Amistosos e Copa América: a preparação da Seleção Feminina para 2022

Este ano será decisivo para o andamento do trabalho de Pia

Os amistosos que serão disputados em abril, durante a Data FIFA, período em que a Seleção  Feminina enfrentará Espanha e Hungria, preparam também para a Copa América na Colômbia, em julho deste ano. Amanhã, o Brasil tem pela frente um dos adversários mais completos e acostumados a mostrar um grande futebol: a seleção espanhola. Pode-se dizer que conta com boas representantes em todas as posições do campo — cabe citar a atual Bola de Ouro, Alexia Putellas —, e costumam dividir o protagonismo em seus times (Real Madrid e Barcelona, em sua maioria). O retrospecto entre as seleções é favorável às espanholas: três jogos e duas vitórias.

Alexia, com a Bola de Ouro, prêmio de melhor melhor jogadora do mundo da temporada 2021. Foto: Reuters

Como chega a Seleção Feminina?

Na última convocação (para amistosos) de Pia Sundhage, a técnica da seleção brasileira feminina contou com importantes retornos: Bia Zaneratto, atacante do Palmeiras, e Gabi Nunes, atacante do Madrid CFF. Porém, apresentou algumas baixas: a meia Marta, que sofreu uma lesão no joelho esquerdo e corre risco de ficar fora da Copa América foi substituída por Gabi Portilho. Luana, outra meio-campo — ficou parada por meses em 2021 após grave lesão  — apresentou desconforto no joelho esquerdo e, no seu lugar, entra Ana Vitória, atleta do Benfica. A zagueira Rafaelle, recém contratada pelo Arsenal, da Inglaterra, machucou a panturrilha esquerda e, em seu lugar, a zagueira Thaís, do São Paulo, foi convocada.

Entretanto, por mais que Pia tenha sofrido com as alterações — todas por conta de lesão — na última lista convocatória para amistosos, será outra oportunidade para atletas “calouras” se encaixarem e mostrarem seu potencial no time. Vale lembrar que, antes da Copa América no meio do ano, mais duas Datas FIFA estão previstas para acontecer. Até lá, testes, amistosos, competição e o “saber sofrer”, como disse Pia na última convocação, serão observados para que, então, a Seleção consiga desenvolver seu futebol de maneira assertiva.

Em entrevista durante a divulgação da última lista, a técnica sueca destacou a competitividade entre as atletas e a tentativa de manter certa intensidade nos jogos. Além disso, a minutagem contra grandes seleções foi outro ponto reforçado. Para ela, organizar o ataque e a defesa faz com que a parte criativa surja de forma natural.

Para a Copa América as vagas estão bem abertas.  A competição continental ocorrerá entre os dias 8 e 30 de julho deste ano, na Colômbia. Com isso, as Guerreiras do Brasil buscam seu oitavo título — o maior vencedor do torneio até aqui.

Marta: o que esperar com sua ausência

Marta, durante terceiro jogo do Torneio Internacional da França contra a Finlândia. Foto: Thais Magalhães/ CBF

 

Com 35 anos, Marta, em toda sua grandiosa carreira, marcou 248 gols em 406 jogos. Feito mais impressionante é pela amarelinha: 118 gols em 177 jogos. Detentora de títulos individuais, como as seis vezes escolhida melhor jogadora do mundo, tem forte expressão fora dos gramados. A camisa dez da Seleção Brasileira é Embaixadora Global da ONU Mulheres na luta pela igualdade de gênero, além de participar do movimento Equal Pay. Dessa forma, perdê-la nesse período de amistosos também é um alerta aos fãs do futebol que sua carreira como atleta profissional se aproxima do fim. Contudo, seu legado é essencial para que mulheres de todo planeta consigam sonhar por meio do esporte.

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