Times brasileiros com estádios próprios

Conheça os times brasileiros com estádios próprios em um artigo completo preparado pelo Na Beira do Campo.

Um clube ter uma casa própria para mandar seus jogos é algo de extrema importância no futebol, principalmente na relação do time com a torcida. O estádio próprio é uma das principais formas dos torcedores se conectarem com o clube de coração e, demonstrarem, em cantos uníssonos, sua paixão. Também pode ser usado para expressarem seu apoio aos jogadores que representam a camisa do seu time, ou até mesmo a sua insatisfação com o mesmo, por forma de protestos.

No Brasil, é comum os times brasileiros com estádio próprio serem temidos dentro de casa (mesmo contra adversários superiores) e possuírem invencibilidades duradouras como mandante. Toda essa força vem de estádios lotados com torcidas apaixonadas, que sabem muito bem como fazer festas incríveis, com muitas bandeiras, faixas, cantos inigualáveis, shows de pirotecnia, mosaicos inovadores, entre outras técnicas para enfeitar os estádios e demonstrar imposição contra qualquer adversário.

Segundo o Jornal Estadão, com a inauguração do estádio próprio do Atlético Mineiro, a Arena MRV, na partida contra o Santos no último Domingo (27), o Campeonato Brasileiro chegou a marca de 70% de seus clubes participantes têm um campo para mandar seus jogos. Vale ressaltar que, alguns clubes como o Flamengo, estudam as possibilidades de construírem estádios próprios, ou seja, provável que essa porcentagem aumentará.

Confira abaixo uma lista com alguns times brasileiros que possuem estádio próprio:

Atlético Mineiro: Arena MRV

Arena MRV do Galo – Foto: Twitter Atlético-MG

Recentemente reinaugurada – no último Domingo (27) -, a Arena MRV, popularmente conhecida como a Arena do Galo, localiza-se em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, e recebe os jogos do Atlético Mineiro.

Possui capacidade média de receber em média 47 mil torcedores e é caracterizada por ser o estádio mais moderno do Brasil, argumento que é validado pelo suas novas tecnologias implementadas na reforma, como: aplicativo para do estádio para baixar em smartphones, onde será possível realizar a compra de ingressos, aquisição de vagas de estacionamento e compra de bebidas, tudo isso sem o estresse dos modelos arcaicos.

Além disso, a Arena contará com um sistema de reconhecimento facial para um melhor fluxo e conforto ao torcedor no acesso ao estádio.

Santos: Vila Belmiro

Estádio Urbano Caldeira – Foto: Bruno Granja / Ag Corinthians

O Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido como a Vila Belmiro, é um estádio localizado na cidade de Santos, em São Paulo e é a casa do Santos Futebol Clube. Sendo um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1916, possui capacidade média de 20 mil torcedores e foi local de muitos gols do histórico camisa 10 do Peixe, o Rei Pelé, onde foi velado sob muitas homenagens, ao falecer.

Devido à uma punição, o Santos ficou suspenso de jogar na Vila e estava impossibilitado de ter sua torcida em casa o apoiando, tudo isso somado à uma delicada crise interna e uma complicada situação na tabela do Brasileirão, ocupando a primeira posição do Z4.

Palmeiras: Allianz Parque

Estádio
Allianz Parque – Foto: Diogo Moreira/ MáquinaCW

Antigamente era conhecido como o popular Estádio Palestra Itália, porém passou a ser chamado de Allianz Parque, logo após a entrada do patrocinador Allianz.

A Arena é a casa do Palmeiras e é reconhecido pelo seu gramado sintético – fundamental para receber o propósito alternativo do estádio, que é receber shows -, e sua arquitetura bem projetada e tecnológica. Possui uma capacidade média de 43 mil torcedores e está entre os mais temidos na América do Sul.

Internacional: Beira-Rio

Estádio do Beira-Rio – Foto: Omar Freitas /Agência RBS

O Estádio José Pinheiro Borba, ou Beira-Rio, é o décimo maior estádio do Brasil, com uma capacidade média de 50 mil torcedores e é responsável por receber os jogos do Sport Club Internacional. Apesar de não ser um estádio tão antigo quanto o do Santos, pois é de 1969, O Beira-Rio teve ajuda da sua torcida na sua construção, que foi doar tijolos e materiais de construção para ajudar na obra.

É um estádio muito tradicional, já tendo recebido jogos da Copa do Mundo de 2014, além de diversas outras competições internacionais.

Vasco da Gama: São Januário

São Januário, o Caldeirão do Vasco – Foto: Jairo Rodriguez/Vasco

Alvo de covardia e preconceito sofrido pela Justiça do Rio, O Estádio Vasco da Gama, popularmente conhecido como São Januário, está impedido de receber sua torcida, fundamental nessa fase de luta contra o rebaixamento que o Vasco enfrenta, por determinação da Polícia Militar, alegando ser uma área de risco e trocas de tiros, sem provas concretas.

Assim como o Beira-Rio, o Caldeirão do Vasco contou com um pontapé inicial da torcida, ajudando na arrecadação de verba para compra de um terreno em São Cristóvão, na capital do Rio de Janeiro. Contou, também, com apoio popular na construção do estádio, que hoje é um dos mais tradicionais e antigos do Brasil, inaugurado em 1927, com capacidade para mais de 20 mil torcedores, atualmente.

RB Bragantino: Nabi Abi Chedid

Estádio Nabi Abi Chedid – Foto: Ari Ferreira/Redbull Bragantino

O Estádio Nabi Abi Chedid ou Marcelo Stéfani, apelidado de “Nabizão”, é o mando de campo do Red Bull Bragantino, na cidade de Bragança Paulista, em São Paulo.

Nabi Abi Chedid faz referência ao pai de um ex-presidente do clube, Marco Abi Chedid, e o estádio recebeu esse nome em 2009, visto que anteriormente se chamava e fazia homenagem à um ex-jogador e presidente do Massa Bruta: Marcelo Stéfani.

O estádio comporta, em média, 15 mil torcedores, mas a Red Bull – atual patrocinadora master do clube – tem planos de expandir essa capacidade total, além de uma revitalização geral.

Avaí: Estádio da Ressacada

 

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Estádio da Ressacada – Foto: Leandro Boeira / Avaí

O Estádio Aderbal Ramos da Silva, vulgo Estádio da Ressacada, está localizado na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. Recebe os jogos do mandante Avaí, que atualmente se encontra numa situação delicada na série B, tentando se manter afastado do Z4.

Não muito tradicional, mas respeitado, A Ressacada já foi palco de 3 jogos da Seleção Brasileira e comporta um público de mais de 17 mil torcedores, pós-reforma de 2010.

Atlético-GO: Castelo do Dragão

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Estádio Antônio Accioly, o Castelo do Dragão – Foto: Heber Gomes / Atlético GO

De nome criativo, imponente e sugestivo, o estádio responsável por receber os jogos do Dragão, é o Castelo do Dragão. Originalmente chamado de Estádio Antônio Accioly, homenagem ao ex-presidente que era apaixonado pelo clube e viveu a vida em função dele, o Castelo do Dragão pertence ao Atlético Goianiense e é um estádio bem popular, já tendo recebido, inclusive, show da cantora Shakira, em 1996. Apesar do seu tamanho menor em relação a outros estádios, recebendo 12 mil pessoas, o Estádio Antônio Accioly é provido de bons cuidados e manutenção.

Corinthians: Neo Química Arena

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Estreia da Neo Química Arena – Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

A Neo Química Arena é popularmente conhecida como “Itaquerão”, devido à sua localização no distrito de Itaquera, na Grande São Paulo. Antigamente se chamava Arena Corinthians, mas com a oportunidade de um novo patrocinador “financiar” um projeto de um novo estádio, a marca Neo Química, que hoje leva nome ao Itaquerão.

A Arena por si só dispensa apresentações, pois é disparada uma das arenas mais bem cuidados do país, repleta de segurança, acessibilidade, higiene e limpeza, já tendo ganhado, inclusive, prêmio de melhor arquitetura do país em 2011, quando começou a sua reforma.

É referência no Brasil, justamente, por sediar uma das maiores torcidas do continente e, por isso, conta com uma capacidade de quase 50 mil torcedores. Entretanto, nem tudo é um mar de rosas, muito se questiona a respeito do valor gasto nessa construção que, na cotação atual, passaria de 2 bilhões de reais. Não se sabe se valeu a pena, ou se até mesmo irá ter um retorno futuro agradável.

Grêmio: Arena do Grêmio

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Arena do Grêmio – Foto: Lucas Uebel / Getty

É um estádio bem recente, tendo sido fundado em 2012, localizada a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. É responsável por receber os jogos do Rei de Copas, o Grêmio.

É um estádio bem moderno, como de se esperar, com capacidade de mais de 55 mil lugares para suportar a torcida do Imortal. O estádio, inclusive, já tirou nota máxima em todos os quesitos no sistema de avaliação de estádios e já foi eleito o “Estádio do Ano”, nesses pouco mais de 10 anos de história.

São Paulo: Estádio do Morumbi

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Estádio do Morumbi – Foto: Edson Lopes Jr. / UOL

O Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como o Morumbi, é sede do maior campeão internacional do Brasil, o São Paulo Futebol Clube.

Situado em São Paulo, o estádio é referência no país e na América, pois inicialmente foi projetado para uma capacidade de 150 mil torcedores, sendo o público recorde de 146 mil, porém, com todas as burocracias e reformas, suporta “apenas” 72 mil pessoas nos dias atuais.

Recentemente, o tricolor paulista recebeu o Corinthians pelo jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil e quebrou um recorde pessoal que o clube não atingia há oito anos, a incrível marca de 62.093 torcedores presentes para assistir a classificação do São Paulo diante do maior rival. O Morumbi também já foi casa para vários jogos da Seleção Brasileira.

América-MG: Arena Independência

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Arena Independência – Foto: Claúdio Rabelo/CMBH

A Arena Independência, ou Estádio Raimundo Sampaio, é a casa do América Mineiro, estando localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele é um estádio antigo, com fundação em 1950, justamente para abrigar a Copa do Mundo de 50, realizada no Brasil.

O vulgo “Arena Independência” só veio a ficar popularmente conhecido em 2012, com a reforma do estádio, cujo apelido origina-se do seu antigo clube sediado, o Sete de Setembro – data da independência brasileira -, por isso do nome. Apesar de pertencer ao Coelho, a Arena recebeu muitos jogos

Coritiba: Couto Pereira

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Estádio Couto Pereira – Foto: Divulgação/Couto Pereira

O Estádio Major Antônio Couto Pereira, ou simplesmente Couto Pereira, pertence ao Coritiba Futebol Clube, sediado na cidade de Curitiba, capital do Paraná. Foi inaugurado em 1932, e é um estádio, na medida do possível, muito bem conservado. No Couto, há um sistema um tanto quanto interessante e difícil de ser encontrado atualmente no Brasil, que é a venda de ingressos por lugares numerados, ou seja, o torcedor compra o ingresso que equivale à um assento, como acontece em cinemas. O Couto Pereira tem capacidade de receber 40 mil fanáticos pelo Coxa em sua casa.

Goiás: Estádio da Serrinha

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Estádio da Serrinha – Foto: Goiás E.C

Seu nome oficial é Estádio Hailé Pinheiro, também conhecido como Estádio da Serrinha, situado em Goiânia, no Estado de Goiás. É pertencente ao Goiás, que comprou o terreno em 1960, mas só veio inaugurar o a Serrinha 35 anos depois, em 1995.

O Goiás realizou diversas reformas, sob diversas diretorias, para trazer melhorias para o seu estádio,  visto que em 2013 aplicou seu gramado ao padrão FIFA para receber a Seleção Brasileira.

O clube focou tanto em sua casa, que atualmente o time goiano já não necessita mais utilizar o Estádio Serra Dourada, que pertence ao governo e era utilizado anteriormente devido ao seu próprio estádio não atender à algumas exigências. A capacidade total gira em torno de 13 mil torcedores.

Além de tudo isso, tem um gramado muito elogiado por clubes que jogam como visitantes na Serrinha.

Athletico Paranaense: Arena da Baixada ou Ligga Arena

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Arena da Baixada – Foto: Divulgação / Athletico Paranaense

O Estádio Joaquim Américo Guimarães, localizado na capital do Paraná, fez o Athletico Paranaense ser um dos times mais temidos da América, quando jogava em casa.

Mais conhecido pelo apelido Arena da Baixada, foi pioneiro no Brasil em causas aderência de tetro retrátil à sua Arena, trabalho de naming rights, adotando o nome de Ligga Arena, e seu principal artefato: a grama sintética. Tanto o naming rights, quanto o gramado sintético do Furacão, abriram portas para outros times se interessem sobre o assunto.

Na sua última “revitalização” para atender a Copa do Mundo de 2014, o estádio passou a ter uma capacidade máxima de 42.370 torcedores.

Botafogo: Nilton Santos

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Estádio Nilton Santos – Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo

Ao contrário da sua posição soberana e isolada na primeira colocação do Campeonato Brasileiro, nesta lista o Glorioso veio em último lugar por ser tratar de uma exceção. No caso do Botafogo, o seu Estádio em que atua como mandante é o Nilton Santos, mais conhecido como Engenhão, que não pertence exatamente ao clube alvinegro.

Na verdade, o Estádio Olímpico Nilton Santos, pertence ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, mas que, por meio de uma concessão legal, torna o Botafogo o administrador do estádio até 2051, por meio de um contrato renovado ano passado. O Niltão foi inaugurado em 2007, para poder sediar os jogos Pan-Americanos de 2007, por isso o estádio é caracterizado por aquela pista de atletismo que separa o campo da arquibancada.

Outro característica marcante do Nilton Santos é sua grama sintética – carinhosamente apelidada de “Tapetinho” pelos torcedores do Glorioso -, de difícil adaptação para àqueles jogadores que não estão acostumados com as altas velocidades que a bola atinge, com muito menos força aplicada à ela.

Na goleada de 4 a 1 sobre o Coritiba, no dia 30 de julho, o Engenhão contou um público recorde em 2023: mais de 43 mil pessoas foram assistir mais um vítima cair no Tapetinho do Engenhão, cuja capacidade máxima gira em torno de 44 mil torcedores.

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