O nosso 3 de agosto foi muito frutífero para o esporte brasileiro, nas Olimpíadas de Tóquio!
Bronze nos 400 metros com barreira
Alison dos Santos, 21 anos, estreou nos Jogos Olímpicos de maneira esplendorosa. Saindo de sua raia, foi desbancando seus adversários para, no final, medalhar – a primeira do país no atletismo, nessa edição. Fechando a prova com 46s72, Piu, como é chamado, terminou atrás do estadunidense Rai Benjamin e do campeão norueguês Karsten Warholm, que, de quebra, impôs um novo recorde mundial de 45s94. Portanto, isso valoriza ainda mais a conquista do nosso “malvadão”.
Ouro na vela
Antes de mais nada, sejamos francos: pouco sabemos sobre esse esporte, a vela. Porém, Martine Grael e Kahena Kunze emocionaram os leigos e sapientes da modalidade, ao subirem no lugar mais alto do pódio. Por exemplo, eu mesmo, ao fim da prova, julguei que as garotas haviam conquistado bronze, pois terminaram a regata na terceira colocação. Posteriormente, ao anunciar o Ouro, a felicidade foi instantânea – minha e do público antenado.
Com esse feito, as duas alcançam o bicampeonato e a 19° medalha do Brasil na vela, na historia das Olimpíadas. Aliás, essa é a 9° da linhagem Grael. O pai da Martine, Torben Grael, lendário atleta brasileiro, possui 5 medalhas na modalidade (2 ouros, 1 prata e 2 bronzes). Lars Grael, tio, tem no currículo outras duas (2 bronzes). Meu amigo, é tanto metal precioso no pescoço dessa família, que Portugal ficaria com inveja!
Bronze no boxe
Pela semifinal da categoria peso pesado, o valente Abner Teixeira foi derrotado pelo cubano Julio La Cruz, terminando sua passagem em Tóquio com um excelente bronze.
Numa luta dura, franca e bem trocada, o cubano conseguiu encaixar boas sequencias de golpes, principalmente nos instantes finais do ultimo round. Em determinados momentos, o oponente do brasileiro ficava com a guarda-baixa, numa clara intenção de chama-lo para o combate mais próximo. Todavia, Abner não tirava vantagem de sua envergadura avantajada, na intenção de priorizar um duelo “afastado”.
Mesmo assim, há que se valorizar a proeza do boxeador paulista, tendo em vista que foi a terceira Olímpiadas consecutiva em que medalhamos na modalidade. Afinal de contas, a derrota não veio para qualquer um: a escola cubana, no boxe olímpico, é uma das melhores do mundo – a melhor, provavelmente – com Julio La Cruz sendo tetracampeão mundial e ouro no Rio-2016.
Thiago Braz é bronze no salto com vara
Na edição anterior dos Jogos Olímpicos, Thiago foi a “zebra”. Decerto, com esse novo pódio, quebra essa imagem, sendo um dos proeminentes do esporte e, consequentemente, construindo seu legado no Brasil. Superando os sarrafos de 5.55m, 5.70m, 5.80, logrou sucesso ao ultrapassar a barra dos 5.87m, tornando-se a sua maior marca na temporada. Realçando seu feito, Duplantis, sueco, conseguiu 6.02m, ficando com o ouro; Cristopher Nilsen, dos Estados Unidos, obteve 5.97m.
Outros resultados nas Olimpíadas
- Canoagem: na final dos 1000 metros da canoagem velocidade, a dupla Isaquias Queiroz e Jacky Godmann finalizaram na 4° colocação. Boa prova da dupla, levando em conta a qualidade dos adversários e a disparada da dupla cubana Fernando Jorge e Serguey Torres.
- Mais uma medalha no boxe: ela já está no peito, basta definir a cor. Vitória incontestável de Bia Ferreira sobre a uzbeque Kodirova, na categoria peso leve, nas quartas de final. É a terceira medalha brasileira na nobre arte.
- Flávia Saraiva entre as melhores: na decisão da trave, que contou com a participação da Simone Biles, Flavinha termina na 7° posição, tirando 13,133.
- Seleção brasileira masculina tenta o bi olímpico: depois de uma partida zerada, no tempo normal e prorrogação, Brasil e México foram às penalidades. Melhor para os brasileiros, que ganharam por 4 a 1. Enfrentaremos a Espanha, na peleja pelo ouro.