Em jogo da Série A2 do Campeonato Gaúcho, o meia-atacante, agora ex-jogador do São Paulo de Rio Grande, chutou a nuca do árbitro Rodrigo Crivellaro e o deixou desacordado. O juiz deixou o gramado de ambulância, porém consciente. Já o outro demonstrou não ter consciência alguma.
O que não se pode cultivar
O futebol não é para aqueles que fazem da violência um instrumento de trabalho, não é para aqueles que vestem uma camisa manchada de ódio ao invés de brigarem pela posição da paz. O futebol não é para vocês covardes, não pensem o contrário.
O limite estipulado nas quatro linhas de um gramado é ultrapassado grotescamente quando alguém desconhece valores e princípios básicos – ou finge desconhecer. O esporte salva vidas, mas não aquelas que não querem ser salvas. Todos que frequentam estádios – ou sofás – já chamaram o árbitro de ‘filho daquela’ que vocês estão pensando, como xingamento, mas o caminho daí até a agressão física é como daqui até o Japão a pé. E apenas quem não tem nenhum sinal de caráter se atreve a percorrê-lo.
Este “jogador”, que não merece nem ter o nome citado fora de fichas criminais, poderia ter seu histórico violento (ou melhor, criminoso) encerrado. Mas não. Infelizmente, neste jogo não conseguiram desarmar quem decidiu usar algemas ao invés de chuteiras.
Os jogadores têm pai e mãe, os árbitros têm filhos, os torcedores igual. Todos têm alguém por quem lutar, todos têm algo para alcançar, por isso o mínimo é ter empatia com o próximo e não tentar chutar por cima de barreiras que jamais devem ser ignoradas. Jamais devem ser destruídas.
Se realmente há justiça neste mundo, neste país, a impunidade perderá de goleada. Não dá mais para plantar e colher ódio em gramados que deveriam ser férteis apenas para uma semente: a do respeito.
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