Em tempos de quarentena, não podemos nos dar ao luxo de encontrar os amigos no bar ou passar o final de semana no sítio da família. Em compensação, o fã de futebol encontra o refúgio semanal nas diversas competições que estão acontecendo ao redor do mundo, sobretudo no campeonato brasileiro.
Enquanto as competições europeias/norte-americana 20/21 estão no início, a Libertadores e a Copa do Brasil retomaram as atividades no último mês de setembro. Além disso, a Série A e a Série B do futebol nacional seguem a todo vapor, com quase 15 rodadas disputadas.
Para completar esta ‘Overdose futebolística’, o Brasileirão Sub 20 teve início há poucas semanas, prometendo revelar para o Brasil grandes talentos da nova geração. Apesar de não ser o campeonato mais vistoso da categoria júnior, cargo ocupado pela Copa São Paulo, o brasileiro sub 20 é uma ótima oportunidade de acompanhar os atletas que, em breve, formarão o elenco profissional das principais equipes do país.
Em tempos de turbulência financeira, com nossa moeda bastante desvalorizada no mercado internacional e dificuldade para, inclusive, colocar salários em dia, os times brasileiros têm na categoria de base sua salvação econômica e técnica, embora nem todos enxerguem dessa maneira.
Ultimamente, o contexto da utilização dos jogadores formados em casa varia de clube para clube. Enquanto algumas equipes constroem projetos que visam dar espaço e projeção para seus jovens ativos, outras recorrem a essas peças apenas por urgência e necessidade.
Recentemente, vimos que o melhor elenco do país (Flamengo) necessitou dos jovens para encarar o Palmeiras pelo campeonato brasileiro, em virtude do surto de coronavírus na equipe carioca. Por outro lado, o time paulista encontra seu oásis técnico nos jovens volantes Patrick de Paula e Gabriel Menino, mesmo tendo um elenco recheado de bons nomes e veteranos vitoriosos.
Além disso, o Athletico Paranaense ostenta um dos melhores planejamentos e gestão de elenco no Brasil. Alternando entre uma equipe de aspirantes, formada por jogadores sub 23 sem espaço no time profissional, e o grupo principal nas competições anuais, a equipe atleticana consegue dar minutos a diversos atletas, preparando os jovens para uma eventual promoção e resguardando o elenco principal para os torneios mais importantes.
Em contrapartida, equipes com graves realidades financeiras, como Vasco da Gama e Cruzeiro, recorrem à base para vendas pontuais, muitas vezes por valores inferiores aos praticados no mercado, buscando equalizar as contas de curto prazo. Também buscam reforços técnicos nos jovens, uma vez que encontram dificuldades em fazer grandes investimentos no mercado. Contudo, por ser uma prática emergencial e sem planejamento, muitos atletas acabam sendo queimados e subaproveitados.
Em geral, as categorias de base são importantes em todas as equipes brasileiras, embora cada uma tenha sua particularidade. Sendo assim, torneios como o Campeonato Brasileiro Sub 20 são ótimas oportunidades para o torcedor avaliar como o trabalho dos jovens atletas vem sendo conduzido em seu time de coração, além de ser uma grande vitrine para os treinadores profissionais e para o mercado internacional.
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