Nos pênaltis, Sevilla bate a Roma e conquista a Europa League

O título de Budapeste é o sétimo dos Rojiblancos, que se isolam ainda mais como maiores campeões da campetição

A mágica andaluz se fez realizada novamente, desta vez, em Budapeste. Apesar de sair atrás no placar, o Sevilla conseguiu o empate com A Roma a partir de um gol contra de Gianluca Mancini.

Como a história mostra, contra os Rojiblancos na Europa League não existe margem para erros. O jogo acabou indo para as penalidades, mas, pela sétima vez em 14 anos, o Sevilla prevaleceu e conquistou o troféu da competição.

Escalações

José Mendilibar escalou o Sevilla no esquema de 4-2-3-1 com Bounou no gol e a linha defensiva formada por Jesús Navas, que esteve na primeira conquista da Europa League do Sevilla, pela lateral direita, Badé e Gudelj formando a dupla de zagueiros e Alex Telles na lateral esquerda.

Fernando e Rakitić formaram a primeira linha de meias, mais contidos com Ocampos, Óliver Torres e Bryan Gil mais avançados;. Fechando a escalação do time espanhol: En-Nesyri foi o escolhido para comandar o ataque.

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Escalação Rojiblanca. Foto – Sevilla FC

 

Com retornos importantes, José Mourinho pode escalar o time que mais se aproximou daquele que começou jogando a temporada. Poupado no fim de semana, Rui Patrício voltou à titularidade na meta e o trio defensivo mais utilizado pelo português quando todos estavam em condições físicas: Mancini, Smalling e Ibañez.

No meio campo, Çelik e Spinazzola foram os escolhidos para as alas com Cristante e Matić fechados pela faixa central. Apesar das especulações e até da fala de Mourinho na véspera da partida, Dybala começou a partida como titular ao lado de Pellegrini mais avançados com Abraham à frente deles no comando do ataque.

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Escalação Giallorossa. Foto – AS Roma

Primeiro tempo

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Mancini e Dybala comemoram após o gol que inaugurou o placar. Foto – AS Roma

 

Como de se esperar, a grande decisão na Puskás Arena começou nervosa e com bastante disputa. Sevilla e Roma conseguiram chegar ao ataque, no entanto, não foram efetivos, apesar dos escanteios que conseguiram ainda nos momentos iniciais.

A primeira grande chance do jogo veio aos 11 minutos, com a Roma. Celik avançou pela direita e cruzou para Spinazzola. O camisa 37 pegou bem na boa, mas o chute foi direto nas mãos de Bono.

Após o tento Romanista, o jogo retomou a intensidade e a disputa entre espanhois e italianos, com bastantes faltas sendo marcadas sobretudo no setor de meio campo. Pouco depois da marca dos 30 minutos, Tammy Abraham caiu dentro da área após o pé de Alex Telles sobrar na cabeça do camisa 9 Giallorossi. O VAR revisou o lance e entendeu como lance de jogo e nada foi marcado – Abraham recebeu atendimento e voltou para o jogo.

Minutos depois, a Roma voltou ao seu terço de ataque, desta vez, sendo objetiva. Em disputa no meio campo, a bola sobrou em Mancini que enfiou em profundidade para Dybala. O argentino aproveitou o espaço na defesa do Sevilla, avançou e finalizou sem chances para Bono.

Em desvantagem no placar, os Rojiblancos saíram pars o jogo e tiveram boas chances com En-Nesyri, aos 39, e com Fernando, aos 43, mas sem sucesso. Anthony Taylor ainda deu oito minutos de acréscimos por conta de paralizações ao longo da etapa inicial, com isso, o Sevilla ainda teve mais uma grande oportunidade: Rakitic finalizou da entrada da área, parando na trave. Rui Patrício deu sorte do rebote não ter desviado nele e entrado direto no gol e, assim, dois minutos depois, o árbitro apitou o fim do primeiro tempo.

Segundo tempo

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Rojiblancos celebram o gol de empate diante de sua torcida. Foto -Sevilla FC

 

Já para a volta do intervalo, Mendilibar promoveu duas mudanças: Lamela e Suso entraram nos lugares de Bryan Gil e Óliver Torres. E logo no primeiro minuto Suso deu seu cartão de visitas e abriu os trabalhos dos Rojiblancos na etapa complementar. A pressão do Sevilla só aumentou e aos 10 minutos, Jesús Navas recebeu a bola e cruzou na área buscando En-Nesyri, mas antes do atacante estava Mancini que acabou desviando a bola para dentro do gol.

Após o gol de empate, o cenário de domínio do Sevilla deu lugar à disputa e à intensidade que foram marca durante grande parte da etapa inicial. Aos 22 minutos, enfim, a Roma teve sua primeira chance da segunda metade. Em jogada de escanteio, criou-se um bate e rebate na área gialorossa e a bola sobrou em Ibañez que pegou de primeira muito mal.

Logo na sequência, Mourinho fez primeira mudança romanista no jogo com Dybala deixando o campo para a entrada de Wijanldum. Pouco do cenário do jogo mudou e já dentro dos 15 minutos finais mais uma alteração do lado da Roma: Belotti substituiu Abraham no comando de ataque.

No lance seguinte, aos 31 minutos, um grande susto para os Giallorossi: Ocampo caiu na área e Anthony Taylor marcou o pênalti. No entanto, o árbitro foi chamado ao VAR para revisão de uma clara simulação do jogador do Sevilla e a penalidade foi cancelada. A tensão do jogo escalou ainda mais, sobretudo porque o tempo regulamentar se aproximava do fim.

Aos 38, Pellegrini cobrou uma falta da intermediária na área e Belotti teve uma grande chance, mas a finalização raspou a trave pelo lado de fora. A bola chegou a tocar em Bono, mas o escanteio não foi marcado. Pouco depois, Suso finalizou de longe, com Ibañez sendo providencial para evitar grandes problemas para a Roma ao desviar o chute. Anthony Taylor deu seis minutos de acréscimos nos quais o Sevilla chegou mais, porém, sem sucesso. Com isso, a partida foi para a prorrogação.

Prorrogação

Para o tempo extra, Mourinho fez uma mudança do seu lado: Zalewski entrou no lugar de Çelik pela ala esquerda. Por sua vez, Mendilibar esperou tres minutos para fazer mudanças, substituindo seus dois laterais na mesma janela: Montiel e Rekik entraram no lugar de Navas e Alex Telles.

O primeiro tempo da prorrogação foi marcado pela tensão, que deixou os dois lados mais cuidadosos. Foram pouquíssimas chances efetivas criadas, com a única finalização nos primeiros 15 minutos mais acréscimos sendo de Zalewski e foi bloqueada. Sendo assim, a partida permaneceu empatada.

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Intensidade, disputas e cansaço mandaram na prorrogação. Foto – AS Roma

 

Para os minutos finais de jogo, Mourinho fez mais duas mudanças na Roma El Shaarawy e Llorente entraram nos lugares de Pellegrini e Spinazzola. Diferente da etapa extra inicial, os primeiros momentos depois do breve intervalo na prorrogação foram movimentados e acelerados. Mas o ritmo não se manteve, já que o cansaço começou a se fazer presente nos jogadores. Como resultado da fadiga, um minuto para o fim do tempo extra, Matic precisou ser substituído e Bove entrou no seu lugar.

Os inúmeros atendimentos no gramado levaram o árbitro a dar mais seis minutos de acréscimos em Budapeste, com a tensão subindo dentro e fora de campo. Já nos acréscimos, Ibañez e Gudelj se chocaram e o jogador do Sevilla levou a pior, precisando ser substituído – Marcão entrou no lugar dele. Além disso, sentindo bastante, Fernando precisou ser substituído com Jordán entrando em seu lugar. A última chance com a bola rolando foi uma cobrança de escanteio que terminou com Smalling cabeceando a bola na trave. Então, a decisão do título da Europa League foi para as penalidades.

Pênaltis

Após definição pela moeda, o Sevilla começou as cobranças.

Ocampos: convertido (1-0)

Cristante: convertido (1-1)

Lamela: convertido (2-1)

Mancini: defendido  (2-1)

Raktic: convertido (3-1)

Ibañez: trave (3-1)

Montiel: convertido (4-1)

Depois de bater o pênalti decisivo do tricampeonato Mundial da Argentina em dezembro, Gonzalo Montiel decidiu e confirmou o heptacampeonato do Sevilla na Europa League.

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