Alexi Stival, o Cuca, já passou pela maioria das situações que apenas a mística Libertadores pode oferecer. Ser eliminado pelo Once Caldas duas vezes, com o favoritíssimo São Paulo na semifinal em 2004 e com o Cruzeiro que chegou a ser chamado de “Barcelona das Américas” nas oitavas de final em 2011, pelo Barcelona de Guayaquil com o badalado elenco campeão brasileiro e reforçado do Palmeiras em 2017 e, pelo Santos, ser expulso de campo e logo em seguida perder o título para um rival com um improvável gol aos 53 minutos do segundo tempo na final da edição de 2020, há pouco mais de dois meses. A grande maioria das vezes, pra ele, o que parece certo costuma dar errado.
Cuca conquistou a América apenas uma vez. Em 2013, e justamente comandando o Atlético Mineiro, mesmo time que veste o uniforme nos dias de hoje. E o Galo foi especial, o extremo contrário de todos os outros casos “cuquísticos”: Quando tudo parecia ter dado errado, dava certo.
Se um pênalti para o Tijuana no último minuto o eliminaria, Victor defendeu e se tornou santo. Se era muito difícil se recuperar de uma derrota por 2×0 na ida, o Galo virou duas vezes seguidas, inclusive -e principalmente- na grande final contra o Olimpia. O lema daquela conquista foi um só, mas valeu por dois mil e treze deles: Acreditar até o fim.
Nesta quarta-feira, o Galo entra em campo às 19:00 para enfrentar o Deportivo La Guaira e, 7 anos depois do título, volta a disputar a Libertadores sendo comandado pelo técnico que lhe deu a glória eterna. O clima seria perfeito se não fosse a má-fase atleticana e a já presente discussão sobre a continuação ou não do trabalho do treinador.
Hoje, assim como melhor fez em 2013, Cuca tem que saber virar o jogo. Se a história se repetir, ele, mais que qualquer um, sabe que a torcida atleticana sabe acreditar como ninguém.