O Vasco encaminhou ontem (12) o retorno de uma de suas joias da base nos últimos anos. Alex Teixeira, cria de Duque de Caxias (RJ) – Baixada Fluminense, que ainda garoto, treinado pelo conhecido treinador amador de seu bairro Fefeu, já mostrava todo seu talento e dava sinais de que seria um grande jogador. Como foi. No Vasco e no mundo.
Em vista disso, falar dos números, posição, função, e indicadores de desempenho deste atleta é extremamente importante. Entretanto, mais importante que isto é falar do Alex, cria da Baixada, espelho para os muitos e muitas jovens que aqui residem, e que enxergam nele uma referência de sucesso, capaz de superar um contexto de dificuldade.
E quem é de lá sabe.
Referência inclusive aos vascaínos, daqui e de todo Brasil, que após Euricos, Campelos, rebaixamentos, dívidas, rejeição e sofrimento, mantiveram-se firmes, mesmo com o passar do tempo.
E quem é de lá sabe.
E assim como foi em 2009, Alex fará parte de um plantel que tentará resgatar a autoestima do torcedor e devolver o Vasco para a Elite. Hoje, com 32, não tão veloz quanto um dia fora, mas tão disposto e técnico quanto sempre, ele decide liderar o Vasco em sua labuta. E mesmo não tendo culpa pelo caos vivenciado nos últimos anos, tal como o mais embrionário torcedor, ele decide pôr a mão sobre o arado.
Posto isto, Alex pode não ter as mesmas conquistas (ainda) que ídolos como Dinamite, Edmundo, Juninho e Felipe. Todavia o maior bem ele possui, que é o amor ao clube. E uma vez banhado neste oceano, é impossível não tornar-se mais um tripulante do Vasco da Gama. E ainda que por um momento descida desbravar outros mares noutra embarcação, ainda fará parte de nossa tripulação.
”Não quero mais dinheiro. Quero jogar no Vasco.”