Afinal, por que o mascote do Cruzeiro é uma Raposa?

Conheça a história do mascote cruzeirense a Raposa.

Falar em futebol brasileiro é quase o mesmo que falar de Cruzeiro Esporte Clube. A tradicional equipe mineira é referência ao falarmos sobre títulos, glórias e presença maciça da torcida.

Fundado em 1921, o Cruzeiro já conviveu com algumas mudanças na sua história. Jogou em diferentes estádios, passou por mudanças nas suas camisas, e mudou até de nome, uma vez que o clube era conhecido por Palestra Itália.

E uma das mudanças – ou melhor, adições – mais importantes da história do clube foi a adoção de seu mascote, a já famosa Raposa. Hoje em dia, é fácil e comum encontrar as várias artes da raposa com a camisa celeste, ou fotos do Raposão e da Raposinha, os dois mascotes que animam a China Azul no Mineirão. Mas quando começou isso tudo? Quando o Cruzeiro e a Raposa cruzaram caminhos pela primeira vez?

Mangabeira, o pai dos mascotes mineiros

Fernando Pieruccetti é o pai dos mascotes mineiros
Fernando Pieruccetti é o pai dos mascotes mineiros

Para falar da Raposa, precisamos voltar à metade do século passado e contar a história de Fernando Pieruccetti, ou “Mangabeira”. Mangabeira foi um conhecido chargista mineiro, que trabalhava no jornal “Folha de Minas”. Nos anos 40, recebeu a curiosa missão de associar mascotes aos maiores clubes do futebol mineiro.

Apesar de sua genialidade, Pieruccetti passou por um longo processo criativo até desenhar os hoje famosos mascotes de Cruzeiro, América e Atlético-MG. O rival do outro lado da Lagoa, por exemplo, quase se tornou um polvo, enquanto o América quase acabou representado pelo Pato Donald (sim!).

Nasce a Raposa

A astuta, veloz e valente Raposa (Foto: Site/Cruzeiro)
A astuta, veloz e valente Raposa (Foto: Site/Cruzeiro)

Após muito pensar, Mangabeira chegou à histórica imagem da Raposa Azul em 1945. A ideia era relacionar a rapidez e a astúcia do animal às qualidades do então presidente do Cruzeiro à época, Mario Grosso.

A torcida gostou da ideia, e começava ali o casamento entra clube e animal. Cada vez mais popular, a figura ganhou uma evolução em 2003, quando nasceram o Raposão e a Raposinha Salomé, mascotes projetados para animarem a torcida nos jogos com mando do Cruzeiro, além de participarem em ações de marketing e comerciais, sempre representando o Cruzeiro Esporte Clube.

Raposão e Raposinha: uma dupla imparável (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C)
Raposão e Raposinha: uma dupla imparável (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C)

Menção honrosa (e esquisita)

"Edição 2023" dos mascotes do Cruzeiro durou apenas um dia (Foto: Divulgação/Cruzeiro)
“Edição 2023” dos mascotes do Cruzeiro durou apenas um dia (Foto: Divulgação/Cruzeiro)

Você já conhece a história do Cruzeiro com seu mascote, mas não podemos fechar esta matéria sem citar a gafe cometida pelo clube, já em 2023. Com o intuito de modernizar a figura da Raposa, o Cruzeiro teve a decisão de mudar a aparência do Raposão e da Raposinha. 

Mas se a ideia era agradar a Nação Azul, isso falhou miseravelmente. Os novos mascotes foram muito mal recebidos pela torcida, e viraram motivo de piada no futebol brasileiro. A diretoria celeste foi rápida, e reverteu os mascotes para o design antigo. Moral da história: em time que está ganhando não se mexe, não é mesmo?

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