USMNT: como a Seleção Americana chega para a Copa no Catar

Desde a última participação no Mundial, a equipe se reestruturou para chegar de maneira competitiva nesta Copa

O USMNT (sigla em inglês para: United States Men’s National Soccer Team), volta a este ciclo de seleções mundiais após oito anos. Sua última participação havia sido na Copa do Mundo no Brasil, na qual caiu para a Bélgica nas oitavas de final. Em 2018 não conseguiu passar por Trindad e Tobago, pelas eliminatórias da Concacaf, o que se tornou a primeira vez em 30 anos que a equipe não participou de um mundial.

De 2014 até 2022, no entanto, nomes e estilo de jogo mudaram, deixando essa Seleção capaz de disputar a Copa no Catar.

 

História: USMNT

12 participações em mundiais de seleções. A história do USMNT é curiosa. A pouca experiência, misturada com grandes nomes e a não tradição no futebol — o país tem maior desenvolvimento em outros esportes, como o basquete, o futebol americano e o basebol — levaram-no a não prestar grandes perigos às seleções adversárias.

Sua melhor campanha foi na Copa de 1930, chegando às semifinais. Na ocasião, terminou na terceira colocação.

Ouro fator importante que contextualiza a situação: a equipe feminina (USWNT) é o principal expoente do futebol feminino, campeã de Copas do Mundo e referência no país. A modalidade masculina, dessa forma, deixa a desejar no futebol apresentado, e a não conquista de títulos de expressão deixa o torcedor aflito, o que pode afastá-lo do esporte.

 

Amistosos preparatórios

Na última Data Fifa, dois jogos foram disputados pela seleção antes de sua ida ao Catar. Entretanto, a performance da equipe junto dos sentidos desfalques fizeram com que um sinal de alerta se acendesse no vestiário dos EUA. Sofreram, perderam e mostraram um fraco repertório diante de duas seleções que estarão na Copa, Japão e Arábia Saudita.

Contra a Arábia Saudita, um empate (0 a 0) morno que não anima a equipe para a disputa da Copa.

Diante do Japão, nenhum chute ao gol e derrota por 2 a 0. A vantagem só não foi mais larga por conta da ótimas defesas do goleiro Matt Turner. Aliás, esse é um dentre o raso grupo de garantidos no time titular no Catar.

 

Derrota para os Samurais Azuis foi desestimulante e com uma performance pífia dos americanos. Foto: Lars Baron/Getty Images

 

 Principais nomes: Reyna, Pulisic e Dest

Giovanni Reyna, jovem promessa estadunidense. Crédito: Getty Images

 

Filho do ídolo americano Claudio Reyna, Giovanni Reyna é um jovem (19 anos) meio-campista do Borussia Dortmund. Foi para a Europa com 16 anos e já desponta como uma das peças principais da seleção norte americana. Atuando ao lado de Pulisic, o meio-campo do USMNT funcionará bem na Copa se os dois estiverem 100%.

 

Christian Pulisic, meio-campo do Chelsea e capitão da seleção norte americana. Foto: Getty/Silvestre Szpylma

 

Dominante na equipe em um dos grandes times da Premier League (Chelsea), Christian Pulisic (23 anos) começou sua carreira de sucesso no Borussia Dortmund — mesma equipe de Reyna. Lá, se tornou o quarto atleta mais jovem a ser artilheiro da Bundesliga. Defendendo as cores de seu país, a presença no comando do meio-campo é imperativa. Mesmo jovem, já veste a braçadeira de capitão e guia as promessas para que o sucesso coletivo seja garantido.

 

Sergiño Dest, lateral direito do Milan e peça importante da defesa americana. Crédito: John Dorton/ISI Photos/GettyImages

 

Nascido na Holanda, Sergiño Dest escolhiu vestir a camisa da seleção norte americana. Do Ajax, ao Barcelona e agora no AC Milan, passou por diversos países e, mesmo jovem (21 anos) já possui vasta experiência dentro das quatro linhas. Ao lado dos companheiros previamente citados, Dest é outra promessa que está em formação. Seu auxílio na lateral-direita poderá ajudar o USMNT rumo ao sonho da conquista do título inédito na competição.

 

Grupo complicado

Antes de chegar às oitavas de final da Copa, o USMNT deverá passar pela fase de grupos. No Grupo B ao lado de Irã, Inglaterra e País de Gales, os EUA devem buscar a segunda colocação do grupo. Inglaterra, campeã do Mundo em 1966, vem com grandes nomes no elenco como, Harry Kane, Phil Foden, Reece James e Trent Alexander-Arnold.

Além dela, País de Gales conta com outras estrelas, misturando experiência e juventude. Gareth Bale e Daniel James são nomes fundamentais para movimentar, dar ritmo e velocidade à seleção galesa.

Em 23º lugar no ranking da Fifa, a seleção iraniana fará sua sexta aparição em Copas do Mundo. Os principais nomes ficam no ataque: o centroavante do Bayer Leverkusen, Sardar Azmoun e o atacante Mehdi Taremi, do Porto, de Portugal.

 

Primeira partida na Copa: Gales

Com menos de oito semanas para o início da disputa para a Copa do Mundo, os jogadores do USMNT ainda devem melhorar muito. O primeiro desafio em busca do título inédito na competição será diante de País de Gales, em 21 de novembro, às 16h, pela primeira rodada do Grupo B.

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