O Flamengo estrou na Supercopa Feminina de 2023 recebendo o Ceará no Luso Brasileiro na manhã deste domingo (5). Sem muitas surpresas, o Fla confirmou seu favoritismo e avança para a próxima fase da competição.
Luis Andrade mandou o Flamengo a campo no 4-3-1-2 com Bárbara no gol. Na linha defensiva: Monalisa pela direita, Daiane e Thais Regina, estreante, no centro da zaga e Jucinara pela direita. A camisa 10, Duda, formou a linha de meio de campo ao lado de Thaisa e Kaylane.
Por fim, Crivelari, Maria Alves e Sole James foram os nomes ofensivos Rubro-Negros, com Crivelari atuando como uma meia ofensiva articuladora e Maria Alves e Sole James no comando do ataque.
O técnico Felipe Soares, por sua vez, optou pelo esquema de 4-4-2 começando com Thaís Maria no gol. Ester atuou como lateral direita com Rebeca e Laís Stephany no centro da defesa e Gabi Barbosa fechando a linha de quatro defensoras pela esquerda.
Bia Alves, Val, Lili e Mariana formaram a linha de meio de campo com Amália e Sorriso fechando a escalação no ataque.
Primeiro tempo
O favoritismo, de certa forma, estava ao lado do Flamengo, sobretudo pela diferença nos elencos – e no desenvolvimento dos projetos do futebol feminino em cada clube. Apesar do Ceará ter conquistado o Campeonato Brasileiro Série A2, a temporada é outra e a história também.
Nesse sentido, não demorou muito para o favoritismo Rubro-Negro se fazer valer com Sole James abrindo o placar aos dois minutos. A lateral direita Monalisa cruzou na medida para a camisa 99 do Flamengo cabecear e marcar.
O domínio do Flamengo seguiu e aos oito minutos, as donas da casa conseguiram ampliar a vantagem. Em nova jogada de cruzamento, desta vez pela esquerda, Jucinara cruzou e Crivelari marcou. Demorou um pouco mais, porém não tardou muito. Aos 20 minutos, Maria Alves fez o terceiro gol Rubro-Negro.
Sole James avançou com a bola e, percebendo Duda livre, passou para a camisa 10 do Fla. Sem marcação, Duda teve tempo de dominar e esperar a passagem de Maria Alves que recebeu aberta para deixar o seu. Por opção do treinador Felipe Soares, aos 29 minutos, saíram Gabi e Val para as entradas de Fernanda e Kaylane do lado do Ceará. Contudo, o domínio do clube carioca seguiu e um minuto depois das mudanças, veio o quarto gol do Mengo.
Crivelari conseguiu a roubada de bola dentro da pequena área e deixou o trabalho mais fácil pro Fla. A camisa 19 tocou para trás e a bola sobrou em Duda, que marcou com um chute de chapa no canto direito. Aos 35 minutos, Duda marcou de novo para ampliar a vantagem Rubro-Negra para cinco gols – e com essa mesma vantagem terminou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Para o segundo tempo, Luis Andrade fez Sole James, Kaylane e Monalisa saíram para as entradas de Gica, Kaylaine Jr e Rayanne. Em uma competição de tiro curto, ainda mais com o desgaste no calor do Rio de Janeiro, as substituições são importantes para poupar as principais peças.
Aos dois minutos, Gica teve a primeira chance do Fla na etapa complementar, mas a finalização acabou saindo por cima do travessão do gol defendido por Thais Maria. Aos seis, foi a vez de Crivelari: Daiane escorou para a camisa 19 que cabeceou, porém, a defesa cearense salvou. Na sequência, a zagueira Laís, que sentiu uma lesão, saiu para a entrada de Sara.
Pressionando na roubada de bola, o Flamengo seguiu seu domínio no campo ofensivo, inclusive, com alguns lançamentos em profundidade. Aos 14 minutos, Crivelari recebeu um belo lançamento e já ia driblando Thais Maria, que saiu da pequena área. A goleira do Ceará acabou atingindo a atacante Rubro-Negra na disputa e acabou expulsa da partida. Com isso, Felipe Soares fez mais mudanças: Mariana e Bia Alves deixaram o campo para as entradas de Lais Quesia (goleira) e Gabizinha.
Na cobrança da falta, Duda bateu tentando achar o canto superior, porém, a bola passou pelo lado de fora. O cenário se manteve, com o Mengo pressionando, e enfim na metade da etapa complementar veio o sexto gol. Kaylaine Jr bloqueou um passe e a bola sobrou para Crivelari que driblou a goleira Lais para marcar seu segundo gol no jogo sem muitas dificuldades.
Luis Andrade fez mais duas mudanças, as últimas da partida: Leidiane e Agustina entraram nos lugares de Maria Alves e Thaís Regina. Dois minutos depois, as Rubro-Negras chegaram bem pelas laterais de novo. Rayanne cruzou bem, mas a defesa do Ceará conseguiu afastar a bola antes de chegar em Gica. Mas não foi o suficiente. A bola sobrou nos pés de Thaisa que finalizou bonito para deixar o seu gol na partida.
A postura do Flamengo seguiu a mesma apesar da vantagem, demonstrando respeito às adversárias ao não tirar o pé. Assim, aos 38 minutos, Crivelari conseguiu seu hat-trick. Duda e Gica combinaram bem na construção da jogada e a camisa 10 conseguiu um passe em balão para Crivelari que finalizou sem chances para a goleira.
Três minutos depois do terceiro de Crivelari, Rayanne tentava nova jogada pela direita, desta vez, entrando na pequena área. A camisa 94 sofreu a falta na área e conseguiu o pênalti – Gica foi para a batida e converteu. Nos acréscimos, Jucinara marcou o 10º do Flamengo depois de receber da camisa 19 – e com 10 a 0 no placar soou o apito final.
O resultado nos relembra que ainda falta muito para o futebol feminino brasileiro. Falta investimento dos clubes não apenas em infraestrutura, mas também na manutenção das atletas no clube, permitindo que elas tenham condições de se manterem como atletas de futebol.
Próximo compromisso
Com a derrota, o Ceará está eliminado da Supercopa Feminina de 2023. O Flamengo, por sua vez, avança para a semifinal e vai enfrentar o Real Brasília (DF) na quarta-feira (8). O local e o horário da partida ainda serão definidos.
