Grupo City no Brasil: tudo que já foi ventilado e o que há de concreto

Com dois times na América do Sul, o Grupo City começou nos últimos anos a criar uma rede de olheiros no continente. Primeiramente, com a compra do Montevideo City Torques concretizada em 2017, o conglomerado se estabeleceu no hemisfério sul da América. Quatro anos depois, em 2021, o grupo fechou um acordo de parceria com o Bolivar, que permite ao clube boliviano acesso à tecnologia e consultoria do Grupo City.

Grupo City planeja entrar no Brasil e Bahia é escolhido, diz repórter | Hoje Cidades
Todos os clubes comandados pelo Grupo City. Reprodução: Internet

Desde 2013 quando foi fundado, a proposta de se expandir pelo mundo e criar uma vasta rede de equipes que juntas potencializariam a habilidade e técnica de jovens talentos nunca ficou em segredo. E nada melhor do que entrar direto nos mercados futebolísticos com mais jovens talentosos. Portanto, o Brasil não poderia estar de fora dos alvos. No país, o conglomerado já chegou a fazer sondagens, e pelo visto se aproxima de comprar o seu primeiro clube em território nacional.

Grupo City Bahia

As negociações entre Grupo City e Bahia começaram em 2021. Inicialmente com uma sondagem dos árabes em busca de entender melhor a situação do tricolor de ferro. Posteriormente as conversas iniciais, ambas as partes negociaram para chegar um acordo financeiro, e os números ventilados na imprensa giram em torno de R$ 650 milhões de reais investidos em três etapas.

Entretanto, uma dívida do tricolor referente a criação do projeto Bahia S.A em parceria com o banco Opportunity, fez com que o negócio esfriasse. Anos depois, o Bahia viu que o investimento não estava surtindo efeito e optou por desfazer o acordo, sendo obrigado a pagar uma multa no valor de R$ 40 milhões. O problema é que esse valor nunca foi pago, e atualmente o Opportunity cobra mais de 100 milhões de reais do clube.

Dessa forma, o Grupo City optou por esperar a solução entre Bahia e Opportunity ter um desfecho, para só então dar continuidade na negociação. Por enquanto o Esquadrão segue buscando solucionar sua antiga dívida, para conseguir de uma vez por todas se tornar mais um clube SAF no Brasil.

Torcedor vestido de sheik árabe no último jogo do Bahia. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

 

Grupo City no Brasil 

Apesar das negociações avançadas com o Bahia, o Grupo City analisou outras possibilidades antes de entrar em contato com a diretoria do time baiano. Diversas equipes foram sondadas e algumas diretorias até foram questionadas quanto a procura do conglomerado em adquirir seus clubes.

Inegavelmente, ter o Grupo City no comando do clube ajudaria muitas equipes brasileiras com problemas para manter suas contas positivas, a deixarem para trás o amadorismo. Por outro lado, os árabes se aproveitam da fragilidade econômica de algumas equipes, para usar seu poder financeiro e comprar bons times.

Dentre as sondagens dos donos do Manchester City, estiveram clubes com grande expressão nacional, como, por exemplo: São Paulo, Atlético-MG, Fluminense e claro o Bahia. Entretanto, analisando as perspectivas e a organização das instituições, o Grupo City se mostra interessado em investir mesmo no clube nordestino.

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