Na temporada 2020, João Gomes se tornou uma das principais peças do time de Rogério Ceni. Com a mudança de alguns posicionamentos, o volante titular do Flamengo, Willian Arão, foi improvisado na zaga, e com isso, o jovem teve chances e mostrou serviço, se tornando o volante do time campeão do Brasileirão.
Contudo, com a chegada de Renato Gaúcho, o cria do Ninho perdeu seu espaço. Ademais, o reforço de Andreas Pereira implicou nas atuações de Gomes, que foi “esquecido” pelo técnico, onde ficou diversas rodadas sem ser ao menos relacionado para as partidas.
Agora, nas mãos de Paulo Sousa, o atleta vem ganhando a confiança do Mister. Isso porque, as características de Gomes agrada ao técnico, que é visto como uma “solução caseira”. Porém, o jovem de 21 anos é muito mais que isso. A técnica, raça e confiança do volante faz com que o jogador se torne um grande candidato a suprir a vaga de Arão, quando necessário, ou até mesmo, ser o segundo volante fixo do Fla.
Disputa pela titularidade: Gomes x Andreas
A princípio, a titularidade de Arão é indiscutível no Rubro-negro. São 6 anos de clube, e muitos títulos conquistados, além da liderança dentro de campo. Sendo assim, a vaga de segundo volante fica em aberto. E o Flamengo tem ótimos candidatos para essa disputa: João Gomes e Andreas Pereira.
De um lado, o belga é um empréstimo do Manchester United, que faz jogo duro para a venda do meia. Além disso, a relação de Andreas com a torcida não se encaminha bem, depois de protagonizar uma das maiores falhas da história do Flamengo, na final da Libertadores. Porém, um fato é inegável: a qualidade técnica do jogador é de alto nível.
Por outro, o cria da base é constantemente assediado por times estrangeiros, que tentam a compra do volante. Antes, a Diretoria chegou a validar algumas ofertas, até mesmo pela falta de uso do atleta, mas com 5 jogos pelo Rubro-negro na atual temporada, a venda foi repensada.
Apesar da disparidade na temporada 2021, dessa vez, João Gomes sai na frente de Andreas: o desempenho dentro de campo agrada e passa mais confiança a Paulo Sousa, e ao torcedor. Apesar disso, é inviável descartar a compra do belga, já que o outro volante da equipe, Thiago Maia, sofre constantemente com lesões, e João Gomes seria a única solução prática para a vaga de Willian Arão.
A polivalência de João Gomes
A saber, o volante participou de 53 jogos pelo Rubro-negro. Gomes fez apenas 2 gols pelo clube, porém, um deles foi o responsável pelo título do Campeonato Carioca de 2021. Além disso, o atleta soma também apenas 1 assistência. Dentre os 53 jogos, 2 foram no comando de Domènec, 28 com o técnico Rogério Ceni e 12 com Renato Gaúcho.
Dentro de campo, o jovem é polivalente. Atuando na maior parte do tempo como primeiro volante, Gomes utiliza da sua explosão e desarme preciso na posição de origem. Uma das suas principais características é a força, e sua imposição física no adversário, costumando vencer no 1×1.
Como segundo volante, João tem a possibilidade de pisar mais dentro da grande área. Usando como recorte o último jogo, na Supercopa do Brasil contra o Atlético-MG, o jogador obteve:
- 65% de passes certos
- 2 passes decisivos
- 1 grande chance criada
- 4/10 duelos ganhos no chão
- 1 desarme.
Como o volante joga no time de Paulo Sousa?
A princípio, Paulo Sousa testa o cria do Ninho ao lado de Willian Arão, como um “assistente”. Na formação de 3-5-2, ou 3-4-3, João Gomes atua pelo meio-campo, cumprindo funções defensivas e ofensivas, ou seja, um box-to-box.
Foram 5 jogos com o técnico, sendo que em 4 delas, o volante começou como titular. A saber, Gomes atua mais pelo lado esquerdo do setor, usufruindo do domínio com giro e o toque rápido para se livrar da marcação nas saídas de bola. Ademais, o jogador auxilia ainda, na construção de chances claras de gol para o Flamengo.
Além disso, a característica de condução de bola é muito utilizada por Gomes nesse posicionamento, possibilitando com que o jogador faça triangulações com seus companheiros, até chegar na pequena área. Sem dúvidas, o poder físico do atleta também gera mais confiança no treinador.
Por fim, a polivalência do cria do Ninho oferece mais conforto ao Mister, sabendo que em necessidade, Gomes pode suprir outras carências da equipe.
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