A Squadra Azzurra

Conheça agora o porque a seleção da itália ficou conhecida como Squadra Azzurra.

É, inegável, a força e fama do grande esquadrão azul, a Squadra Azzurra, em italiano. Gigantesca seleção do futebol mundial, responsável pelos maiores defensores e goleiros da história do esporte bretão, a seleção italiana, tetracampeã mundial, vem passando por um momento de renascimento e de retorno ao seu lugar de direito, o topo do mundo.

Com a conquista recente da Eurocopa 2020, disputada em 2021 devido a pandemia mundial do Coronavírus, a Itália passa por um pequeno momento de luta com a repescagem para a Copa do Mundo de 2022, e pode ter em seu caminho, a grande seleção de Portugal, com Cristiano Ronaldo e outros astros da elite do futebol mundial.

Mas acompanhe conosco a história dessa gigante mundial, e as curiosidades sobre o apelido de Squadra Azzurra e a cor do seu icônico uniforme. Conheça agora o porque a seleção da itália ficou conhecida como Squadra Azzurra.

Azzurra: A Origem do nome e cores icônicas

“Não é segredo para ninguém que Azzurra se remete a cor azul, porém, em italiano. Mas, segundo o dicionário da editora Presença, encontramos a seguinte definição:

azul 1. adj azzurro; ~escuro blu; ~celeste2. m azzurro m, blum; ~ejo m mattonella f

Repare que tanto o “azzurro” quanto o “blu” foram apontados como traduções da cor. No entanto, o “blu” seria o que os brasileiros se acostumaram a chamar de “azul escuro”. Então, o “azzurro” ou “azzurra” seria o azul mais claro. Isso sem falar no “celeste”, que seria um tom ainda mais claro que os anteriores.”

Com o futebol tendo surgido ao final do século XIX, em solo inglês, a popularização desse fenômeno foi logo se alastrando pelo continente europeu, e em 1989, chegou a Itália com a criação da Federação Italiana de Futebol – FIF (em italiano: Federazione Italiana del Football)., nome mantido até 1909, quando se tornou a “Federazione Italiana Giuoco del Calcio”, famosa FIGC.

A estreia da Seleção Masculina ocorreu em 15 de maio de 1910, na Arena Civica em Milão, e a Itália venceu a França por 6–2, vestindo camisas brancas, as primeiras cores da seleção, por ser a cor do Brasão Real, mas há quem diga que a verdade a cor tinha um preço mais em conta do que outras tonalidades na época.

No ano seguinte, a icônica camisa Azzurra foi usada pela primeira vez numa partida contra a Hungria, a cor escolhida foi uma homenagem à Casa de Savoia, a família real italiana que governou o país entre 1861 e 1946, e tinha como a cor predominante da bandeira real, o azul claro. Com isso, os membros da seleção são apelidados Azzurri e a seleção, de Nazionale.

Desde então, a Itália utiliza suas tradicionais camisas azuis e calções brancos como o uniforme principal, e o inverso, camisa branca e calção azul, como o segundo uniforme. Porém, há histórias de que a primeira vez do uniforme icônico azul, ter sido utilizado apenas em 1922.

Recentemente a Adidas anunciou que vestirá a seleção da Itália após a Copa do Mundo desse ano. O contrato com a fornecedora alemã se inicia em janeiro de 2023. A última vez em que a Adidas vestiu os italianos foi ao longo da década de 70, a quase 50 anos.

O dia mais escuro da Azzurra

Mesmo com essa camisa icônica e de fama mundial, a Itália já utilizou outro uniforme durante uma Copa do Mundo. E foi em 1939, no Mundial sediado na França. Atual campeã mundial, a seleção italiana chegava como favorita ao bicampeonato, e assim fez.

Mas na campanha do bicampeonato mundial, uma partida em específico chamou a atenção do mundo todo para algo terrível que estava por vir. Nas quartas de final, diante a França, dona da casa, os italianos entraram em campo sem a azzurra estampada em seus corpos, mas com um uniforme totalmente negro.

A mudança aconteceu por ordens de Benitto Mussolini, ditador fascista que comanda a Itália naquele período pré e durante a 2º Guerra Mundial. O uniforme era em homenagem as cores do fascismo, o preto, e uma afronta aos donos da casa por um episódio que havia acontecido na abertura do torneio.

Na estreia contra a Noruega, os italianos, mesmo vestindo o tradicional uniforme azul, foram recebidos por uma grande vaia pelos torcedores franceses por entrarem em campo como uma tropa militar, marchando até o meio do campo e erguendo o braço direito com a mão aberta, gesto que simbolizada o fascismo.
Os italianos se saíram vitoriosos diante os anfitriões por 3×1, e seguiram seu caminho rumo ao segundo título mundial.
O preto voltou a figurar no uniforme da seleção italiana em mais uma ocasião, na Copa do Mundo de 1966, no jogo contra a União Soviética e Coréia do Norte, onde foram derrotados por 1×0 e eliminados da Copa daquele ano. Nesse episódio, apenas os calções pretos foram utilizados.

A Squadra Azzurra

Mesmo com essa mancha em sua história, a Squadra Azzurra (Esquadrão Azul, em tradução livre), apelido da seleção italiana de futebol, é adorada e reconhecida mundialmente por sua história rica e de vitórias. Bicampeã europeia e Tetracampeã mundial, é sempre um perigo enfrentar o esquadrão azul em um torneio.

Com 18 participações em Copas do Mundo (contando até a Copa de 2018), a Squadra Azzurra não participou de apenas três Copas: 1930, 1958 e 2018. No caso de 1930, a Itália não se inscreveu, agindo como a maior parte das seleções europeias, que não se interessaram por aquela Copa.

Agora, para a Copa de 2022, a seleção vive um momento especial da repescagem, onde luta por uma das vagas com as seleções de Portugal, Macedônia do Norte e Turquia.

Mesmo com essa dificuldade na atual temporada, a Itália vem da conquista de seu 2º caneca europeu, na Eurocopa de 2020, onde superou a Inglaterra em Wembley. A primeira conquista foi no ano de 1968. Além disso, os italianos possuem uma medalha de ouro no futebol de 1936, conquistada em meio ao bicampeonato mundial de 1934 e 1938.

A Itália foi a primeira seleção a conquistar duas copas do mundo consecutivamente e, a segunda a conquistar quatro títulos da Copa do Mundo (“tetracampeonato”). Em todos eles, contou com jogadores de origem italiana (considerados cidadãos italianos), nascidos em outros países: o brasileiro Anfilogino Guarisi, os argentinos Luis Monti, Attilio Demaría, Raimundo Orsi e Enrique Guaita (1934); o uruguaio Michele Andreolo (1938); o líbio de nascimento Claudio Gentile (1982); o argentino Mauro Camoranesi e o inglês de nascimento Simone Perrotta (2006).

Conhecida por ser uma fábrica defensiva, a Itália revelou ao mundo do futebol gigantes da defesa, como Gianluigi Buffon, Alessandro Nesta, Fábio Cannavaro, Paolo Maldini, Franco Baresi, Dino Zoff, Roberto Donadoni, Walter Zenga, Alessandro Costacurta e muitos outros gigantes.

Em toda a sua história, a seleção italiana colecionou vitórias e conquistas, mas também três gigantes rivais: A Seleção Brasileira, a Seleção Alemã e a Seleção Frances, todas campeãs mundiais e protagonistas de finais incríveis diante a gigantesca squadra azzurra.

Como já foi dito anteriormente, a Itália é detentora de 4 títulos mundiais, nos anos de 1934, 1938, 1982 e 2006, onde venceu a Tchecoslováquia, Hungria, Alemanha Ocidental e França, respectivamente, nas finais.

Porém, os italianos protagonizaram grandes finais, todas diante o Brasil, como a de 1994 e 1970. Em ambas as ocasiões, a canarinho se saiu vitoriosa.

Euro 2020 : L'Italie fait peur dans le groupe A | Africa Foot United

O Renascimento da Squadra Azzurra

A Europa é azzurra! A grandeza da Itália merecia mais uma Eurocopa e, depois de 53 anos, a seleção é bicampeã dentro de WembleyCom a conquista da Copa de 2006 com uma geração de Ouro composta por gênios do futebol como Andrea Pirlo, Gianluigi Buffon, Fábio Cannavaro, Alessandro Del Piero e Francesco Totti, a Itália não manteve o seu favoritismo nas temporadas seguintes.

Com a final da Euro em 2012, e o vice-campeonato europeu, os italianos já vislumbravam dias sombrios para a seleção no futuro. E assim foi.

Na Copa de 2014, a seleção acabou eliminada em último lugar de seu grupo, que contava com a Inglaterra, Costa Rica e o Uruguai, e na Copa seguinte, em 2018, acabou não se classificando.

Era necessário uma revolução no comando da seleção e sangue novo vestindo a camisa histórica. E tudo se deu início com a chegada de Roberto Mancini no comando da seleção. Mancini começou seu trabalho focado em um elenco jovem e com futuras estrelas mundiais, como Gianliugi Donnarumma, Nicolo Barella, Federico Chiesa e outros nomes.

Com a nova Squadra Azzurra formada por jovens talentos mundiais, Mancini obteve 35 jogos de invencibilidade no comando da seleção, e a conquista da Eurocopa. Porém, a primeira derrota veio na semifinal da Nations League, diante a Espanha. Após essa derrota, a Itália já atuou em mais três ocasiões, e conta com uma vitória e dois empates.

Muitos analistas apontam o sucesso da seleção com o renascimento da Serie A TIM, a liga italiana, que vem ressurgindo. A título de curiosidade, dos 27 jogadores convocados para a última rodada das eliminatórias no ano passado, apenas 4 não atuavam por clubes italianos, sendo 3 jogadores de clubes francês, e apenas um, Jorginho, atuante da liga inglesa.

Agora, a seleção encara nesse mês, a rodada de repescagem para a Copa do Mundo, onde enfrenta a Macedônia do Norte e, caso se classifique, encara o vencedor de Portugal e Turquia.

5 jovens para se ficar de olho

Por fim, vamos falar de 5 jovens promessas, ou realidade, no futebol mundial, que atuam pela Squadra Azzurra.

Gianluigi Donnarumma

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Donnarumma tem apenas 23 anos e já é realidade no futebol mundial.

Alessandro Bastoni

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Zagueiro de apenas 22 anos, Bastoni já é mais uma jovem realidade italiana. Titular absoluto da Inter de Milão, atual campeã italiana, o jovem vem sendo observado por gigantes da Premier League e fez parte do grupo campeão europeu pela seleção.

Nicolò Barella

AC Milan make official offer for Nicolo Barella - AC Milan News

Realidade italiana e com apenas 25 anos, Nicò já é protagonista e principal peça do meio de campo da seleção italiana e de seu clube, a Inter de Milão. O jovem foi eleito recentemente, pela FIFA e pela France Football, entre os 30 melhores jogadores do mundo na última temporada.

Manuel Locatelli

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Outro pilar do meio de campo da squadra azzurra, Locatelli se destacou no modesto Sassuolo nas últimas temporadas. Com apenas 24 anos e cobiçado por gigantes europeus, Manuel foi negociado com a Juventus para essa temporada e logo se tornou o principal jogador do meio de campo nessa reconstrução dos bianconeri.

Federico Chiesa

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Principal peça do setor ofensivo na campanha da Eurocopa, Fede Chiesa é o jogador favorito de muitos dos apaixonados pela seleção. Com apenas 24 anos e tendo surgido na Fiorentina, Chiesa já se mudou para o elenco da Juventus e vem sendo o diferencial do ataque bianconeri. Fede foi eleito o melhor atacante da Eurocopa, e fez história ao marcar gol no torneio, assim como seu pai, Enrico Chiesa, na edição de 1996. Até hoje, os dois são a única dupla de pai e filho a marcarem gol na história da Eurocopa.

 

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