Vivendo sua melhor fase com a camisa do Fluminense, o ponta Luiz Henrique será jogador do Real Betis. O tricolor das Laranjeiras acertou a venda do jogador de 21 anos para o clube da Espanha pela bagatela fixa de 9 milhões de euros, com bônus que podem chegar a 13 milhões, e vai receber cerca de 10 vezes mais do que ganha no Flu. Transformando para a moeda brasileira, esse valor pode chegar a, aproximadamente, 70 milhões de reais. Além disso, o Fluminense manterá 15% dos direitos econômicos do jogador para futuros negócios.
Luiz Henrique partirá para o time espanhol inicialmente em julho, mês esse em que a janela de transferências internacional abrirá. Além disso, será o período em que a Libertadores estará nas Oitavas de finais, e caso o Fluminense consiga avançar para tal etapa, não contará com o ponta.
Mais um garoto de Xerém
Luiz Henrique é o terceiro membro do ataque da chamada “geração de ouro” da base do Fluminense. Além do ponta, o trio contava com o centroavante do Watford, João Pedro, e o atacante Marcos Paulo, que saiu ao final de contrato rumo ao Atlético de Madrid e está emprestado ao Famalicão. Já no profissional, Luiz Henrique se mostra uma das principais referências da equipe. Sendo um jogador de extrema habilidade e leitura de jogo, o ponta é tratado por diversos torcedores e especialistas o principal jogador da equipe na fase de ataque.
A venda do ponta de 21 anos foi alvo de críticas por parte da torcida. Pelo fato do jogador ainda ter 3 anos e meio de contrato, estar na melhor fase do Fluminense em anos e também pelo próprio valor da venda, que segundo esses torcedores foi muito baixa, vários torcedores se manifestaram nas redes sociais contra a negociação de Luiz Henrique. Sabendo disso, as hashtags #70MilhõesNao e #FicaLH ocuparam as duas primeiras posições nos “Trending Topics” do Twitter no Brasil.
Mário Bittencourt justifica a venda
Sabendo disso, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt deu entrevista coletiva nesse domingo (13) para sanar dúvidas de jornalistas e torcedores. Nela, Mário afirmou que a negociação foi acertada em fevereiro e explicou os motivos para tal, além de responder outros questionamentos relacionados ao tema.
“Sei que as pessoas estão discutindo desde ontem comparativos nas redes sociais: ‘Esse jogador foi vendido por A, esse foi comprado por B’… Existem vendas melhores que essa, existem vendas piores que essa, mas toda e qualquer venda depende sempre de valor de mercado e da situação e necessidade de quem está vendendo. A gente precisava fazer uma venda na janela do final de ano. Não conseguimos fazer essa venda, as últimas duas janelas foram as piores dos últimos cinco anos em razão da pandemia. Diante de tudo isso, a gente assinou um pré-acordo ainda em fevereiro, que previa a ida do atleta entre julho e agosto, e construímos uma operação financeira para ter o clube com a sua austeridade, credibilidade e estabilidade em dia”, concluiu o presidente.
Outros nomes que poderiam ter saído
Fora isso, é notório que o Fluminense tem como objetivo arrecadar entre 90 e 100 milhões em vendas de jogadores para a temporada. Quando questionado se o Fluminense venderá mais algum jogador além de Luiz Henrique para cumprir essa meta, Mário Bittencourt confirmou que está no planejamento financeiro.
Vale lembrar que o Fluminense tentou concluir as vendas de outros dois atletas no início do ano, sendo essas a de Nino e a de Gabriel Teixeira. A primeira, que seria a ida do zagueiro ao Tigres, do México, não deu certo devida à ausência de um acerto junto ao Criciúma, que possui direitos econômicos do atleta. Já a segunda, que seria a ida do meia ao Al Wasl, dos Emiratos Árabes, não se concretizou pois o meia de 20 anos não foi aprovado em exames médicos do Centro Médico da FIFA, em Dubai.
Leia também: O retorno do Xerife alvinegro