O caso Vitor Roque está longe de ter um desfecho. Agora o Cruzeiro notificou o Athletico-PR que vai ao tribunal da CBF para reivindicar indenização maior do que foi proposta pela saída do atacante. O clube mineiro alega que havia preferência na renovação de contrato com o jogador.
Ainda em abril, o jogador de 17 anos optou por deixar o clube Celeste e aceitar uma proposta do furacão.
Ambas diretorias trocaram acusações. A diretoria cruzeirense, dirigentes do Athletico e o empresário André Cury. A justiça do trabalho alegou que o time paranaense só precisava pagar a multa rescisória de R$ 24 milhões, baseado no seu salário, que ficou dividido por Cruzeiro (50%), América-MG (35%) e o jogador (15%).
Porém, a diretoria cruzeirense disse também que já havia formulado uma proposta de renovação do contrato a Vitor Roque, por um salário superior. Visto que por um mecanismo previsto na Lei Pelé, no artigo 29, que afirma que o clube formador tem preferência de renovação do primeiro contrato do atleta, desde que iguale a proposta de terceiros.
E ainda pelos termos do artigo 29, o clube (Athletico) se quisesse contratar o atleta precisaria informar sua proposta salarial para a agremiação formadora (Cruzeiro).
Em caso contrário, a Lei Pelé afirma que o clube contratante terá de pagar multa de 200 vezes sobre o salário mensal proposto pela agremiação formadora do jogador. Não foi possível saber a proposta salarial do Cruzeiro a Vitor Roque, mas é certo que o valor da indenização seria maior que os R$ 24 milhões pagos pelo Athletico.
A ação do Cruzeiro acontecerá na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas). O clube azul estrelado planeja provar que a diretoria paranaense burlou o direito de preferência pela renovação do Cruzeiro com o jogador. E por isso acreditam que devem receber uma indenização pela saída de Vitor Roque.