Brasil: Uma seleção de ilusões

Queremos falar, queremos expressar nossa opinião. Se é certo ou não, cada um vai determinar o que quer, mas nós queremos expressar nossa opinião, sim.

A frase acima foi dita por Casemiro, capitão da seleção, depois do confronto diante o Equador, quando questionado pelo repórter Eric Faria se, após a partida contra o Paraguai, os jogadores iriam externar uma posição oficial sobre a participação, ou não, na Copa América, no Brasil. Contudo, fomos tapeados, caros leitores. Segundo apurou o site do Globo Esporte, os brasileiros irão disputar a competição continental e, finalizado o jogo de ontem (08), soltaram o seu “manifesto”.

Manifesto divulgado pelos jogadores, ontem à noite. (Foto: Reprodução)

Seleção…

Decerto, não surpreende. Desde que a engenharia para mecanizar os atletas foi implementada, a inércia virou o abrigo preferido dos isentos. Tudo para não magoar patrocinadores, no intuito do dinheiro continuar fluindo, independente do caos. Agora, só um lado está feliz com essa decisão – e sabemos qual, aquele que é antagonista da vida.

Embora as palavras do Capitão da amarelinha tenham sido bonitas e, até determinado ponto, desafiadoras, provaram que foram inúteis. Participar do circo, erguido sobre centenas de milhares de túmulos, corrobora com a imagem de que a seleção não pertence mais ao povo. O que, no passado, era a alegria de milhões, ansiosos a cada ano de Copa do Mundo, transformou-se numa ojeriza coletiva. Nem mesmo o “Canarinho Pistola” foi capaz de trazer de volta a simpatia. A camisa, então, virou a armadura da corja tirânica, durante suas marchas.

Vitória da ganância, ao seguirem o curso do fajuto torneio. Seria melhor o silêncio, ao invés do mistério de meias palavras, que apenas serviram para fomentar falsas esperanças e criar burburinhos. O resultado final é uma espécie de “vamos em frente, pois o show de horrores deve continuar, independente das consequências futuras”.

Por fim, nesse jogo de enganação, proporcionado pelos convocados, os ludibriados foram os racionais. Realmente, não aprendemos com nossos erros, ao crer, mesmo com ceticismo, numa oposição de quem sempre fica em cima do muro. Essa seleção ilusionista faria inveja ao Mister M.

 

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