Pela terceira temporada consecutiva, o Chelsea Women foi a Wembley disputar o título da FA Cup, desta vez, contra o Manchester United. Apesar do adversário inédito na decisão, as Blues repetiram o que haviam feito nas ocasiões anteriores: venceram. Com isso, o time londrino conquistou o pentacampeonato na Copa da Inglaterra, sendo o terceiro de forma consecutiva.
Sam Kerr, que havia marcado dobletes nas duas conquistas anteriores do Chelsea, também deixou sua marca neste título e, desta vez, um gol foi o suficiente para fazer a diferença.
Escalações
Emma Hayes manteve a base da escalação que tem utilizado nesta reta final de temporada com Ann-Katrin Berger no gol e a linha defensiva sendo formada por Niamh Charles e Ève Pérriset nas laterais e com Maren Mjelde e Magda Eriksson formando a dupla de zagueiras.
Melanie Leupolz e Erin Cuthbert vieram como meias de contenção com Lauren James, Jessie Fleming e Guro Reiten formando o trio de meias ofensivas. Por fim, Sam Kerr foi a escolhida para comandar o ataque das Blues.
O Manchester United de Mark Skinner foi escalado espelhando o esquema das adversárias, com Mary Earps no gol e a linha defensiva formada por Ona Batlle na lateral direita, Maya Le Tissier e Millie Turner na zaga e Hannah Blundell na lateral esquerda.
Na primeira linha de meio campo, a capitã Katie Zalem começou ao lado de Hayley Ladd e à frente da dupla estava o trio Leah Galton, Ella Toone e Nikita Parris. No comando do ataque, a opção foi por Alessia Russo.
Primeiro tempo
A partida começou animada em Wembley como Manchester United se aproveitando de um erro defensivo do Chelsea logo no primeiro minuto para abrir o placar com Galton. No entanto, Toone, que deu a assistência para a camisa 11, recebeu a bola em impedimento e o gol das Red Devils foi bem anulado.
Apesar do baque, o ímpeto do United não diminuiu e o time de Manchester se manteve forte no ataque causando problemas à defesa do Chelsea, que demorou a crescer na partida. As Blues começaram a aparecer mais a partir dos 20 minutos de jogo, contudo, ainda errando muito, sobretudo no meio campo. Essa situação gerou uma frustração evidente no time comandado por Emma Hayes: um time que gosta de ter a bola e comandar as ações do jogo.
Passando da marca dos 30 minutos, as londrinas tiveram mais um susto. Em cobrança de falta quase do círculo central, a bola foi levantada na área, no bate e rebate, a bola sobrou em Turner que bateu para a grande defesa de Berger. Antes da goleira defender, a bola ainda desviou em Mjelde, tirando velocidade do chute e permitindo a defesa da sua companheira – desvio providencial para manter o Chelsea no jogo.
E a pressão do United não diminuiu. Pouco depois da grande defesa de Berger, Russo conseguiu avançar pela direita e cruzar a bola para dentro da área. A bola chegou em Galton, que pegou muito embaixo e chutou por cima do travessão. Enquanto isso, o Chelsea conseguiu sua primeira grande chance apenas aos 41 minutos. Charles levantou a bola na pequena área e Lauren James conseguiu o cabeceio, mas Earps fez grande defesa para impedir que o placar fosse aberto.
Assim, a partida foi para o intervalo com o empate sem gols persistindo no placar. O United foi o melhor dos times na primeira parte do jogo e merecia estar à frente do placar, porém, seus planos foram frustrados por Berger e pelo destino e a equipe saiu frustrada por não ir para o intervalo com a vantagem.
Segundo tempo
Como de se esperar, o jogo não permaneceu o mesmo na etapa complementar. As Blues voltaram do intervalo mais ligadas, conseguindo permanecer mais com a bola e, acima de tudo, tomando melhores decisões na jogadas. Tanto em termos de tomada de decisão quanto em termos de intensidade. Contudo, as melhores descidas ao ataque seguiram sendo do United.
O panorama só mudou completamente para o Chelsea depois que Emma Hayes promoveu suas primeiras mudanças no time: Leupolz e Fleming saíram para as entradas de Ingle e Harder. A entrada da camisa 23 deu outra cara para o ataque do time londrino, dificultando e muito a defesa das adversárias, que não sabiam como lidar com a atacante dinamarquesa.
Enfim, aos 23 minutos, a mudança de postura do Chelsea foi recompensada. Reiten passa para Harder que escapa pela direita e cruza para Kerr que, livre, empurrou a bola para o fundo da meta defendida por Earps. O gol impactou visivelmente o Manchester United que já não conseguia chegar com o mesmo ímpeto de antes. Com isso, o jogo se tornou bastante confortável para as Blues.
Aos 35 minutos, Sam Kerr recebeu bola em profundidade, bateu a marcadora, avançou para dentro da área e cruzou buscando Ingle. A camisa 5, no entanto, pegou muito mal na bola e isolou o que, com certeza, selaria o jogo para as londrinas. Já nos acréscimos, Mark Skinner lançou seu time para o tudo ou nada. No último minuto do tempo extra, o United teve duas grandes chances em sequência com Galton, mas Berger e Buchannan, que entrou ao longo da etapa complementar, salvaram o Chelsea de sofrer o empate.
Com isso, a juíza apitou o fim da partida, cravando a vitória e o título para as Blues.
Próximos compromissos
Como se não bastasse a disputa na FA Cup, Chelsea e Manchester United batalham diretamente pelo título da FA Women’s Super League, o campeonato inglês feminino, que está nas suas rodadas finais.
As Blues voltam a campo no meio de semana para enfrentar o West Ham em jogo adiado da 19ª rodada. O jogo será na quarta-feira (17) às 16h15 (horário de Brasília) no Chigwell Construction Stadium.
Enquanto pela 21ª rodada, no domingo (21), tanto Chelsea como United tem clássicos decisivos pelo campeonato inglês feminino. As Blues enfrentam o Arsenal em Kingsmeadow às 8h30 (horário de Brasília) enquanto as Red Devils recebem o Manchester City no Leigh Sports Village às 14h45 (horário de Brasília).