Barcelona Feminino: com mais uma temporada memorável, a equipe Catalã é um modelo a ser seguido

Antes de começar o futebol de sucesso, que lhe permite colocar dentre uma das melhores equipes do mundo, o Club Femení Barcelona foi fundado ainda na década de 1970 por uma fanática torcedora do time, Immaculada Cabecerán. Porém, a equipe masculina da instituição somente colocou um corpo técnico para trabalhar na modalidade feminina apenas em 2002, assim nomeando a equipe como Barça Femení. Além disso, “Imma”, como é conhecida, foi uma das que participou da fundação do que hoje é o Campeonato Feminino Espanhol. A estruturação passou de temporada em temporada até que, finalmente, o torcedor conquistaria o direito gratificante de comemorar grandes títulos.

Immaculada Cabecerán, com troféu na mão, carregada pelas companheiras ao conquistarem um título em pleno Camp Nou. Foto: Barcawomen/Twitter

Títulos e números

Com 18 títulos conquistados na Espanha (os campeonatos nacionais) — sete Ligas Espanholas Femininas, sendo o vencedor das últimas três edições, nove Copas de La Reina (deriva-se da Copa do Rei) e duas Supercopas Femininas da Espanha — e uma Liga dos Campeões Feminina (20/21), o Barcelona dessa última década é preparado para celebrar tantos triunfos. Pela temporada 21/22, conquistou a Liga nacional de maneira invicta, com 30 vitórias em 30 jogos; no total dos 47 jogos praticados pelas atletas, 45 vitórias, nenhum empate, 221 gols marcados e 23 sofridos. As derrotas, porém, foram determinantes para que a conquista do bi-campeonato da Liga dos Campeões ficasse pelo caminho: Wolfsburg, na semi-final, mas já estava classificado, e 3 a 1 para o Lyon,na finalíssima da Liga dos Campeões.

Na esquerda, a sueca Rolfo consola a meio-campista espanhola Aitana, após derrota para o Lyon. Foto: Javi Ferrándiz

Principais atletas

“Todo bom time começa por um bom goleiro”. Frase muito comum ao remeter-se à times com boa estrutura e que chegam e se mantêm no topo dentre os melhores. Porém, além de ter uma boa goleira (Sandra Paños, titular no gol da seleção espanhola), tem uma meio-campista diferente, aliás, considerada a melhor do planeta: Alexia Putellas. A camisa onze da equipe Blaugrana domina o circulo central do campo, junto com as companheiras Aitana e Lieke Martens, atletas que defendem as cores do Barça há, pelo menos, cinco anos.

Para serem feitos tantos gols, o ataque é lugar para artilheiras. Jennifer Hermoso, espanhola e camisa dez, é a quarta maior artilheira da equipe catalã. Ao lado dela, a nigeriana Asisat Oshoala marcou 20 gols nessa temporada, se tornando a maior goleadora do ciclo 21/22.

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Recordes

Para ser um modelo a ser seguido por outras equipes — não quer dizer que repetirá o mesmo sucesso na conquista de títulos, mas seguirá um caminho menos sofrível —, o Barcelona bateu recordes. E não foram poucos:

  • Recorde de público na história do futebol feminino: 91.553 presentes, no “El Clássico”, onde o Barça venceu o Real por 5 a 2.
  • Recorde esse batido pela mesma equipe e no mesmo estádio: 91.648 torcedores prestigiaram os 5 a 1 sobre o Wolfsburg.

Com tamanha expectativa em cima da atuação das jogadoras, além de detentoras do recorde mundial de público em uma partida de futebol feminino, também tem um estádio para chamar de seu: o Johan Cruyff. Dessa maneira, o futebol envolvente, atraente, rápido e além de tudo, físico, a Europa tem uma equipe feminina com todas as peças possíveis que a encaminham para o sucesso.

 

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