O Corinthians é o maior clube do Brasil quando se trata de futebol feminino. Multicampeão, tanto na base como no profissional, o alvinegro também é o time com mais jogadoras convocadas para a Seleção Brasileira nestas Olimpíadas. Seis corintianas fazem parte do plantel que pode fazer história em Paris.
Isso porque, na última terça-feira (6), o Brasil atropelou a Espanha e garantiu a vaga na grande final dos Jogos. Caso o resultado se repita contra os Estados Unidos na decisão, a Seleção, comandada por Arthur Elias, ex-técnico do Corinthians, conquistará um ouro inédito para o futebol feminino brasileiro.
Antes da finalíssima, o Na Beira traz o perfil das representantes do Timão na modalidade.
Tamires (lateral)
Ao lado de Marta, Tamires é uma das líderes da atual Seleção Brasileira, com mais de 150 jogos pela amarelinha. A lateral-esquerda de 36 anos atua no Corinthians desde 2019, emplacando diversos títulos como Libertadores (3x) e Brasileirão (4x).
Em Paris 2024, Tamires participou de dois jogos na fase de grupos, contra Nigéria e Espanha. Ao entrar em campo nas quartas, no entanto, a defensora sofreu uma grave lesão diante da França. Com um rompimento no tornozelo, Tamires foi cortada do restante da competição.
Yasmim (lateral)
Desde o começo das Olimpíadas, Yasmim atua como titular da lateral-esquerda brasileira. A mineira de 27 anos está no Corinthians há quatro anos pela sua segunda passagem, enquanto sua carreira na Seleção profissional começou em 2021.
Yasmim foi titular em quatro dos cinco jogos nas Olimpíadas de 2024. O único duelo em que a lateral iniciou no banco foi na derrota para a Espanha, na fase de grupos. Ainda assim, a defensora foi chamada por Arthur Elias ao decorrer da partida.
Duda Sampaio (meia)
Natural de Jequeri, interior de Minas Gerais, Duda é mais uma representante do Corinthians em Paris. Em menos de dois anos no Timão, a meia-campista já conquistou títulos como Brasileirão, Libertadores e Supercopa, e busca iniciar sua trajetória pelo Brasil também com títulos.
Duda Sampaio teve sua oportunidade como titular já na estreia, diante da Nigéria. Contra o Japão, iniciou no banco e teve poucos minutos em campo. A meia voltou a titularidade no decisivo jogo contra a Espanha, ainda na fase de grupos, e também diante da França, pelas quartas. No reencontro com as espanholas, Arthur Elias optou por não começar com a atleta, mas utilizou Duda no segundo tempo. Ou seja, a mineira chega com alta probabilidade de enfrentar os Estados Unidos na decisão.
Yayá (meia)
Mesmo recém-chegada no Corinthians, Yayá já mostrou por que a diretoria corintiana investiu na sua contratação. A volante de 22 anos, que tem apenas 22 jogos com a camisa alvinegra, foi um dos destaques do Brasil na reação durante os Jogos Olímpicos.
Na fase de grupos, Yayá alternou entre titular e reserva, mas sempre foi utilizada por Arthur Elias. A volante mostrou a que veio no último jogo, válido pela semifinal, contra as espanholas. Mesmo jovem e diante da atual campeã do mundo, Yayá dominou o meio-campo brasileiro. Além de interceptar muito bem as tentativas das adversárias, a volante achou dois passes impecáveis que originaram em gols para o Brasil. Diante da ótima atuação, Yayá praticamente arrematou sua vaga como titular para a grande final.
Gabi Portilho (atacante)
Pelo Timão, Gabi Portilho já se tornou um nome consagrado há muitos anos. A craque está no Corinthians desde 2020, contabilizando mais de 135 jogos na equipe paulista. Aos 29 anos, a atacante, que pode jogar como ponta-direita ou meia-direita, disputa sua primeira Olimpíada e já se destaca pelo Brasil.
Gabi Portilho é nome certo da Seleção para a final. Ela jogou todas as partidas da competição, exceto a segunda rodada da fase de grupos. Nas eliminatórias, se mostrou decisiva: fez o gol da vitória contra a França, aos 82 minutos, e castigou também a Espanha na semifinal. Certamente, a corintiana será uma das principais armas de Arthur Elias para deter o favoritismo estadunidense.
Jheniffer (atacante)
Com 22 anos, Jheniffer já possui diversos prêmios individuais e títulos na carreira, principalmente no Corinthians, clube que defende desde 2021. A centroavante tem números impactantes no time: 128 jogos, 59 gols e 10 assistências. Querendo repetir a dose pelo Brasil, a atacante faz sua primeira Olimpíada, assim como sua companheira de time Gabi Portilho.
Jheniffer atuou nas cinco partidas do Brasil, sendo titular contra França e Espanha. A craque balançou as redes uma vez em Paris, na derrota para o Japão. Caso o treinador brasileiro decida repetir a escalação que deu show na semifinal contra as espanholas, Jheniffer deve continuar como titular no duelo pelo ouro.
A decisão histórica, entre Brasil e Estados Unidos, já tem data marcada. As comandadas de Arthur Elias entram em campo no sábado (10), às 12h, em busca de uma conquista inédita para o país no futebol feminino.