As primeiras mudanças do Fluminense de Marcão

Segunda (23) o Fluminense recebeu o líder, Atlético-MG, em São Januário, pela 17ª rodada do Brasileirão e empatou por 1 a 1. Fred, de pênalti, marcou para os tricolores e Eduardo Sasha para os mineiros. 

A partida de ontem foi marcada por ser a primeira de Marcão no comando do Flu após a demissão de Roger Machado do cargo semana passada. O técnico já faz parte da comissão técnica do Fluminense há alguns anos e já teve a experiência de assumir o comando da equipe em outras oportunidades. Tanto em 2019, após quedas de Diniz e Oswaldo de Oliveira, e em 2020, depois da saída de Odair Hellman, Marcão foi responsável por comandar o time principal até o fim da temporada, e em ambos os casos foi bem-sucedido, primeiro se livrando do rebaixamento e no ano seguinte conseguindo o acesso direto à fase de grupos da Libertadores.

E, apesar de ainda ser muito cedo, já foi possível observar algumas mudanças que ele fez em relação ao seu antecessor na partida de ontem. Por isso, decidimos destacar os principais pontos observados.

MUDANÇA NAS PEÇAS

O Tricolor foi a campo ontem no seu esquema padrão adotado por Roger, 4-1-4-1, porém, com a troca de algumas peças. A mudança que mais chamou atenção foi o fato do time ter entrado em campo sem um meia de criação. Ganso está machucado, Nenê e Cazares ficaram no banco por opção. O time então formou uma trinca de volantes no meio-campo com Martinelli, André e Yago Felipe. Perdia em talento, mas ganhava em velocidade, intensidade e poder de marcação.

Outra alteração na escalação foi na ponta esquerda. Com Caio Paulista machucado, os titulares nessa posição têm sido Gabriel Teixeira e Luiz Henrique, porém, ontem Marcão optou por manter Biel no banco e testar Lucca em sua posição.

SUBSTITUIÇÕES DIFERENTES

Com Roger, as alterações do Flu no segundo tempo sempre seguiam o mesmo padrão e as mudanças raramente visavam tirar quem estava mal no jogo ou mudar o esquema; o real objetivo era sempre renovar o fôlego. 

Todavia, ontem Marcão utilizou as seguintes peças do banco de reservas: Abel Hernández, Gabriel Teixeira, Nonato, Nenê e Bobadilla. Dentre todos os utilizados, apenas Abel costumava entrar no segundo tempo com Roger Machado. Nenê e Gabriel eram titulares com o ex-técnico, portanto, não saíam do banco. E a análise sobre Nonato não dá para ser feita pois o meia ficou disponível pela primeira vez ontem. 

Entretanto, a entrada de Bobadilla foi a que mais chamou atenção. Foram raras as vezes que ele e Abel jogaram juntos nesta temporada. Mas, após sofrer o empate já na reta final, Marcão viu a necessidade de soltar mais o time para buscar a vitória. Então, sacou o volante André para pôr um centroavante. Abandonou o 4-1-4-1 conservador e foi para um 4-4-2 mais ousado com dois atacantes de área. 

Foi só o primeiro jogo do “novo” técnico tricolor, portanto é difícil afirmar se tais mudanças foram apenas ocasionais, visando o adversário, ou se foram alterações que vieram para ficar com o objetivo de dar uma nova cara a esse Fluminense. Fato é que Marcão conseguiu demonstrar certo repertório ao utilizar dois tipos de esquemas e fez substituições visando algo além do cansaço, algo que Roger não fez. 

 

PRÓXIMO COMPROMISSO

O Tricolor enfrenta novamente o Atlético-MG na próxima quinta-feira (26), às 21h30, só que dessa vez, em partida válida pelas quartas de finais da Copa do Brasil.

 

 

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