Na noite de reencontro de Mauricio Pochettino com a torcida do Tottenham, o ex-comandante dos Spurs foi quem se deu melhor. Com gols de Cole Palmer e Nico Jackson (3), o Chelsea venceu por 4 a 1, não apenas acabando com a invencibilidade do rival na Premier League, mas também tirando os Spurs da liderança.
Com a derrota, o Tottenham segue com 26 pontos, agora, na segunda posição da tabela, atrás do Manchester City, adversário dos Blues na próxima rodada, que tem um ponto a mais. Por sua vez, o Chelsea chegou aos 15 pontos, assumindo a 10ª colocação da liga.
Primeiro tempo
Os líderes do campeonato não demoraram para abrir o placar diante de um Chelsea de altos e baixos neste início de temporada. Aos seis minutos, o Tottenham construiu desde trás, se aproveitando dos muitos e amplos espaços deixados pelos Blues, desorganizados. Maddison encontrou Sarr pelo meio e o senegalês abriu com Kulusevski na direita. O camisa 21 do Tottenham, então, avançou sem muitos problemas e ainda contou com a sorte na finalização, que desviou nas costas de Levi Colwill antes de parar no fundo da rede.
Na frente do placar, os Spurs seguiram pressionando e levaram perigo em algumas ocasiões, com Son ainda marcando o segundo, mas estava em posição de impedimento. Após o novo susto, o Chelsea enfim entrou no jogo e começou a se aventurar no campo de ataque e, eventualmente, finalizar. Em crescente no jogo, Sterling e Caicedo marcaram, porém, os dois lances foram anulados pelo VAR, o de Sterling por conta e mão na bola e o de Caicedo por impedimento no lance.
No entanto, no lance do gol anulado de Caicedo, o árbitro de vídeo também precisou trabalhar por conta de uma sequência de faltas na construção da jogada. Ao fim de cinco minutos de checagem, Romero foi expulso por agressão à Enzo Fernández e, como a falta foi na pequena área, o Chelsea ainda teve um pênalti confirmado ao seu favor – bem convertido por Palmer para deixar tudo igual no clássico aos 35 minutos.
Com um a mais e se aproveitando bem da linha de marcação alta dos Spurs, Sterling foi acionado mais uma vez pela esquerda e serviu Jackson que colocou a bola no fundo da rede. No entanto, o gol foi anulado por impedimento do camisa 7 dos Blues no início da jogada, o que marcou o quarto impedimento marcado na partida em menos de 40 minutos de bola rolando.
Depois de substituir Johnson por Dier para dar mais força defensiva, Postecoglu precisou fazer mais duas mudanças na reta final da etapa inicial por conta de lesão. Maddison e van de Ven sentiram lesões e precisaram ser substituídos. Emerson Royal e Hojbjerg entraram nos lugares dos lesionados. Com as muitas paralizações, foram 12 minutos de acréscimo quentes no Tottenham Hotspur Stadium. Algumas novas confusões aconteceram no tempo adicional, mas o árbitro não deu qualquer tipo a mais e encerrou o primeiro tempo com pouco mais de 57 minutos no cronômetro e com o 1 a 1 no placar.
Segundo tempo
O Chelsea voltou com Cucurella no lugar de Colwill, que havia sido amarelado nos acréscimos do primeiro tempo após confusão com Sarr, mas manteve a intensidade e a pressão que começou a aplicar desde que se viu em desvantagem numérica. Com espaço, os Blues conseguiram chegar mais ao ataque e causaram problemas aos Spurs. Aos 10 minutos do segundo tempo Udogie fez falta em Sterling e recebeu o segundo amarelo, deixando os Spurs com dois a menos.
Em vantagem numérica ainda maior, os Blues empilharam descidas ao ataque, porém, sem sucesso nas conversões. Em grande parte por tomadas de decisão erradas dos homens de frente, porém, Vicario também foi essencial em outras ocasiões e até mesmo Hojbjerg salvou em cima da linha para evitar que o Chelsea assumisse a dianteira do placar. No entanto, enfim, os visitantes conseguiram se fazer valer da sua vantagem numérica.
Se aproveitando da linha alta dos Spurs, que se manteve apesar de terem dois homens a menos, Sterling recebeu em condição legal e escapou. Já no terço final, o camisa 7 passou para Nico Jackson que não teve problemas para colocar a bola no fundo da rede. A arma do Tottenham, assim, se tornou as bolas paradas e os Spurs passaram perto em duas ocasiões. Na primeira, Dier até marcou, mas estava impedido. Na segunda, Betancour errou a cabeçada, para a sorte dos Blues.
Foram nove pontos de acréscimo que retrataram um pouco mais da intensidade e da maluquice que marcaram o jogo. Aos três minutos do tempo extra, Son quase empatou para o Tottenham, parando na grande defesa de Sánchez. A partir da defesa, os Blues se aproveitaram da linha alta dos adversários e escaparam em velocidade. Gallagher recebeu no meio campo e conduziu até a pequena área adversária antes de passar para Jackson que, mais uma vez, tinha o gol livre a sua frente para marcar sem problemas.
Ainda deu tempo para mais um. Em mais um contra-ataque fatal, Jackson trabalhou sozinho e marcou seu terceiro no jogo, o quarto do Chelsea, dando números finais ao placar no norte de Londres.
Destaque da partida
Por conta dos três gols, Nico Jackson foi o melhor em campo no Tottenham Hotspur Stadium. O senegalês estava apagado da partida até que marcou seu primeiro gol aos 30 minutos da segunda etapa e, com o cenário favorável marcado pelos contra-ataques em muita velocidade, assumiu o protagonismo. No total, Jackson finalizou seis vezes, sendo cinco no gol. O atacante ainda acertou 10 dos 11 passes que tentou e completou 75% de seus dribles.
Próximos compromissos de Tottenham e Chelsea
Os rivais de Londres retornam à ação já no próximo fim de semana para disputar a 12ª rodada da Premier League. No sábado (11), os Spurs enfrentam o Wolverhampton no Molineaux Stadium às 9h30 (horário de Brasília). No domingo (12), o Chelsea recebe o Manchester City em Stamford Bridge às 13h30 (horário de Brasília).