Roma segura empate com o Bayer e está na final da Europa League

José Mourinho leva o time italiano a sua segunda final europeia consecutiva

José Mourinho levou a Roma para Leverkusen e deu mais uma aula de futebol diante de Xabi Alonso, que foi comandado pelo português enquanto era jogador do Real Madrid. Se aproveitando da vantagem do empate, talvez de forma arriscada demais, os Giallorossi deixaram o jogo para o Bayer Leverkusen e apostaram na sua solidez defensiva. Apesar dos sustos, o plano de Mourinho, mais uma vez, deu certo.

Sendo assim, os Romanistas seguem sua empreitada europeia e vão à Budapeste no final de maio para a decisão do título da Europa League.

Escalações

Xabi escalou o Bayer no 3-4-2-1 com Hradecky mantendo a titularidade no gol. Na linha defensiva, Tah formou o trio com Hincapie e Tapsoba. Nas alas, a opção do treinado foi por Bakker e Frimpong com Palacios e Demirbay centralizados no setor de meio campo. Mais avançados, Wirtz e Diaby ainda no meio de campo com Azmoun no comando de ataque.

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Escalação do Bayer Leverkusen. Foto – Bayer 04

 

Sem novas lesões e com o time descansado, já que muitos titulares foram poupados no duelo do fim de semana pelo Campeonato Italiano, José Mourinho optou por repetir a escalação da partida de ida no Olímpico.

Rui Patrício retornou à meta, com Cristante, Mancini e Ibañez formando a linha defensiva. Pelas alas, Celik e Spinazzola com Matic e Bove pela faixa central. Mais uma vez, a opção foi por um único meia ofensivo: o capitão Pellegrini. Enfim, Abraham e Belotti fecharam a escalação da Roma no comando do ataque.

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Escalação da Roma. Foto – AS Roma

Primeiro tempo

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Pellegrini protege a bola da marcação de Frimpong. Foto – AS Roma

 

O início da partida começou como esperado: com a posse de bola, o Bayer controlou as ações, porém, encontrando muita resistência da bem organizada defesa romanista que obrigava os jogadores do time alemão a tocar bastante a bola em busca de espaço. Apesar do controle do Leverkusen, a primeira grande chance da partida foi da Roma logo aos dois minutos: em bola esticada, Abraham fez o pivô e ajeitou para Pellegrini. O capitão finalizou da entrada da área, com perigo, à esquerda da meta de Hradecky.

Aos sete minutos, enfim, o Bayer encontrou o espaço que procurava e teve sua primeira finalização na partida. Frimpong passou para Demirbay que, da entrada da área, chutou para a defesa de Rui Patrício. Pouco depois, mais uma chegada dos alemães: Wirtz conseguiu uma boa carregada e, mesmo pressionado, conseguiu rolar para Diaby. A finalização do camisa 19, no entanto, foi para fora.

Aos 12 minutos, Diaby apareceu de novo. O meia-atacante do Bayer recebeu em profundidade e facilmente bateu Ibañez na marcação. Mesmo sem muito ângulo, o francês chutou, desta vez, sendo parado pela trave. Aos 20, Demirbay voltou a finalizar, novamente, da entrada da área. O turco pegou forte e rasteiro, obrigando Rui Patrício a fazer grande defesa. Na jogada de escanteio, consequência do lance, nada aconteceu.

Na metade do primeiro tempo, os donos da casa tinham 76% da posse de bola dentro da BayArena, assim como tinham finalizado seis vezes, duas delas sendo no alvo. A Roma, por sua vez, se defendia como podia e apostava em contra-ataques com bolas longas. Aos 26 minutos, o Leverkusen voltou a chegar e mais uma vez com Demirbay da entrada da área: o camisa 10 recebeu de Palacios e finalizou rasteiro, parando em Rui Patrício.

Aos 34 minutos, um revés para Roma. Spinazzola sentiu e precisou ser substituído. Em seu lugar, entrou Zalewski. Uma grande perda para os Giallorossi em termos de experiência e intensidade defensiva. Entrando nos 10 minutos finais, mais acréscimos, o jogo em Leverkusen ficou quente e disputado com o controle da posse e das ações estando com o time alemão. Porém, o placar permaneceu inalterado e a partida foi para o intervalo com o empate em 0 a 0 permanecendo no placar.

Segundo tempo

Rui Patrício contou com a sorte e fez grandes defesas ao longo da etapa complementar para garantir a classificação romanista. Foto – Joachim Bywaletz/DeFodi Images

 

 

No retorno após o intervalo, José Mourinho promoveu mais uma mudança no lado italiano, desta vez, por opção e não por necessidade. Wijnaldum, portanto, entrou no lugar de Belotti e, dessa forma, a Roma passou a ter apenas um homem de frente, com o meia holandês atuando como meio campista, garantindo mais intensidade na marcação no setor.

A etapa complementar começou nervosa, com muita intensidade e disputas, obrigando o árbitro a trabalhar. No entanto, não demorou muito para o Bayer retomar o controle da partida e empilhar boas chances. Aos 21, Demirbay teve mais uma boa chance da entrada da pequena área, mais uma vez obrigando Rui Patrício a uma grande defesa para deixar o placar inalterado.

Aos 28 minutos, precisando de pelo menos um gol, Xabi fez a primeira mudança do lado do Bayer: Amine Adli substituiu Mitchel Bakker, que já estava amarelado. Assim, dando mais força ofensiva pela esquerda. Enquanto isso, do lado da Roma, Celik sentiu e precisou sair. Em seu lugar, entrou o zagueiro Smalling.

Pouco depois das mudanças, o Leverkusen apareceu novamente. Tah recebeu de Diaby e finalizou com força, de fora da área, porém, a finalização foi desviada e foi para fora. Já entrando nos 10 minutos finais, mais uma mudança de Xabi para oxigenar e fortalecer o ataque: o meia Palacios saiu para a entrada do atacante Hlozek. No minuto seguinte à mudança, Hlozek apareceu com um grande cruzamento para Azmoun que finalizou com muito perigo, mas, para a sorte da Roma, a finalização passou raspando a trave e saiu pela linha de fundo.

Aos 39, o Bayer conseguiu trabalhar bem, rondando a primeira área e, no fim das contas, a bola sobrou para Frimpong que ia marcar o gol de empate. No entanto, o chute foi travado e perdeu velocidade, permitindo a defesa de Rui Patrício. Na sequência, mais uma mudança no Leverkusen que entrou no modo tudo ou nada: Amiri entrou no lugar de Tah.

Com as muitas pausas, o árbitro deu mais oito minutos de acréscimo. Pouco mudou nos acréscimos em relação ao que aconteceu na etapa complementar. O Bayer deu o último gás e fuzilou a meta defendida por Rui Patrício. Mas o ônibus romanista estava muito bem estacionado e, depois de mais um minuto além dos acréscimos iniciais, o árbitro apitou o fim do jogo. O empate sem gols na BayArena garantiu a classificação da equipe de José Mourinho que havia vencido a partida de ida por 1 a 0 em Roma.

A grande final

A decisão da Europa League acontecerá ainda em maio, mais precisamente, no dia 31. A partida será disputada na Puskás Aréna, em Budapeste, na Hungria, com início marcado para às 16h (horário de Brasília).

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