Diogo Jota brilha e Arsenal expõe falta de criatividade na semifinal da Copa da Liga Inglesa

A partida válida pela semifinal da Copa da Liga Inglesa começou com um amplo domínio do Arsenal. Desde o primeiro minuto, a equipe londrina ocupava o campo de ataque e acionava, com frequência, Gabriel Martinelli, pela ponta esquerda. Nesse momento do jogo, o atacante brasileiro confirmou a boa fase e comprovou que sua capacidade de drible em espaço curto está cada vez mais apurada.

Até o minuto 15, a pressão do time da casa estava intensa. Martinelli levou a melhor sobre os marcadores algumas vezes e, com isso, Klopp foi obrigado a segurar as subidas de Alexander-Arnold e a recuar o garoto Gordon. Quando o brasileiro cortava para dentro, Smith-Rowe se aproximava para dar opção no meio e Tierney ocupava o espaço vazio no corredor lateral. Aos 5 minutos, Lacazette cobrou uma falta com endereço certo, Kelleher raspou o dedo e a bola foi no travessão. 

Além dos bons momentos ofensivos, a marcação do Arsenal também estava ajustada. Os atacantes subiam para pressionar, os meias ofensivos fechavam o corredor central  e, assim, Matic e Van Dijk eram obrigados a tentar a bola longa, que, na maioria dos casos, era improdutiva. O time da casa já tinha encontrado o melhor flanco para atacar, tinha um combate efetivo e levava perigo ao goleiro adversário. O gol parecia questão de tempo.

No entanto, todos sabem que esse esporte é uma caixinha de surpresas. Aos 18 minutos, o meio campo do time de Liverpool conseguiu furar o bloqueio de marcação pela primeira vez. Novamente, um brasileiro se destaca. Dessa vez, Firmino, com sua habilidade de construção, recuou para receber a bola no meio e deu um passe de letra que desconstruiu o esquema do Arsenal e provou que nem sempre o domínio orientado é a melhor opção.

Jota ficou em situação de “mano a mano” na esquerda, tirou dois marcadores com cortes em direção ao meio e bateu no contrapé de Ramsdale.

A partir desse momento, as ações ficaram equilibradas e o Arsenal caiu de produção. Então, algumas dinâmicas dos Reds -hoje,”yellows”-, que, até então, estavam travadas, começaram a sair. Arnold teve liberdade de ocupar a zona de meio espaço no ataque, Robertson se alinhou aos zagueiros para fazer a saída de três e o time foi dominante até o fim do primeiro tempo.

SEGUNDA ETAPA COM POUCA CRIATIVIDADE DO ARSENAL E OPORTUNISMO DO LIVERPOOL

No intervalo, Arteta deu ordem para Smith-Rowe e Odegaard se aproximarem de Martinelli e Saka, respectivamente. O time da casa voltou mais ligado e com mais posse. Contudo, a crescente gunner foi interrompida aos 50 minutos, quando Jota passou por Ben White, chegou ao fundo e cruzou na área para Gordon, que isolou. O lance foi um banho de água fria para o Arsenal e o início da melhora do Liverpool na segunda etapa.

Durante o meio do tempo, o Arsenal conseguia ficar mais tempo com a posse, mas Kelleher, goleiro adversário, não era ameaçado em momento algum. O clássico cenário de posse improdutiva e falta de compactação na fase ofensiva. Os meias de criação apareciam pouco e Martinelli ficou isolado na esquerda, carente das associações que funcionaram no início da primeira etapa.

Em contraste, os Reds se mantinham em bloco médio, esperavam a primeira ação do adversário e atacavam de forma direta quando a brecha aparecia. As ações de ataque e defesa eram realizadas na mesma sintonia, e o time contava sempre com muitos homens próximos à bola. 

No minuto 77, Martinelli errou um drible no flanco esquerdo do meio campo – no momento, a desconcentração e a falta de confiança do Arsenal eram gerais e frequentes -, Arnold tomou a posse e acionou Diogo Jota nas costas da defesa. O português colocou a bola na frente com o peito e encobriu Ramsdale. Mais uma vez, o carrasco do Arsenal dando as caras

Com dois gols no placar, o jogo ficou definido. Ainda deu tempo de Thomas Partey, que havia entrado no lugar de Rowe, ser expulso, por entrada violenta em Fabinho.

O gigante de Liverpool alcançou sua décima terceira final de Copa da Liga, que será contra o Chelsea, no dia 27 de Fevereiro

FICHA TÉCNICA

Ocasião: Arsenal x Liverpool

Local: Emirates Stadium

Árbitro Principal: Michael Oliver

Escalações:

Arsenal: Ramsdale; Tomyiasu; White; G. Magalhães; Tierney; Lokonga; Saka; Smith-Rowe (Partey); Odegaard; G. Martinelli; Lacazette (Nketiah).

Liverpool: Kelleher; Alexander-Arnold; Matip (Konaté); Van Dijk; Robertson; Henderson (Milner); Fabinho; Jones; Gordon (Minamino); Firmino (Williams); Jota.

Gols: Jota (18’); (77’).

Cartões Amarelos: Lacazette (44’); Tomiyasu (56’); Konaté (63’); Jones (82’); Partey (87’); (90’).

Cartões Vermelhos: Partey (90).

 

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