Depois da Lei Bosman, aprovada em 1995, que permitiu a liberação dos jogadores dos clubes após o fim de seus contratos e que facilitou a contratação de jogadores europeus pra times de outros países dentro do continente, o Brasil, celeiro de craques, sofreu e ainda sofre com o desejo e o assédio dos clubes do Velho Continente.
A primeira grande venda brasileira pra um clube europeu aconteceu apenas quatro anos após a implementação da Lei Bosman. Denílson, aos 20 anos, se transferiu do São Paulo para o Bétis, da Espanha, por 31,5 milhões de euros, cerca de 36 milhões de reais naquele tempo.
Na época, o real não era desvalorizado como hoje, mas a negociação já era muito impactante, tanto que só foi superada em 2012, quando o Chelsea desembolsou 31,9 milhões de euros, o que já valia 62,2 milhões de reais, pra tirar Oscar do Internacional. Até hoje, em euros, Denílson ainda é a 10ª maior venda do futebol brasileiro.
Lucas Moura
Oscar ficou pouco tempo como a maior venda do futebol nacional. Poucas semanas depois do acordo entre Chelsea e Internacional, o São Paulo fez o que podia, mas não conseguiu segurar o desejo do Paris Saint Germain por Lucas Moura. O acordo de 43 milhões de euros – 108,3 milhões de reais na época – foi firmado em agosto de 2012 e o Soberano manteve o jogador até dezembro, conquistando seu último título de primeiro escalão, a Copa Sul-Americana no fim daquele ano. Lucas é a quinta maior venda do futebol brasileiro.
Vinícius Júnior
A joia Rubro-Negra mal tinha estreado pelo profissional e já garantira sua mudança do Rio pra Madrid. Em julho de 2017, o Flamengo vendeu sua maior revelação em muito tempo para o Real Madrid por 45 milhões de euros, o que representava 164 milhões de reais. O “Malvadeza” desfilou pelo Flamengo até o meio do ano seguinte, quando atingiu a maioridade e pôde se transferir para os “Blancos”. Antes de se tornar destaque do time profissional, o atacante ainda passou um período no Real Madrid Castilla, time de transição do clube. Vinícius é a quarta maior venda do Brasil e, talvez, o principal nome brasileiro na atualidade.
Rodrygo
No ano seguinte, o Real Madrid fez outra vítima. Destaque em todas as categorias de base até o profissional e aparecendo como um raio, Rodrygo despertou interesse dos “Merengues”, sendo contratado por 45 milhões de euros. O atacante só deixou a Vila Belmiro em 2019, assim como Vinícius, quando completou 18 anos. Como o câmbio mudou de um ano pro outro, apesar do valor em euros ser o mesmo, Rodrygo rendeu alguns milhões de reais a mais ao Santos. Foram 193 milhões de reais na conta santista, o que colocou o “Rayo” como a terceira maior venda da história.
Endrick
O mais novo diamante brasileiro também já é do Real Madrid. Endrick encantou na base do Palmeiras, jogando com garotos bem mais velhos, e teve uma aparição meteórica em 2022 no time profissional do Alviverde aos 16 anos. Nos mesmos moldes das negociações de Vinícius e Rodrygo, Endrick só vai pra Madrid quando fizer 18 anos, em 2024. Os 72 milhões de euros tornam Endrick a maior venda brasileira em reais, cerca de 409 milhões na cotação atual, mas a segunda na moeda europeia.
Neymar
A maior venda do futebol brasileiro é o expoente do país do outro lado do Oceano Atlântico há quase uma década. Neymar apareceu como o maior talento do futebol brasileiro em 2009, aos 17 anos, e foi o jogador mais talentoso, empolgante, habilidoso e caçado nos campos brasileiros até 2013, quando se transferiu para o Barcelona. Até hoje, os valores da venda de Neymar divergem e a questão foi parar até nos tribunais, mas o valor chegou aos 88,4 milhões de euros, significando 370 milhões de reais.