Além de ganhar títulos, muitos jovens jogadores sonham em se eternizar na história de um clube. É o caso dos atletas presentes nesta lista, todos marcaram seu nome, não só na parte de trás da camisa, mas também na trajetória do Santos Futebol Clube. Conheça agora aqueles que realizaram seu sonho e estão bordados na história do Peixão, como os 5 jogadores que mais vestiram a camisa do santos.
1° lugar – Pelé com 1.116 jogos
Pensou no esporte com dois gols e uma bola, pensou no Rei Pelé. Sim, Rei, pois é aquele príncipe soberano que detém poder absoluto de um reino, nesse caso, o reino do futebol. Conhecido nos quatro cantos do mundo, por todas as idades, Pelé é o maior – e melhor – nome que o futebol já teve. Sua influência é tão grande, que já foi capaz de parar uma guerra para que o povo pudesse assisti-lo desfilar – pois o que o Rei fazia era mais do que apenas jogar – em campo.
Edson Arantes do Nascimento nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, Minas Gerais. Mais conhecido como Pelé, ele fez história pelo Santos com a camisa 10. Pelé chegou à Vila Belmiro no dia 22 de julho de 1956 e estreou um mês depois, em uma partida amistosa contra o Corinthians de Santo André, onde entrou no segundo tempo e fez o sexto gol da vitória por 7×1. Foi o primeiro gol de uma carreira linda pelo clube.
Pelo Peixe, Pelé realizou 1.116 jogos, marcou 1091 gols, foi artilheiro diversas vezes e colecionou mais de 20 títulos pelo alvinegro santista, entre eles as Libertadores de 1962 e 1963, e seus respectivos Mundiais de Clubes. É importante frisar que diversas vezes teve a oportunidade de ‘abandonar’ o Peixe e se juntar à outras elites do futebol mundial, como o Real Madrid, mas seu amor pela Vila Belmiro superava qualquer outro projeto.
No dia 2 de outubro de 1974, na Vila Belmiro acontecia mais uma partida com o Rei Pelé em campo, mas dessa vez, era a despedida dele do Santos. O jogo era contra a Ponte Preta, e como contou Oscar Bernardi (zagueiro da Macaca na época) ao GE Campinas, aos 21 minutos, o Rei foi ao centro do campo, pegou a bola e se ajoelhou. Esta cena marcou o fim de uma era.
2° lugar – Pepe* com 741 jogos
José Macia, nascido em 25 de fevereiro de 1935, em Santos, São Paulo, é talvez o segundo maior nome da história do Peixão. Mais conhecido como Pepe, o ‘Canhão da Vila’, foi um canhoto habilidoso que jogava pela ponta-esquerda e se eternizou no time como sendo o maior parceiro do Rei Pelé nos títulos que conquistaram juntos, incluindo a Copa do Mundo de 1958 e 1962, graças, talvez, à um entrosamento que já haviam no Santos.
O Canhão da Vila chegou ao Peixe em 4 de maio de 1951, quando foi aprovado pelo técnico Salu, com apenas 16 anos. Desse momento em diante, colecionou momentos históricos com a camisa do Alvinegro Santista, como 11 Campeonatos Paulistas e os 6 Campeonatos Brasileiros, sendo o maior vencedor de ambos.
O jogador entrou em campo 741 pelo Peixão e marcou 406 gols, se tornando o segundo maior artilheiro da história do clube, atrás apenas do Rei Pelé. Deu adeus à carreira de jogador de futebol no dia 3 de maio de 1969, com uma volta olímpica no Estádio da Vila Belmiro – palco de muitas alegrias-, contra o Palmeiras. Foi treinador por um tempo, mas hoje está aposentado.
3° lugar – Zito com 733 jogos
José Ely de Miranda, nascido em 8 de agosto de 1932, em Roseira, São Paulo, foi um jogador de futebol que defendeu o Santos dos anos de 1952 até 1967. Inicialmente começou a carreira no Taubaté, mas aos 19 anos foi contratado pelo Santos e no dia 29 de junho de 1952, na vitória por 3 a 1 contra o Madureira, iniciou sua jornada com a camisa alvinegra.
Zito, que vem de ‘Joselito’, foi o maior capitão que o Santos teve o prazer de ter em seu elenco, apelidado até mesmo de Gerente, o Comandante de um Exército de vencedores. Sua influência e liderança foi tão grande, que o Peixe até hoje usa um ‘Z’ na faixa braçadeira de capitão, em homenagem ao Zito. É um dos maiores exemplo de líder que há na história do futebol brasileiro.
Joselito atuou em 733 jogos pelo Peixe, marcou 57 gols e conquistou diversos títulos, entre eles 5 Campeonatos Brasileiros, 9 Campeonatos Paulistas, 2 Libertadores e 2 Mundiais de Clubes. Se despediu do clube em 7 de novembro de 1967 e trabalhou na base do Santos após se aposentar, tendo participado na revelação de muitos jogadores, como Neymar e Diego Ribas.
Obrigado por tudo, Zito. Descanse em paz, eterno capitão. pic.twitter.com/M295tniwxF
— Santos FC (@SantosFC) June 15, 2015
4° lugar – Lima com 694 jogos
Antônio Lima dos Santos, da cidade de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, nasceu em 18 de janeiro de 1942 e foi o quarto atleta que mais vestiu a camisa alvinegra na história do clube. Ficou conhecido como ‘Curinga’, justamente por sua característica de ser tão versátil dentro de campo. Era o sonho de todo técnico, desempenhava com maestria a função que lhe era concebida. Jogou de lateral (esquerdo e direito), volante e zagueiro.
Inicialmente começou sua carreira no Juventus da Mocca, clube de São Paulo, mas ao se destacar no Campeonato Paulista, inclusive chamando atenção do Rei Pelé, foi contratado no ano de 1961 pelo Peixe, e estreou no dia 19 de abril deste mesmo ano, com 19 anos.
Mesmo um pouco mais velho que o normal, Lima foi fundamental nas conquistas de 1962, tendo atuado 74 vezes naquele ano, entre elas a Libertadores e o Mundial. Ao todo, marcou 65 gols pelo Peixe.
PARABÉNS, LIMA! Dia de festa na Vila Belmiro, o #CoringaDaVila comemora mais um ano de vida http://t.co/nZLR4VlxuY pic.twitter.com/zlaAgZnDGL
— Santos FC (@SantosFC) January 18, 2015
5° lugar – Dorval com 609 jogos
Dorval Rodrigues, nascido em 26 de fevereiro de 1935, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, foi um tradicional camisa 7 (ponta-direita), considerado por muitos o melhor que o Santos já teve, fez parte daquele ‘Ataque dos Sonhos’ que conquistou tudo no continente.
O atleta jogava num clube de Porto Alegre chamado Força e Luz, até que foi contratado pelo Peixe, no ano de 1956. Estreou no dia 7 de setembro daquele ano, na partida contra o Corinthians de Santo André. Coincidentemente, nesse dia o Rei Pelé também fez sua estreia.
Em 60, se tornou um dos ídolos do Santos ao lado de Pelé, Pepe, Mengálvio e Coutinho, formando o chamado ‘Ataque dos Sonhos’, que conquistou tudo na década. Eternizou a camisa 7 do Peixe, por ser muito veloz e um jogador com uma aptidão física invejável, quase que uma máquina.
Dorval faleceu por insuficiência cardíaca em 26 de dezembro de 2021, aos 86 anos, na cidade de Santos. O ídolo do alvinegro santista foi velado no Salão de Mármore da Vila Belmiro.
Os #ÍdolosEternos estão em festa! Dorval, o maior camisa 7 da nossa história, completa 83 anos de vida. Felicidades ao ponta-direita do inesquecível Ataque dos Sonhos! 👏👏👏 pic.twitter.com/B15AcQTWVK
— Santos FC (@SantosFC) February 26, 2018
*Os números e dados usados nessa matéria são derivados do site Santos FC e da Wikipédia.