Embora já autorizada pelo presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, a criação da Liga Independente dos Clubes está longe de passar de um sonho. Isso se dá por dois motivos: divergências entre os blocos de clubes e a pouca disposição de Corinthians e Flamengo em reduzir suas porcentagens em cotas de Tv.
Divisão dos blocos e suas problemáticas atuais
Atualmente, existem três grupos em negociação pela liga, um deles é formado pelos grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O segundo, chamado de “Forte Futebol”, que conta com o Athletico Paranaense e os “10 emergentes” da elite do Brasileirão. Por fim, um subgrupo composto por Corinthians e Flamengo.
Embora inseridos no primeiro grupo, Corinthians e Flamengo não deram o aval para a divisão de receitas proposta pela Codajas Sports Kapital.
No modelo atual do campeonato, a principal receita vem das cotas de Tv Aberta, fechada e Pay Per View. Além da venda dos direitos de transmissão internacional e placas de publicidade.
E, neste atual cenário é que a está o problema. Clubes como Athletico, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Juventude e Goiás não concordam com a atual forma de distribuição e contra o favorecimento dos grandes na formação da nova liga. Junto com eles, o Atlético-MG começou a apoiar o “Forte Futebol” e fará interseções entre os blocos.
No contrato atual, que se encerra em 2024, a divisão do valor das transmissões da TV Aberta e Fechada é feita dessa maneira:
- 40% – Igualitariamente
- 30% – Performance do clube
- 30% – Número de transmissões
Já no caso do Pay Per View, o montante é dividido com base na audiência. Nisso, é que entra a grande questão. Na assinatura do contrato em 2014, Flamengo e Corinthians exigiram um mínimo garantido, diferente dos demais.
Os clubes emergentes alegam que existe uma grande disparidade. Por exemplo, existem clubes recebendo R$ 160 milhões ao ano, enquanto outros como o Cuiabá recebem menos de R$ 2 milhões e no mesmo campeonato.
A busca é que a diferença do montante não seja quatro vezes maior entre os mais bem pagos com os menos. Por fim, o Flamengo é contra, embora que a Liga ofereça compensações. O Corinthians fecha com o Mengão e assim ocorre o impasse.
Será que um dia veremos a Liga Independente dos Clubes se concretizando no futebol brasileiro?
A fonte da notícia é de Gilmar Ferreira para o Jornal Extra.
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