Conheça Vítor Pereira, o novo técnico do Timão

Vítor Pereira é o novo técnico do Corinthians, o português já desembarcou no Brasil e acompanhou o último jogo (27/02) contra o Red Bull Bragantino.

O técnico que teve passagem por Porto, Olympiacos, Shangai e Fenerbahçe, chega com pressão para corresponder às expectativas do clube e da torcida.

No desembarque, Vítor Pereira falou com a imprensa sobre esse novo desafio.

“Eu conheço muitos (jogadores do Corinthians). E por achar que têm qualidade é que vim. Acredito no projeto. Agora tem que começar a trabalhar para perceber mais concretamente o que tenho” falou o técnico português.

Dentro de campo

Vítor Pereira é um treinador flexível, busca entender o contexto e a partir disso montar seus elencos. Mas, existem alguns pontos que devem ser destacados.

Saída de bola:

O primeiro deles é a saída de bola. Só aqui, já vamos toda a flexibilidade. Em seus trabalhos, o técnico português estruturou suas equipes em três tipos de saída.

Saída sustenta
Quando for mais pressionado, sua equipe deve fazer uma saída mais sustenta, os laterais ficam na base e os três meio-campistas se aproximam da bola. Assim, fazendo uma saída sustentada 4+2 ou 4+3.
Esse tipo de saída acontece quando o time joga no 4-3-3.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saída 2+3

Esse tipo de saída acontece quando o adversário marca em bloco médio/baixo, os laterais saltam um pouco a linha, assim, não ficando como base. Com isso, o volante é a opção central de passe e conta com o apoio dos laterais para progredir.

Saída 3+2

A saída 3+2 é onde existe a maior quantidade de alternativas, podendo ser feita com três zagueiros, dois zagueiros mais um lateral ou dois zagueiros e um volante.

Com base nesses três tipos de saída, é fácil de se analisar que Cantillo e Renato Augusto devem ser os principais nomes para fazer a saída de bola.

Um ponto positivo para Cantillo, são seus lançamentos. Vítor prepara o time para esse tipo de lance, sendo feito na construção posicional, ou na transição em velocidade, o lançamento ocorre para o lado com menos adversários.

Construção no campo adversário

Quando está no campo adversário, existem dois pontos para se destacar. O número de jogadores por dentro de campo e a amplitude.

Em seu time, os laterais no 4-3-3 ou os alas no 3-4-2-1 são os que dão a amplitude para a equipe.

Com isso, os pontas vão para a posição central no campo, podendo servir de apoio ou atacando o espaço.

O ataque central é um atleta para se observar atentamente, Vítor contou com atacantes de mobilidade e capacidade física para fazer o pivô (podemos citar Falcão no Porto e Arnautovic no Shangai). Com isso, podemos ver Róger Guedes ocupar muito bem essa posição, um atacante que pode atacar o espaço e consegue ser bem associativo.

Sistema defensivo

Contexto, contexto e contexto. Isso que dá pra definir Vítor Pereira, e na defesa não é diferente. Com isso, é preciso dividir em tópicos a sua maneira de defender.

Linha de 4

Quando atuou com linha de 4 defensores, o técnico português utilizou o 4-4-2 ou 4-1-4-1 para se defender. Além disso, seus jogadores faziam perseguições individuais no bloco alto/médio e dependendo do setor da bola no bloco médio/baixo.

Quando o ponta adversário subia para pegar a bola, o lateral de sua equipe acompanhava para realizar a pressão.

Linha de 5

Acontecendo os mesmos mecanismos de bloco alto/médio e médio/baixo, o único tópico diferente é em relação ao ala. Quando o ala subir para fazer pressão no lateral adversário, um dos zagueiros pelo lado vai cobrir o espaço deixando, assim, o ala oposto recompõe e se forma uma linha de 4.

XI inicial

Após tudo que foi apresentado, acredito que o melhor XI (onze) inicial do Timão deve ter: Cássio, Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Du Queiroz (Cantillo), Paulinho e Renato Augusto; Giuliano, Willian e Róger Guedes no 4-3-3.

Quando se tratar do 3-4-2-1, deve ocorrer as seguintes mudanças, um volante por um zagueiro (Raul Gustavo) e a entrada de um ala no lugar de Fábio Santos. Embora, acredito que Fábio pode ser uma alternativa como um terceiro zagueiro, por conta de sua boa saída de bola, compreensão do jogo e espaço.

Com a expectativa lá encima de torcida e diretoria, Vítor Pereira não vai encontrar um trabalho dos mais fáceis. Entretanto, por suas entrevistas, ele parece ter noção de onde aterrissou.

 

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