Palmeiras vê que São Paulo só pensa em se defender no segundo tempo, vai para cima e consegue virada histórica em pleno Morumbi.
O clássico dessa segunda-feira (20) entre São Paulo e Palmeiras é mais uma das partidas que ficarão na história. Vindo de derrota para o Botafogo fora de casa, o tricolor confiava na força de sua casa para bater o líder do campeonato.
Na temporada, o São Paulo tinha perdido apenas uma vez dentro de sua casa, justamente contra o Palmeiras pela primeira fase do Paulistão. Naquela altura, o Verdão bateu o time por um a zero com gol de Rony.
XI inicial
O tricolor do Morumbi entrou em campo no 3-1-4-2 com Jandrei; Diego Costa, Arboleda e Léo; Gabriel Neves; Igor Vinícius, Igor Gomes, Nestor e Reinaldo; Calleri e Patrick.
Enquanto o Palmeiras, repetiu a escalação que goleou o Atlético-GO por 4 a 2. Weverton; Gustavo Gómez, Luan, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino e Danilo; Dudu, Scarpa e Veron; Rony.
Primeiro tempo
Na primeira etapa, o Verdão não jogou bem, mostrando muita dificuldade para defender seu lado direito que era atacado por Reinaldo, Patrick e Nestor. Jogando por encaixes individuais, o Palmeiras em alguns momentos formava um 5-2-1-2 em bloco baixo. Piquerez e Dudu marcavam os alas adversários, enquanto Danilo, Menino e Scarpa se fixavam nos meio-campistas tricolores.
O São Paulo abriu o placar aos 17 minutos do segundo tempo com Patrick. Em um lance polêmico, muitos torcedores reclamam que a bola teria batido na mão do camisa 88.
Após o gol, o Palmeiras começou a se acertar, conseguindo criar algumas chances e colocando o São Paulo para marcar em bloco médio/baixo.
Segundo tempo
Na segunda parte do jogo, o São Paulo até tentou no início se manter atacando, mas, logo passou. O Verdão começou uma blitz em busca do gol de empate. Começando a ser colocado nas cordas, o único momento de respiro era a bola longa para Calleri brigar.
Com o tempo passando e os times cansando, as mudanças começaram. Ceni sacou do jogo Gabriel Neves, Igor Vínicius, Nestor, Calleri e Reinaldo. Para as entradas de Pablo Maia, Rafinha, Rigoni, Éder e Miranda.
No lado do Palmeiras, saíram Luan, Rony, Veron, Danilo e Piquerez. Para as entradas de Mayke, Navarro, Breno Lopes, Atuesta e Wesley. Essa última mudança, ousada, tirando um defensor e colocando um ponta de drible e velocidade.
Vendo que o São Paulo não atacava mais e precisando do resultado, João Martins arriscou e começou a atacar no 2-3-5 com dois extremos dando a amplitude para a equipe.
Com isso, Gómez e Murilo ficavam na defesa, Scarpa, Menino e Atuesta eram os homens que construíam vindo de trás. Wesley e Breno Lopes davam amplitude, com Dudu e Mayke por dentro e como Navarro de referência.
O empate saiu aos 44:52 minutos do segundo tempo, após jogada de Scarpa no lado direito, o meio-campo dribla Rafinha e cruza na cabeça de Gustavo Gómez sozinho. Cinco minutos depois, em escanteio batido por Scarpa, a bola viaja, ocorre uma disputa dentro da área, mas Murilo domina e com o pé direito.
É apenas a quinta vez que o Palmeiras consegue vencer de virada o São Paulo no Morumbi. A última vez que tinha ocorrido isso foi em 1994, um tabu que se manteve por 28 anos.
Vindo de duas viradas seguidas, mostra o quão preparado mentalmente essa equipe do Palmeiras está. O mantra “Cabeça fria Coração quente” já está enraizado na equipe que faz história mais uma vez.