O que faz um atleta se tornar um ídolo? As conquistas, a entrega dentro de campo, a relação com a torcida? Pra você que tá chegando agora aqui no Na Beira do Campo, seja por estar procurando alguma coisa sobre Roberto Firmino ou por indicação de algum amigo – mantenha-se próximo desta pessoa -, o blog é feito por jovens jornalistas, apaixonados por futebol e que usam o site pra cobrir e falar sobre suas paixões.
Uma das paixões de quem vos fala é o gigante vermelho de Merseyside. E, apesar de acompanhar o clube antes da chegada do sorriso mais emblemático da Seleção Brasileira e do Liverpool, a vinda do brasileiro aproximou a relação. Roberto Firmino se tornou ídolo. Respondendo as perguntas do início do texto, Firmino responde todas as questões com louvor.
Pelo Liverpool, venceu tudo que podia. Conquistou Champions League, Premier League, Mundial de Clubes, Supercopas da Europa e da Inglaterra, além das Copas da Inglaterra e da Liga Inglesa. Dentro de campo, montou um ataque mortal com Mohamed Salah e Sadio Mané e, mesmo sendo o “centroavante”, era quem voltava pra compor a linha defensiva, desarmava e armava pros companheiros e se tornou o jogador mais importante da formação de Jurgen Klopp. A relação com a torcida foi diferente. O “Si Señor” entoava por onde o Liverpool jogasse, mesmo que Firmino não estivesse em campo. A despedida em Anfield, com um gol à frente da Kop – arquibancada onde a torcida do Liverpool é mais inflamada -, emocionou cada Red que estava dentro ou fora do estádio.
Firmino vai deixar saudade. Na Premier League, nenhum brasileiro tem mais gols que ele. Nos oito anos em Anfield, Bobby marcou 82 vezes em 256 partidas. Como se destacou como o camisa nove mais solidário da última década, ainda distribuiu 50 assistências no Campeonato Inglês. Contando todos os jogos pelo Liverpool, Firmino se despede com 362 jogos, 111 gols e 71 assistências. Subestimado e, por muitas vezes injustiçado, Firmino nunca deixou de sorrir. Sempre se mostrou solícito às entrevistas e caloroso com os companheiros de equipe e com a torcida, mesmo nos momentos ruins nestas oito temporadas na Inglaterra.
Aos 31 anos, Firmino deixa o Liverpool, na clara sensação de que a passagem se encerrou no momento certo e de que foi muito mais do que se imaginava quando chegou de Hoffenhein. Sim, Bobby foi ídolo. O sorriso de Firmino ainda deverá ser vistos nos campos europeus, ainda que sem a certeza do próximo destino, mas há uma coisa que a Kop quer que todos saibam, onde quer que ele vá: o melhor do mundo é Roberto Firmino. Nosso nove, sim, senhor. Obrigado, Bobby!