Ambas as seleções apresentaram um futebol lamentável no primeiro tempo, mas o Japão surpreendeu pela pouca fome ofensiva apresentada, aliada a falta de imposição técnica em uma partida que era protagonista. No entanto diante da passividade e até certa soberba do Japão, a Costa Rica compensou a falta de técnica com o coração e em um lance de sorte, arrancou uma vitória importantíssima que além de minar o sonho dos japoneses de ir as oitavas de final (agora a seleção asiática vai para o “tudo ou nada” diante da Espanha), dá também a seleção da CONCACAF a possibilidade de sonhar em avançar para a próxima fase da competição.
Primeiro tempo
O Japão tentou desde o apito inicial fazer o que se esperava na partida: com cautela, tomar as rédeas e implementar o controle da posse de bola para conduzir a partida ao seu favor, diante de uma Costa Rica que tentava se aproveitar das bolas longas sem muita efetividade. Com algumas mudanças, o selecionado de Hajime Moriyasu entrou em campo dando chance a jovens nos setores de meio campo e ataque: Soma, Morita e Ueda ganharam oportunidade, Doan que fez o gol de empate contra a Alemanha, também iniciou a partida. Assim sendo esperava-se um jogo mais agressivo da seleção asiática que frustrou a todos devido ao péssimo futebol apresentado nos primeiros 45 minutos de jogo.
Durante a primeira etapa os japoneses não conseguiram criar muitas oportunidades (devido a falha no chamado “último passe”) e em um raro lance de Doan recebeu bom passe pela direita e cruzou rasteiro com perigo. Com a falta de pressão nipônica, os Ticos começaram a tentar um jogo pelo chão e buscar mais o jogo, em um raro lance de perigo dos costarriquenhos, Campbell se aproveitou de confusão na área e tentou arremate que passou longe da meta de Gonda. Pra quem acordou cedo e esperava um jogo de mais imposição técnica, lamentou pela nítida “falta de apetite” de um lado e a falta de precisão e técnica do outro.
Segundo tempo
A seleção asiática tentou mostrar mais apetite no começo do segundo tempo e desperdiçou boas jogadas com Morita e Soma (duas vezes). O aparente arranque positivo na segunda metade de jogo foi mera ilusão, tendo em vista que os Samurais Azuis seguiram criando pouco e a Costa Rica por sua vez nada conseguia produzir, deixando o jogo moroso e arrastado tal qual foi no primeiro tempo.
Quando menos se esperava o jogo ganhou contornos de drama: após erro de Morita na saída de bola, Fuller chutou colocado e o goleiro Gonda aceitou, um gol inesperado que levou desespero ao Japão. O treinador Hajime Moriyasu bem que tentou fazer algo para trazer seu selecionado de volta pro jogo mas não deu: além de tudo, quando os japoneses partiram para cima, Keylor Navas brilhou e evitou o empate japonês.
Ao Japão resta lamentar por ver uma vaga quase certa para as oitavas de final escapar pelos dedos. A Costa Rica mantém vivo o (até então improvável) sonho de classificação para a fase mata-mata.
Na rodada final os nipônicos enfrenta a forte Espanha na quinta feira (01 de dezembro) as 16:00, enquanto que a Costa Rica enfrenta a Alemanha no mesmo dia e horário.
Japão: Gonda; Yamane (Mitoma), Itakura, Yoshida, Nagatomo (Hiroki Ito); Endo, Morita, Doan (Junya Ito), Kamada, Soma; Ueda (Asano).
Costa Rica: Navas; Waston, Duarte, Calvo, Oviedo; Fuller, Borges (Salas), Tejeda, G. Torres (Bennette); Contreras (Aguilera) e Campbell (Chacón).