Como tem acontecido nos últimos jogos do Chelsea, o time londrino foi envolvido pelos adversários durante os 90 minutos de partida em Stamford Bridge.
Gallagher marcou o primeiro gol dos Blues em quase um mês, porém, Welbeck e Enciso cancelaram a vantagem dos donos da casa e voltarão para o litoral sul da Inglaterra com os três pontos na bagagem.
Escalações
Frank Lampard fez seis mudanças em relação ao time que entrou em campo para enfrentar o Real Madrid na última quarta-feira. Kepa foi um dos nomes mantidos, assim como Wesley Fofana que, desta vez, fez dupla da zaga com Benoit Badiashile. Pelas laterais, a opção foi por Trevoh Chalobah na direita e Ben Chiwell na esquerda.
No meio campo, Enzo Fernández formou o trio com Conor Gallagher e Dennis Zakaria. Enfim, Raheem Sterling, mais um dos mantidos em relação ao time da Liga dos Campeões, atuou como falso 9 com Christian Pulisic e Mykhailo Mudryk pelas alas.
Com Robert Sánchez de volta como titular na meta, De Zerbi escalou o Brighton com a mesma base que vem utilizando desde sua chegada no clube.
Sem poder contar com Levi Colwill, emprestado aos Seagulls pelo Chelsea, Adam Webster foi escalado para formar a dupla de zagueiros ao lado de Lewis Dunk. Pelas laterais, as opções foram por Joel Veltman e Pervis Estupiñan.
Em uma primeira linha no meio campo, Pascal Gross e Moisés Caicedo atuaram lado a lado com Solly March, Alexis Mac Allister e Kaoru Mitoma mais avançados. O comando do ataque ficou sob responsabilidade de Evan Ferguson.
Primeiro tempo
Os momentos iniciais do jogo foram movimentados, com ambas as equipes bucando o ataque: o Brighton com o trabalho da posse e o Chelsea buscando ligações mais diretas com os homens de frente.
Aos três minutos, Mac Allister teve a primeira grande chance do jogo, aparecendo na pequena área para finalizar. Contudo, a bola foi direto para a rede pelo lado de fora.
Mudryk recebeu de Badiashile escapou em velocidade pela esquerda. A única opção para seu marcador, Joel Veltman, foi parar o ucraniano na falta, que lhe rendeu um amarelo logo aos quatro minutos.
Na cobrança de falta, Chilwell levantou dentro da área, mas a defesa dos Seagulls afastou o perigo.
Aos seis minutos, Mudryk interceptou um passe na tentativa de saída de bola do Brighton e buscou Sterling na área com o cruzamento. Dunk fez o corte providencial para evitar que a bola chegasse no camisa 17 e jogando a bola para escanteio.
A resposta do Brighton foi imediata. Mitoma passou com facilidade por Chalobah e cruzou para Mac Allister, livre, na área do Chelsea. A bola foi direto para fora, mas com muito perigo.
Na tentativa de saída de bola dos Blues, os Seagulls roubaram a bola rapidamente e tiveram mais uma grande chance. Desta vez com Ferguson, que finalizou mas foi parado pelo travessão.
Tudo isso, em apenas 10 minutos de jogo. A pressão dos dois lados na saída de bola, sobretudo dos visitantes, criou muitas chances a partir de erros forçados e de roubadas de bola no terço final.
Aos 13 minutos, enfim, toda ação se traduziu em gol. Enzo conectou com Mudryk que partiu em velocidade para o ataque. O ucraniano passou pela marcação em velocidade, passando para Gallagher que aparecia pelo meio.
O inglês finalizou da entrada da área e, com um grande desvio da defesa do Brighton que deixou Sánchez vendido no lance, abriu o placar para o Chelsea.
Aos 20 minutos, o Brighton apareceu novamente com uma tentativa de cruzamento de Estupiñan. Apesar dos protestos de uma possível mão de Pulisic dentro da área, nem a arbitragem nem o VAR interpretaram como lance de penalidade.
Cinco minutos depois, Mitoma recebeu de Mac Allister e fez fila no terço defensivo do Chelsea antes de entrar na área e finalizar para a grande defesa de Kepa.
Veltman acabou sentindo logo na sequência e precisou ser substituído. Enciso substituiu o lateral, mas quem assumiu a posição de Veltman em campo foi Gross, que passou para a lateral direita, com Enciso aparecendo no meio de campo.
Aos 29, Mitoma aparceu mais uma vez. No minuto seguinte, foi Mac Allister finalizou. Ambas as tentativas indo direto para fora.
A pressão do Brighton seguiu e March inverteu uma bola sensacional para o camisa 22 dos Seagulls. Por sorte do Chelsea, Chalobah se recuperou bem no lance e tirou a bola do domínio do japonês e afastando o perigo.
Os visitantes logo recuperaram a bola e tiveram mais uma grande chance aos 33 minutos. Enciso levou para Ferguson que, de muito perto, cabeceou para mais uma defesa providencial de Kepa. Ferguson e Kepa sentiram após o lance, porém, o atacante irlandês acabou se dando pior e precisou ser substituído.
Danny Welbeck entrou no lugar do camisa 28 dos Seagulls na segunda substituição de De Zerbi por conta de lesão.
O impacto de Welbeck foi imediato. Em mais uma boa jogada trabalhada pelo Brighton, Gross cruza e o camisa 18 sobe, no meio de dois defensores, e cabeceia para o fundo da rede aos 42 da etapa inicial.
A postura do Brighton não mudou: a pressão e o domínio seguiram em todos os setores do campo. Já nos acréscimos, Mac Allister finalizou da entrada da área, mas o chute contou com um desvio para tirar a trajetória da bola do ângulo do goleiro Kepa.
Aos 48, o Chelsea conseguiu aparecer. Chilwell e Gallagher combinam bem em jogada que termina com o cruzamento na pequena área. Pulisic conseguiu o cabeceio mas parou na trave.
Após quatro minutos de acréscimo, o árbitro apitou o fim de primeiro tempo que terminou com o empate em 1 a 1 no placar.
Segundo tempo
O cenário do jogo no segundo tempo pouco mudou e logo nos primeiros minutos o Brighton demonstrou todo seu poder ofensivo.
Enciso e Welbeck combinaram em dois lances seguidos forçando duas defesas. Na sequência, Estupiñan tentou a finalização, com pouco ângulo, pela esquerda e acabou sendo bloqueado.
Aos seis minutos, Estupiñan apareceu mais uma vez pela faixa esquerda obrigando Trevoh Chalobah a pará-lo na falta – o que rendeu um cartão amarelo para o defensor do Chelsea.
A cobrança de falta não levou perigo. Porém, o Brighton logo retomou a bola para voltar a bombardear a defesa dos Blues.
Dentro de dois minutos, Enciso, March, Mac Allister e Welbeck finalizaram para os Seagulls. Por sorte dos donos da casa, parando em Kepa ou em algum bloqueio.
Pelo volume de jogo dos visitantes, o placar da partida em Stamford Bridge deveria estar indicando uma vitória ampla dos Seagulls. Logo, diante da necessidade de reação, Lampard promoveu as primeiras mudanças no lado do Chelsea: Ziyech, Kovacic, Reece James e João Félix entraram nos lugares de Pulisic, Enzo Fernández, Fofana e Sterling.
Com isso, Chalobah foi para a zaga formando dupla com Badiashile e James entrou para atuar pela lateral direta.
Pouco mudou do lado do Chelsea, apesar da tentativa de Lampard, enquanto o Brighton seguia pressionando pelo gol do desempate.
Aos 16 minutos, Enciso apareceu finalizou e, pela segunda vez no jogo, os Seagulls tiveram um chute parado pela trave. Com a pressão ofensiva dos visitantes incomodando mais a defesa do Chelsea a cada minuto.
Já nos 30 minutos finais de partida, os Blues, finalmente, conseguiram chegar ao ataque.
Primeiro com Mudryk, que finalizou para a defesa de Sánchez. Depois com Chilwell, que cabeceou a bola vinda de cruzamento de Ziyech para fora. Por fim, Kovacic deu seu tento mas foi bloqueado.
Na sequência, o Brighton retomou o controle da posse e logo tirou o empate do placar.
Aos 21 minutos, Enciso recebeu de March e bateu de longe, com força, sem qualquer chance de defesa para Kepa – que estava completamente fora de posição, despreparado para o tento.
Visando a metade final da etapa complementar, Mason Mount substituiu Zakaria no meio campo do Blues. Mais uma vez, pouco fez diferença a mudança dentro de campo.
Mesmo abrindo o placar, o Chelsea foi dominado do início ao fim pelos comandados de De Zerbi que, pelo volume de jogo, deveriam ter vencido por uma diferença muito maior.
Entrando nos minutos finais, o Brighton se postou para administrar sua vantagem. O que não foi muito difícil já que a bola ficou muito mais com os visitantes ao longo de toda a partida.
Já aos 41, van Hecke substituiu Webster na defesa em uma troca de jogadores da mesma posição.
Mesmo com os sete minutos de acréscimo, o 2 a 1 em favor do Brighton não foi alterado no placar. Logo, o Chelsea chega a cinco jogos sem vencer em todas as competições e precisa ligar o alerta na Premier League, já que se aproxima cada vez mais dos times na zona da degola.
Próximos compromissos
Antes de voltar a entrar em campo pela Premier League, o Chelsea tem o jogo de volta contra o Real Madrid nas quartas de final da Liga dos Campeões. Precisando reverter uma desvantagem de 2 a 0, os Blues recebem os Merengues na terça-feira (18) às 16h (horário de Brasília).
O próximo compromisso do Brighton, por sua vez, também não é pela Premier League. No próximo domingo (23), os Seagulls enfrentam o Manchester United em Wembley pela semifinal da Copa da Inglaterra.
Será a terceira viagem consecutiva do Brighton para a capital inglesa, desta vez, buscando uma vaga na final da tradicional copa nacional.