Jogadores se manifestam nas redes sociais após eleição de Lula

Desde o último domingo (30), jogadores e ex-jogadores brasileiros deixam mensagens de apoio ao presidente eleito com 50,9% dos votos

A polarização na internet durante o mês de outubro foi intensa, sobretudo, por conta das eleições presidenciais que botaram em disputa Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Um dos grandes nomes dessa polarização foi Neymar, que jogou fora o pacto feito entre jogadores e comissão técnica da Seleção Brasileira para não se pronunciarem sobre o assunto. Não no sentido de se omitir em relação ao processo eleitoral, mas sim de não demonstrar publicamente a escolha ou defesa de um dos lados. O camisa 10 da Seleção fez exatamente o contrário, se tornando uma espécie de cabo eleitoral do candidato Bolsonaro.

No fim das contas, quem Neymar apoiava saiu derrotado. Com 50,9% dos votos, Lula foi eleito o novo presidente do Brasil e, após a confirmação de  sua vitória, um número considerável de atletas do mundo do futebol expressou seu apoio ao presidente eleito.

Dentre eles, dois jogadores do Red Bull Bragantino: os atacantes Marcos Vinicios, o “Sorriso”, e Artur. Não apenas os jogadores postarem mensagens de apoio a Lula, como também saíram nas ruas de Bragança Paulista para comemorar com o povo a eleição do petista.

Elias, ex-jogador com passagens por Flamengo e Corinthians, também se manifestou a favor do novo presidente do Brasil, fazendo parte da sua manifestação em plena Avenida Paulista.

Além dele, Caio Paulista, do Fluminense, e seus ex-companheiros de equipe Igor Julião, que atualmente defende o Vizela (POR) e Nonato, que está no Ludogorets (BUL), postaram mensagens de apoio a Lula. Da mesma forma, Paulinho, grande revelação do Vasco que defende o Bayer Leverkusen, celebrou a derrota de Bolsonaro: “O maior presidente da história do Brasil está de volta”, escreveu o camisa 7 do Bayer em seu Twitter.

Ex-volante Elias, agora parte da gestão de Ronaldo no Cruzeiro, fez várias postagens celebrando a vitória de Lula. (Foto – Instagram / Tico Elias)

 

Artur e Sorriso, do Bragantino, celebraram o resultado das eleições nas ruas. (Foto – Instagram / Reprodução)

 

Sem segredo nenhum, outras duas grandes figuras que se posicionaram após a vitória do petista foram Walter Casagrande e Juninho Pernambucano. O ídolo cruzmaltino participou ativamente da campanha do presidente eleito, bem como foi uma das grandes vozes da oposição durante os anos de governo Bolsonaro.

Em relação aos clubes, o Corinthians foi o único a parabenizar Lula por sua vitória nas eleições. “Parabéns ao presidente eleito @LulaOficial pela vitória e a todos os brasileiros por esta eleição, uma verdadeira festa da democracia, terminada em clima de paz, que é o que mais precisamos”, escreveu o clube no Twitter.

Arthur Elias, treinador da equipe feminina do Corinthians, foi um dos milhares que foram até a Av. Paulista comemorar. (Foto – Twitter / vini_n10)

 

Outro nome emblemático do futebol brasileiro que se pronunciou foi Vanderlei Luxemburgo. Antes mesmo da oficialização dos resultados, Luxa postou um vídeo dele em cima de um trio elétrico ao som da paródia “Tá na Hora do Jair”.

Enfim, já nesta terça-feira (1), a torcida Galoucura respondeu a um dos bloqueios no trajeto de Minas Gerais até São Paulo. A caminho do Morumbi, onde o Atlético Mineiro enfrenta o São Paulo no Morumbi nesta terça, às 21h45 (horário de Brasília), a caravana da Galoucura apagou incêndios em barricadas realizados por manifestantes bolsonaristas que impediam a circulação na BR-381.

Inclusive, vale lembrar que nenhum outro jogador que recebeu convocações com regularidade no último ciclo da Seleção se pronunciou de forma direta em relação a nenhum dos lados, a não ser Neymar. A grande crítica ao camisa 10, portanto, não é sua opção política. Mas, sim a forma como ele desrespeitou um acordo realizado com seus comandantes e colegas de equipe, se tornando um grande palanque para Bolsonaro — com o Instagram, até mesmo, colocando tag de notícia falsa em alguns stories e postagens do jogador do PSG.

Futebol e política se misturam. O que não pode acontecer é o desrespeito à democracia e ao direito mais sagrados do povo: a liberdade — de escolha, de expressão e de ir e vir.

você pode gostar também