América dá show, arrebenta o Peñarol e larga em grande estilo na Copa Sul-Americana

Em noite de Gala, Coelho aplica histórico 4 a 1 contra o gigante uruguaio

Na noite desta quarta-feira (5), América-MG e Peñarol abriram suas participações no grupo F da Copa Sul-Americana. A partida foi disputada no Estádio Independência, em Belo Horizonte.

Com a vitória, o América-MG largou na liderança de seu grupo, empatado com o Millonarios. O Peñarol, por sua vez, amarga a lanterna, juntamente com o Defensa y Justicia, e precisará “juntar os cacos” o mais rápido possível.

Escalações

Poupar? Que nada! O América foi a campo com uma equipe forte, e só deixou de fora Aloisio, Felipe Azevedo e Nicolas. O time foi escalado no já conhecido esquema 4-3-3, com muita movimentação do meio de campo e intensidade do ataque.

Matheus Cavichioli, Arthur, Eder, Iago Maidana e Marlon; Juninho, Alê e Benítez; Matheusinho, Everaldo e Mastriani

O Peñarol levou a campo a base de seu esquema titular, que vinha jogando no Campeonato Uruguaio. Destaque para a volta de Lucas Hernández para a lateral-esquerda, e a presença dos habilidosos atacantes Nicolás Rossi e Matías Arezo.

Primeiro Tempo

Se o Peñarol é um grande bicho-papão internacional, o América não ficou sabendo – ou melhor, simplesmente não deu a mínima. Com 3 minutos de jogo, Eder apareceu na área como um atacante após cobrança de falta, e foi ao fundo das redes. Três minutos depois, pressão na saída de bola uruguaia, recuperação quase dentro da pequena área, e gol de Mastriani. Tudo isso antes dos 10 minutos de jogo.

O América estava ligado, era avassalador. O Peñarol demorou muito a reagir, claramente sentindo o golpe. Aos poucos, o time visitante foi se encontrando em campo, e começou a segurar a posse de bola, criando suas primeiras oportunidades de perigo.

O América, por sua vez, se dava ao luxo de administrar o placar logo cedo, e arriscava em contragolpes rápidos. O que faltava para os mineiros era repetir a dose do início de jogo. Mesmo com muito espaço nas investidas laterais, errava bastante na finalização.

Obrigado a atacar, o Peñarol encontrou espaços na cabeça de área adversária e, principalmente, no lado direito de seu ataque (defendido por Marlon). Rossi e Pedro Millans desfilavam pelo setor, criavam chances junto com os meias, mas todos erravam de forma catastrófica suas finalizações.

Gonzalo Mastriani havia disputado apenas uma partida no ano (foto: Mourão Panda/América)

Segundo Tempo

O Peñarol tinha a árdua missão de marcar ao menos dois gols para garantir um pontinho no Brasil. Até voltou com um posicionamento mais agressivo, mas não superou a forte defesa americana. Os contra-ataques começaram a aparecer a todo vapor para o América, e, aos 11 minutos, o inevitável aconteceu.

Juninho recebeu grande passe pela direita, invadiu a área e cruzou rasteirinho. Os zagueiros saíram para dividir com Martínez, mas deixaram Mastriani livre para fazer 3 a 0.

A vitória já estava praticamente garantida, e o técnico Vagner Mancini optou por descansar algumas de suas estrelas, visando a finalíssima do Campeonato Mineiro. Um dos que entraram em campo foi o experiente Wellington Paulista, que pode até ser reserva, mas nunca perdeu o faro de gol. Com apenas um minuto em campo, WP9 apareceu entre os zagueiros, aproveitou excelente cruzamento de Martínez, e cabeceou bonito no contrapé do goleiro Thiago Cardozo.

A noite histórica do América abalou até a presente torcida do Peñarol, que cantava forte até o 3 a 0. Em campo, um misto de surpresa, com nervosismo e desilusão. Não seria possível vencer, o empate estava fora do alcance, e a luta agora era para impedir um revés ainda mais impiedoso.

E não foi por falta de oportunidade que o time da casa não fez mais. As substituições de Vagner Mancini mantiveram a intensidade lá na frente, e as chances continuaram aparecendo. Martínez e Matheusinho quase foram às redes.

Os minutos foram passando, o resultado já era elástico, e o América esperou o tempo passar. O Peñarol foi para o “tudo ou nada”, continuou tomando contra-ataques, mas conseguiu seu gol de honra, já aos 31 minutos, com Brian Mansilla. O gol até reanimou a torcida visitante, que voltou a cantar forte, mas foi o Coelho que comemorou os três pontos. “É por ti, Coelho”, cantaram os milhares de americanos apaixonados na Arena Independência.

Melhor da Partida

Foi uma noite de gala do conjunto americano, mas há de se destacar a presença de Gonzalo Mastriani. O uruguaio fez apenas sua segunda partida no ano, e já foi às redes por duas vezes. Outros destaques foram o sempre polivalente Juninho, o “iluminado” Wellington Paulista, e os incansáveis Benítez, Martínez e Alê.

E se tanta gente de um time só merece atenção, significa que o trabalho está sendo bem feito. Então, mérito total do técnico Vagner Mancini, que consolida cada vez mais um dos melhores trabalhos de todo o futebol brasileiro.

Próximos compromissos de América-MG e Peñarol

O América-MG muda seu foco para a finalíssima do Campeonato Mineiro, no próximo domingo, às 16h. Após perder o jogo de ida por 3 a 2, o Coelho precisará derrotar o Atlético-MG por dois ou mais gols de diferença, no Mineirão.

O Peñarol, por sua vez, buscará manter a liderança do Campeonato Uruguaio. O time entrará em campo no próximo domingo (9), às 18h, para enfrentar o Cerro Largo, fora de casa.

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