A Suíça entra no grupo G como segunda força, brigando com a Sérvia para conseguir avançar de fase, ou seja, precisavam vencer a seleção de Camarões para conseguir vantagem na chave. Além disso, o saldo de gols do confronto pode ter sido fundamental para definir quem se classifica, em caso de empate entre as duas seleções europeias.
Dessa forma, mesmo com os três pontos, a vitória magra por 1×0 pode ter complicado a vida da Suíça na chave. Camarões, no que lhe concerne, precisará de um milagre, vencendo Brasil e Sérvia para sonhar com a classificação.
Primeiro tempo
A Suíça começou o jogo apostando na troca de passes, buscando chegar ao gol com passes rápidos e aproximações de seus jogadores. Isto porque, os africanos deixavam a bola com os suíços e apostavam nos contra-ataques em velocidade. Os camaroneses até chegaram, mas com um sistema defensivo muito rápido, e com agilidade nas transições defensivas, não conseguiram criar com tanto perigo. Além disso, quando chutaram a gol, pararam nas mãos do goleiro Sommer.
Em campo as equipes poucos criaram, entretanto, a questão de efetividade com a bola foi o ponto fraco da Suíça, que apesar de rodar a bola não conseguiu criar chances de perigo ao gol de Camarões. Por outro lado, os africanos que se propunham a contra-atacar conseguiram aproveitar melhor os poucos espaços que se abriam.
A bola longa dos camaroneses deixou a desejar no passe para finalização, pois o bom ataque dos africanos, com Choupo Moting e Ekambi, não conseguiu uma chance clara de finalizar a gol. Sem conseguir chegar com os lançamentos, Camarões começou a buscar trocar passes para tentar criar por baixo, mas a Suíça conseguia manter os africanos longe. Monótono e sem grandes emoções, o primeiro tempo do jogou lembrou o embate desta quarta-feira entre Marrocos e Croácia.
Segundo tempo
Ambas as equipes voltaram com as mesmas formações para segunda etapa, mas a conversa no vestiário suíço logo surgiu efeito, quando aos 47 minutos, Shaqiri cruzou e Embolo finalizou da pequena área livre, e sem chances para o goleiro Onana. O gol surgiu em uma boa troca de passes, porém diferentemente do primeiro tempo, ao invés de aproximar, os Suíços inverteram o lado do jogo com agilidade, encontrando espaço nas costas da linha defensiva africana.
Após o gol o jogo ficou mais aberto, com a seleção de Camarões buscando o gol de empate, para conquistar ao menos um ponto na primeira rodada, enquanto os Suíços começaram a buscar o contra-ataque com Xhaka, Embolo, Vargas e Shaqiri. Os africanos abriram sua defesa, e bagunçaram o sistema defensivo para conseguir criar mais no setor ofensivo, deixando mais espaço para os europeus.
Na troca de passes rápida e aproveitando os espaços defensivos de Camarões, a Suíça chegou com Vargas, em jogada similar ao primeiro gol, com cruzamento da linha de fundo, novamente feito por Shaqiri. Entretanto, o ataque parou nas mãos de Onana, que espalmou para escanteio. E assim foi até o final da segunda etapa, com os europeus se segurando atrás e explorando a bola longa, enquanto os africanos trocavam passes buscando criar espaço na linha defensiva dos suíços.
Com a busca pelo gol, Camarões avançou seus jogadores, de forma que no fim do jogo o goleiro Onana, atuava praticamente como terceiro zagueiro, aproveitando sua boa saída com os pés, para trazer superioridade numérica no ataque. Isto porque, a Suíça baixou suas linhas de marcação dando campo para os camaroneses. O goleiro inclusive chegou a receber bolas na linha divisória do gramado, entretanto, a seleção africana pecou no último passe, demonstrando certo nervosismo para finalizar suas jogadas.
O jogo seguiu com o paradigma de longos acréscimos que tem sido adicionados durante a Copa do Mundo, na segunda etapa foram seis minutos adicionados. Durante a prorrogação, a Suíça gastou o tempo trocando passes e demorando para cobrar laterais e escanteios.
Suíça e Camarões em cinco parágrafos:
O jogo entre Suíça e Camarões mostrou a importância da pontaria na finalização, os africanos criaram mais chances, e chutaram mais vezes ao gol, entretanto em seu primeiro chute na meta, os europeus já abriram o placar da partida.
Apesar da bola rolar por boa parte do jogo, que não teve muitas paralisações e pouca cera foi feita pelos suíços, entretanto, os europeus cometeram mais faltas que o padrão, derrubando os adversários 13 vezes. A seleção terminou o jogo com a sua dupla de zaga titular amarelada, os defensores Akanji e Elvedi. As faltas da Suíça geram boas oportunidades na bola parada, que não foram aproveitadas pelos africanos.
Por outro lado, Camarões mostrou que com a bola nos pés falta qualidade e calma para chegar ao gol. Além disso, a seleção jogou dando espaço atrás e com Onana adiantado, as situações de contra-ataque com o goleiro correndo para trás podem surgir em uma eventual vantagem no placar.
Adversários do Brasil, ambas as seleções demonstraram um futebol de pouco brilho. A Suíça aparenta ter uma defesa sólida, que pode ser difícil de superar, mas que permite espaços na criação de jogadas rápidas, o que pode ser um ponto forte para os pontas da seleção, Vinicius.JR e Raphinha. Por outro lado, Camarões mostrou ser uma seleção chata, que sem grandes nomes, tem uma defesa sólida e ataca reativamente explorando a bola longa.
Dessa forma, o confronto entre Suíça e Camarões mostrou que o futebol africano de fato é o mais fraco do grupo, jogando reativamente, mas sem criar grandes chances. Por outro lado, os suíços jogaram abaixo do esperado, criando pouco e levando quase nenhum perigo ao gol camaronês.
Palpites para apostas entre Suíça e Camarões deram certo?
Ontem no pré-jogo de Suíça e Camarões foi dito que uma boa dica para os apostadores seria “vitória da Suíça, com +11.5 faltas na partida somando ambos os lados, e +1.5 cartões para jogadores de ambas as equipes”, mas será que o palpite estava certo?
Vitória da Suíça: Green – 1×0
Faltas: Green – 22 faltas
Cartões: Green – 3 cartões amarelos