O começo de tudo
Nascido em Belo Horizonte, Matheus Pereira deu seus primeiros passos no futebol nos escalões de formação no Esporte Clube Democrata e no Filadélfia, pequenos clubes da cidade de Governador Valadares.
Com 14 anos chamou a atenção de olheiros do Sporting Clube de Portugal e foi lá que começou sua carreira como futebolista.
Um novato no Velho Continente
Após atuar bem nas categorias juvenis do Sporting, marcando 22 gols em 25 jogos, o brasileiro foi chamado para a equipe B do Sporting e fez sua estreia em janeiro de 2014, contra o Tofense.
Devido as boas atuações pela equipe B, Matheus foi convocado a integrar o time principal, após renovar o contrato e estreou contra o Besiktas. Porém nas temporadas seguintes passou por Desportivo Chaves e FC Nürnberg por onde fez boas atuações, chamando atenção de alguns times, inclusive o West Bromwich da Inglaterra.
Chegada a Inglaterra
Na temporada 19-20, Matheus passou a ser comandado por Slaven Bilić, e foi aí que o jovem meia brasileiro passou a chamar atenção dos fãs de futebol e principalmente de outros grandes clubes.
Sendo um dos principais responsáveis pela campanha de 22 vitórias, 17 derrotas e 7 empates, que acabou dando um segundo lugar a equipe na Championship e garantindo o acesso direto a Premier League.
A importância na tática da equipe
Bilić tem como ideia de jogo manter a posse de bola e construir desde o campo de defesa. Matheus entra como peça chave no esquema se posicionando como um meia central que se movimenta nas costas do atacante.
Matheus Pereira tem um perfil muito diferente do que a segundona inglesa costumava a ver, sem impressionar fisicamente, tem bastante técnica para controlar a bola, finalizar e dar passes.
No esquema do West Bromwich, o brasileiro funciona como um elo para que bola que vai da defesa até os atacantes chegue com qualidade.
Cérebro da equipe
Atuando mais como um camisa 10, Matheus foi quem mais criou chances para o West Bromwich na temporada passada, com 16 assistências e 2.8 passes decisivos por jogo, o meia também liderou a liga em passes para finalização (38).
Com uma visão de jogo aguçada e uma qualidade técnica excelente para executar passes, Matheus é o responsável por quebrar as linhas de marcação adversária, através do controle de bola ele recua a bola por diversas vezes até criar espaço para achar companheiros em boas condições de receber um passe progressivo.
Atrair, driblar e progredir
Com uma média de 1.5 (61%) dribles bem sucedidos na Championship 19-20, as fintas são parte importante do arsenal do camisa 12 brasileiro.
Ao driblar, Matheus consegue por muitas vezes eliminar defensores que estão o pressionando e fazer com que a equipe ganhe campo através de passes longos, com uma média de 1.3 (47%) no fundamento.
Com um físico não tão privilegiado, Matheus consegue se destacar pela velocidade de movimento e também pela inteligência de seus atos dentro da cancha.
Posicionamento, movimentação e letalidade no terço final
O mapa de calor do atleta na temporada passada, exemplifica bem como o jogador é participativo na faixa central do campo e como é presença garantida no terço final do campo.
Matheus geralmente se posiciona entrelinhas esperando receber e dominar de maneira orientada, para prosseguir à jogada. Outra faceta do meia é a capacidade de tocar de lado e se projetar ou buscar um passe em profundidade, sua principal característica. Finaliza muito bem, inclusive em bola parada.
Com 8 gols e 16 assistências na última temporada, Matheus também foi o 9º jogador que mais finalizou na Championship. Mostrando que além de um criador de jogadas, o meia também tinha capacidade de ser um finalizador.
Conclusão
Apesar do início desanimador do West Bromwich na Premier League 2020-21, o brasileiro vem sendo uma das poucas notícias boas do time, com 1 gol e duas assistências em 4 jogos, tem mostrado que não sentiu o nível da primeira divisão.
Esperasse uma evolução ou melhora da equipe e isso passa bastante por uma manutenção do bom desempenho de Matheus Pereira.