O Fluminense recebeu o River Plate na noite da última quinta-feira (22) no Maracanã na rodada de estreia da Libertadores e empatou por 1 a 1. A espera pela partida gerou um mix de sentimentos na torcida tricolor: ansiedade, esperança, ânimo e preocupação. Tais sensações foram geradas por conta do time voltar a disputar a competição depois de oito anos e por enfrentar o grandioso River Plate.
Antes da bola rolar, Roger Machado já surpreendeu na escalação, trazendo de volta Luiz Henrique ao time titular, bancando Wellington e abrindo mão do esquema com três volantes. Assim, o Flu foi a campo num 4-4-2 e com a proposta de se fechar e buscar jogadas de velocidade pelas pontas com os garotos de Xerém. O início foi bom e o time conseguia impedir o River de progredir, porém, em um lance isolado e em um erro individual, Marcos Felipe saiu errado e derrubou Borré dentro da área. Na cobrança, Montiel abriu o placar antes dos 20 minutos da primeira etapa.
Nesse cenário, o Tricolor teve que se soltar mais para buscar agredir o adversário. E conseguiu. Através de algumas bolas paradas e das boas jogadas individuais de Kayky e Luiz Henrique, a equipe criou chances e incomodou o River, mas não conseguiu marcar na etapa inicial.
No segundo tempo, foram os visitantes que voltaram melhor inicialmente. Aproveitando os espaços entre as linhas defensivas do Fluminense e da partida abaixo que fizeram Yago e Martinelli, Nicolás De La Cruz foi a principal arma de Gallardo para criar oportunidades de gol. O meia, que começou a partida pelo lado esquerdo, passou a centralizar mais suas jogadas visando o espaço atrás dos volantes do Flu. Por ali, o River incomodou durante os primeiros 15 minutos da segunda etapa, entretanto, nenhuma chance real de gol foi criada.
O contexto do jogo muda quando Roger decide sacar Nenê e botar o equatoriano Cazares. Além de renovar o fôlego na posição, o Flu ganhava um jogador mais dinâmico para se aproveitar dos espaços deixados na defesa do River, visto que o time ocupava o campo de ataque com a posse de bola. E foi assim que o empate saiu. Em contra-ataque, Fred tabelou com Cazares e recebeu dentro da área para finalizar de esquerda e marcar seu nono gol em Libertadores pelo Flu.
A partir disso, o time de Roger ganhou uma injeção de ânimo e criou chances reais de gol, primeiro com Cazares parando em boa defesa de Armani e depois com Lucca chutando para fora quando estava de cara para o goleiro.
Apesar de não ter vencido, o empate foi um bom resultado para o Fluminense devido a todas as circunstâncias que envolviam a partida e por ter conseguido tirar pontos da maior força de seu grupo. E, além do saldo positivo no placar, o Tricolor também pode se orgulhar da atuação do time. Foi superior ao time argentino por muitas vezes durante a partida e conseguiu incomodar mais do que foi incomodado.
Com o empate no Maracanã e o empate entre Junior Barranquilla e Santa Fe, os outros integrantes do grupo, estão todos igualados com um ponto na tabela do Grupo D.