Um projeto a longo prazo, organização, regras e agora um novo momento, assim podemos resumir a fase que vive a MLS(Major League Soccer). Se antes a liga de futebol dos Estados Unidos era apenas uma espécie de local para o fim da carreira de grandes estrelas, agora se tornou um laboratório perfeito para o desenvolvimento de jovens talentos da América do Norte e mais recentemente de atletas aqui do nosso continente (América do Sul).
A liga que segue os moldes das outras grandes ligas do país (NBA, NFL e MLB) não conta com rebaixamento, os times são divididos em conferências, os oito melhores de cada uma delas se classificam para um mata-mata que termina com uma disputa em jogo único entre os dois melhores times. Mas porque a liga que antes era considerada por muitos um “asilo” dos atletas agora passou a atrair cada vez mais atletas jovens? Simples. A infraestrutura, junto a condições de desenvolvimento e, acima de tudo, segurança financeira.
MLS o novo algoz sul-americano
Se antes o medo dos times da América do Sul era perder atletas para centros da Europa, ou para mercados considerados periféricos como Oriente Médio e Ásia, agora temos um novo “algoz”, e mais próximo do que nós imaginávamos.
Os clubes da Major League Soccer tem cada vez mais investido na busca de talentos aqui na América do Sul, e a instabilidade cambial que a América do Sul vive é só um dos fatores que faz uma mudança para a liga ser atrativa aos nosso jovens talentos. Outro ponto importante é a segurança que os atletas encontram na liga, em um contexto de menos pressão já que as equipes não sofrem com rebaixamento, o atleta pode praticar sua profissão longe de correr riscos com relação a ataques de torcedores como vemos ocorrer no Brasil ou na Argentina.
O futuro da liga
A importância do desenvolvimento de uma liga nacional forte já começa a mostrar frutos nos Estados Unidos, a seleção americana conquistou dois títulos em um curto espaço de tempo contra um adversário que outrora dominava o continente, na disputa da Nations League da CONCACAF contra o México, os americanos contaram com jogadores que se destacam no futebol europeu como Pulisic, Weston McKennie e Brenden Aaronson. E já na recém conquista da Copa Ouro (também contra o México) a equipe americana levou um time formado com atletas que disputam a MLS.
O fortalecimento da liga continua a todo vapor e isso começa a refletir na busca dos clubes da MLS em reforços jovens principalmente no Brasil e Argentina, nomes como Thiago Almada do Vélez Sarsfield, Brenner (ex São Paulo) e outros, mostram que a proposta da liga é de jogadores que cheguem para competir por alguns anos, ou que ao menos possam ser revendidos para clubes europeus.
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