Nesta sexta-feira, o Arsenal confirmou que Leah Williamson sofreu uma ruptura no seu ligamento cruzado anterior durante a partida contra o Manchester United pela FA Women’s Super League na última quarta-feira (19).
Williamson sentiu a lesão após um lance de roubada de bola e precisou ser substituída aos 15 minutos do primeiro tempo. Dessa forma, não há dúvidas de que a capitã do Arsenal e da Seleção Inglesa Feminina está fora do restante da temporada e também da Copa do Mundo que acontecerá entre os dias 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia.
A zagueira é apenas mais uma dentre o grande número de atletas que romperam o ligamento cruzado anterior ao longo desta temporada. Inclusive, no próprio Arsenal, outras duas atletas já haviam sofrido a mesma lesão: Beth Mead e Vivianne Miedema que se lesionaram no final de 2022 e seguem em recuperação.
Na Seleção Brasileira, por sua vez, três atletas também tiveram lesões no LCA: Angelina, Marta e Ludmila romperam o ligamento e, mais recentemente, a goleira Letícia teve um estiramento grau dois no LCA.
O fantasma das lesões
A “onda” de lesões no LCA começou há mais ou menos um ano e meio, com a primeira jogadora a romper o ligamento sendo Chloe Logarzo, em jogo pela Seleção Australiana em setembro de 2021. Desde então, mais de 20 outras atletas sofreram com o rompimento do ligamento cruzado anterior de forma que muitas dessas jogadoras acabarão perdendo o Mundial.
De acordo com dados e estudos que são bem conhecidos, as mulheres tem duas a oito vezes mais chances de sofrer rupturas no LCA do que os homens, sem levar em conta o futebol. Nesse sentido, como muito tem sido falado ao longo dos últimos meses – pelas próprias lesionadas assim como por seus treinadores, treinadoras e companheiras de equipe -, é preciso que haja uma abordagem em muitas frentes para evitar que as constantes lesões de atletas de futebol feminino sigam acontecendo.
Por fim, vale destacar que essa abordagem que não deve partir de iniciativas apenas da parte das jogadoras e dos treinadores e treinadoras que convivem mais o dia a dia das preparações e partidas. Pelo contrário, ela precisa contar com o apoio e esforço dos clubes e, acima de tudo, das federações e confederações, as grandes responsáveis por gerir a carga de jogos.