto, mesmo com minutos reduzidos. O novo comandante ainda pode precisar persuadir N’Golo Kanté a permanecer em Cobham, já que segundo alguns boatos, o volante não se sente confortável no atual ambiente agitado e conflituoso.

Desempenho e resultado

Aqui também um desafio e tanto para Thomas Tuchel, que vai precisar, mesmo que com pouco tempo conseguir consolidar uma combinação de resultados positivos com um bom desempenho, algo que Lampard vinha sofrendo bastante nas últimas partidas. Não é surpresa pra ninguém, que culturalmente o Chelsea é um time imediatista, muito devido as grandes quantias de dinheiro gastas pelo dono do time, Roman Abramovich.

A equipe de Londres, está fora da zona de classificação para a Champions League do ano que vem, ocupando a 9º posição na Premier League (29pts) e com uma desvantagem de 6 pontos para o 4º colocado que é o West Ham. Vale lembrar que daqui a alguns dias, o Chelsea ira enfrentar o Atlético de Madrid (líder da LaLiga) pelas oitavas de final da atual edição da UCL.

Manter os jovens em desenvolvimento

A principal marca do trabalho de Frank Lampard, foi a promoção e desenvolvimento dos jovens talentos da base, nomes como Mason Mount, Tammy Abraham, Reecee James e etc, tiveram mais chances e foram peças importantes no Chelsea.

Tuchel chega com o trabalho de manter esses jogadores em desenvolvimento, já que os mesmos tem bastante apreço da torcida e vem sendo desde a temporada passada, os pilares da equipe, principalmente se tratando de Reecee James e Mason Mount, o segundo que até foi capitão do Chelsea na vitória contra o Luton Town pela FA Cu, o que foi visto por muitos como um último ato de Frank Lampard no comando da equipe.

Havertz e Werner

Esse talvez seja o principal ponto que justifique a escolha de um treinador alemão por parte do conselho do Chelsea.

Após chegarem cheios de expectativas, a dupla de jovens oriundos da Bundesliga, até o momento não viveu momentos de felicidade em Londres, que pese óbvio o tempo de adaptação a uma nova liga, outro pais e coisas do tipo. Porém o conselho do Chelsea, vê como uma falha de Lampard o não funcionamento das duas principais contratações da equipe para a temporada.

Tuchel chega com uma esperança de que o fator idioma e conhecimento da Bundesliga, seja uma ajuda para recuperar a confiança e fazer com que os talentos de Kai Havertz e Timo Werner enfim desponte com a camisa do Chelsea.

Montar um XI inicial com as principais contratações

Aqui um desafio que mesmo menor, seja um ruído que corre por parte da torcida do Chelsea, o alemão precisara arrumar uma maneira homogênea de escalar os principais reforços juntos e fazer com que eles todos rendam em conjunto. As características dos atletas até permite que isso ocorra, porém são necessárias avaliações de adversário, estilo de jogo e etc para que isso seja realizado.

Conclusão  

Thomas Tuchel chega em um ambiente que está “em chamas” precisa ser rápido e mesmo que em uma temporada atípica, vai ter de solucionar o máximo de desafios possíveis e atender aos anseios de uma diretoria que tem paciência mínima quando o assunto é conquistar. Veremos se Tuchel conseguira repetir o bom trabalho da temporada passada que acabou levando o PSG ao vice campeonato da Champions League ou se vai ser mais uma vítima da máquina de moer treinadores que se tornou o Chelsea.

 

 

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