O Racing dominou o Cruzeiro e conquistou o título da Copa Sul-Americana de forma inédita neste sábado (23) após vitória por 3 a 1 nos 90 minutos da grande decisão. A partida aconteceu no Estádio Nueva Olla, em Assunção, capital do Paraguai.
Primeiro tempo
Como esperado em qualquer decisão, a final da Sul-Americana começou quente, ainda mais considerando a temperatura na capital paraguaia. Logo aos três minutos, o ala Gastón Martirena tirou o placar do zero. No entanto, após revisão demorada por parte do VAR, o gol do Racing foi anulado por impedimento na construção da jogada.
No entanto, o time argentino permaneceu mais atento e não demorou para se aproveitar de outro vacilo na marcação do Cruzeiro para, desta vez, abrir de vez o placar de vez. Aos 15 minutos, Martirena foi novamente o responsável por colocar a bola no fundo da rede, com direito a golaço, após combinar bem com Juan Quintero pela direita.
Cinco minutos depois, depois de novo vacilo do Cruzeiro, a Academia ampliou sua vantagem. Santiago Sosa esticou a bola para Maximiliano Salas, que soube se posicionar por entre os defensores do time brasileiro mantendo a posição legal. O camisa 7 então cruzou e encontrou Adrián Marínez livre, e o artilheiro não desperdiçou.
Responsável pela perda de bola que originou o primeiro gol dos argentinos, Walace foi substituído na marca dos 30 minutos por opção de Fernando Diniz. A mudança, no entanto, não mudou muito o panorama da equipe mineira.
Apesar do menor controle da posse, o clube de Avellaneda controlou a partida, não sofrendo defensivamente ao restringir a posse do Cruzeiro a zonas de pouco perigo. A melhor chance do Cabuloso na etapa inicial aconteceu na marca da meia hora de partida, com Kaio Jorge pegando mal e mandando a bola por cima do gol. Assim, o jogo foi para o intervalo com a vitória dos argentinos por 2 a 0.
Segundo tempo
O segundo tempo começou com a evidente tentativa de reação do Cruzeiro, e parece que o papo com Diniz no vestiário durante o intervalo surtiu efeito. Os jogadores do time brasileiro se mostraram mais organizados e equilibraram as ações da partida.
O momento do jogo passou a ser brasileiro. Sumido nos 45 minutos iniciais, Matheus Pereira chamou a responsabilidade e ajudou o Cabuloso a ter maior domínio no meio de campo. Assim, aos oito minutos do segundo tempo Kaio Jorge diminuiu a desvantagem no placar e deu esperança para a torcida mineira. Depois de receber de Matheus Henrique, Kaio finalizou e parou em Gabriel Arias. Mas, no rebote, o camisa 19 do Cruzeiro não desperdiçou.
A decisão da Sul-Americana assumiu certo equilíbrio com o placar em 2 a 1. O Cruzeiro voltou a ter dificuldades de criar com objetividade e o Racing seguiu se apoiando em construções mais rápidas. Como resultado, a partida ficou aberta até os minutos finais.
Apenas aos cinco minutos de acréscimos, no último minuto de jogo o placar foi alterado. O camisa 10 do clube de Avellaneda saiu do banco para marcar o terceiro do Racing e sacramentar o título para os argentinos, que saíram da fila após mais de três décadas sem conquistas a nível internacional. O árbitro chegou a adicionar mais dois minutos ao acréscimo inicialmente pretendido, mas o Cruzeiro não teve qualquer chance de reverter o 3 a 1 construído pelos adversários e precisou se contentar com o vice-campeonato.
Destaque de Racing x Cruzeiro
Roger Martínez saiu do banco para cravar seu nome na história do Racing mais uma vez. Autor do terceiro gol, o camisa 10 sacramentou a conquista do título da Sul-Americana pelos argentinos no final do jogo.
Números de Martínez na partida:
- 15 minutos jogados
- 1 gol
- 1 chute no alvo
- 2 passes certos
- 1 passe chave
- 1 grande chance criada
Repercussão do título
Os jornais argentinos trataram como o título conquistado pelo Racing sobre o Cruzeiro, neste sábado, pela Copa Sul-Americana como histórico. O destaque das manchetes ficou para o fim da seca de mais de 30 anos (36 sem uma taça internacional) sem títulos da Academia.
O que resta para o Cruzeiro?
Após a derrota para o Racing, as chances do Cruzeiro conquistar um título em 2024 acabaram. Porém, o Cabuloso ainda tem mais quatro jogos pelo Brasileirão.
Entrando na 35ª rodada com 47 pontos, o time mineiro ainda tem chances matemáticas de ser rebaixado, embora seja bastante difícil que isso se consolide. Os comandados de Diniz terão pela frente:
- Grêmio (em casa) no dia 26 de novembro (próxima terça-feira)
- Bragantino (fora) no dia 1º de dezembro (próximo domingo)
- Palmeiras (em casa) previsto para o dia 4 de dezembro
- Juventude (fora) no fim de semana dos dias 7 e 8 de dezembro
Por outro lado, o Cruzeiro também entra na rodada ocupando o 7º lugar da tabela do Brasileirão e segue firme na briga por uma vaga na Copa Libertadores de 2025.