Hoje, o Clube Sociedade Esportiva (CSE), de Palmeira dos Índios, irá estrear em sua primeira competição nacional: a Copa São Paulo de Futebol Júnior. De início, enfrentará o São Paulo, no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, ABC Paulista, às 19:30.
Palmeira dos Índios: a Princesa do Sertão
Como dito anteriormente, o CSE é natural de Palmeira dos Índios, localizada no agreste alagoano, aproximadamente a 136 quilômetros da capital, Maceió. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população estimada é de 73.452 habitantes, tornando a cidade a quarta maior do Estado.
No passado, Palmeira teve, como ilustre cidadão, Graciliano Ramos, um dos maiores escritores do Brasil. O autor de “Vidas Secas” – clássico da literatura brasileira e mundial, que virou filme, em 1963 -, “São Bernardo”, “Angústia”, “Memórias do Cárcere”, dentre outros, exerceu, também, a função de prefeito, em 1927, mesmo sendo natural de Quebrangulo. Aliás, “o velho Graça” torna-se conhecido a partir dos relatórios que escreve, durante sua administração na prefeitura, que dura até 1930, quando renuncia ao cargo.
Além dos mais, Jofre Soares, um dos principais atores que o país teve, é outro destacado palmeirense. Atuou em diversos filmes, entre eles, grandes clássicos da cinematografia tupiniquim: “Terra em Transe” (1967), “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969), “Bye Bye Brasil” (1979), “Memórias do Cárcere” (1984). Durante sua carreira, trabalhou em mais de 100 películas.
CSE: o orgulho Tricolor
Em 21 de junho de 1947, inspirado nas cores do Fluminense Football Club, time de um dos fundadores, é criado o Centro Social Esportivo. Logo depois, mantendo a tradição das agremiações futebolísticas de Alagoas, teria o nome abreviado para CSE.
Embora tenha surgido em 1947, a estreia no campeonato estadual ocorre, somente, em 1966. Por sinal uma baita estreia, terminando na terceira colocação.
Posteriormente, em 1977, alcança aquele que, até então, seria seu maior feito: chegar à decisão do alagoano. No entanto, acabou sendo derrotado pelo Clube de Regatas Brasil (CRB). Todavia, isso fez abrir os olhos da imprensa esportiva, pois denotava que, a partir dali, Alagoas teria mais uma força no interior – juntamente com a Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA), de Arapiraca, maior rival do Tricolor.
Dez anos adiante, em 1987, mais um vice campeonato estadual. Novamente, para o CRB.
O ano de 1997 marca a mudança de nome. Devido as dividas, passa adotar a nomenclatura de Clube Sociedade Esportiva, tal qual conhecemos hoje. Em seguida, em 2002, angaria sua primeira taça profissional: o título da segunda divisão alagoana.
Inegavelmente, Túlio Maravilha foi a contratação grandiosa na história do clube, em 2012. Na época, tinha 42 anos e estava na busca do milésimo gol. Pelo Tricolor, marcou 10 gols (três em partidas oficiais e sete em amistosos), sendo a atração principal do Juca Sampaio, estádio do CSE.
Em 2019, após superar o Zumbi Esporte Clube na decisão, Palmeira presencia, em casa, outro caneco de seu time – a segunda divisão do estadual. Não menos importante, em 2021, a molecada superou todas as dificuldades e barreiras, ao desbancar o CRB, na final do Campeonato Alagoano Sub-20. Um orgulho para a cidade!
2022: um ano recheado de desafios!
O sucesso de 2021 possibilitou que, pela primeira vez, o CSE dispute competições regionais e nacionais: a Copinha, Copa do Brasil Sub-20, Copa do Nordeste Sub-20 e o Campeonato Brasileiro Serie D.
Visando obter destaque na temporada 2022, o clube, certamente, irá mesclar jovens com atletas rodados. Por exemplo, uma das principais contratações, nessa temporada, foi o experiente Neto Baiano.
Portanto, é dever dos torcedores continuarem bradando o grito que, em todo jogo do Tricolorido, ecoa por essa Palmeira “véia” de guerra: “Bora, CSE, doença do rato!”