O Fluminense é conhecido por ser um clube que utiliza muito bem a sua base, revelando bons jogadores aos montes, sendo uma leva por ano. Em 2019, a dupla João Pedro e Marcos Paulo, que assombrou os adversários nas categorias de base, começou a ganhar espaço no time tricolor, que estava sob comando de Fernando Diniz.
As dificuldades financeiras do Fluminense são deixadas de forma clara para qualquer um ver, e o clube vive de explorar a base, vendê-los e fazer contratações pontuais de apostas e medalhões. O problema disso é sacrificar as melhores posições dos jovens para encaixá-los em outros lugares, e isso é algo que o Fluminense faz bastante.
Para encaixar um ataque de três jogadores (um centroavante e dois pontas), o time treinado por Odair Hellmann abria Nenê da direita e Marcos Paulo na esquerda, com Evanilson/Fred/Felippe Cardoso no centro. O problema de usar o jovem de 19 anos pela ponta é não explorar a sua melhor função, e que foi o diferencial da dupla JP-MP na base.
Como um segundo atacante, Marcos Paulo tinha um fluxo maior para movimentar-se e criar junto de João Pedro. Dessa forma, ainda havia espaço para avançar e marcar os seus gols. Sendo levado para a ponta, a sua falta de velocidade não funcionava para a função de um extremo, e ele tinha que jogar por dentro, tentando também trabalhar junto de Evanilson na troca de passes, mas o modus operandi da equipe de Odair era levar a bola até Nenê, prejudicando o jogador de Xerém.
A melhora da equipe do Fluminense era evidente, e Marcos Paulo voltou a ter um bom desempenho também. A vitória por 3-1 contra o Athletico Paranaense deixou ainda mais claro como MP, que fez dois gols e ainda deu uma assistência, é importante para o time tricolor. Porém, essa foi a última partida de Odair Hellmann.
Com a saída do treinador, Marcão ficará até o final do campeonato no cargo, e a chance de Marcos Paulo pode ser agora. Cabe a nós esperar.