Fantasmas…
Novamente, a política do Vasco da Gama se encontra em mais um imbróglio. Isso porque no último sábado (7), com recurso adquirido pelo então (ex) candidato à presidência, Leven Siano, aos 45” do segundo tempo, na sexta (6), as eleições que aconteceriam online, no dia 14, foram remarcadas para o dia em questão, tendo que ocorrer presencialmente, em São Januário, onde o então candidato acabou vencendo. Entretanto, com uma liminar da justiça as eleições foram interrompidas antes mesmo do fim da contagem de votos.
Esta manobra acabou gerando muita discussão, mesmo porque, os sócios que moram fora do Rio de Janeiro acabaram sendo pegos de surpresa, e muitos não puderam comparecer ao evento.
Porém, o presidente da Assembleia Geral do clube, Faues Mussa, publicou edital, na manhã desta terça-feira, convocando pleito para o sábado (14). Mas, desta vez, a votação será híbrida. Isto é: o sócio poderá escolher votar presencial (na sede do Calabouço, numa cabine com computadores) ou virtualmente. De todo modo, é preciso fazer um cadastro no site da empresa escolhida: a Eleja Online.
Espelhamento da política do país
Entretanto, o que chama atenção na política vascaína é o grande espelhamento que ela faz da vida política brasileira. Enquanto nação. Até porque não é difícil olhar para certos personagens da política do clube e não se remeter a caricatura do atual presidente, Jair Messias Bolsonaro.
Promessas desconexas com a realidade
Aliás, de ”Messias milagrosos” o clube anda cheio. E as promessas são muitas:
- Folhas salariais em 20$ milhões já para o ano que vem;
- Reforma imediata da Colina Histórica;
- Investimento de 5$ bilhões;
- Contrações de craques europeus
Promessas estas que, certamente, parecem descolar da realidade do clube, que acumula uma dívida em torno de 645$ milhões de reais, e deve salários a jogadores e funcionários.
Solo fértil para populistas
Embora, convenhamos que não é lá muito difícil ludibriar grande parte do sofrido torcedor a essa altura. Assim como não fora difícil fazer o mesmo com grande parte do sofrido povo brasileiro nas últimas eleições. O que, para estes populistas-autoritários, acaba sendo a conjuntura perfeita para fazer suas presepadas.
Rompimentos
Por fim, para instituições com graves problemas estruturais, como é o caso do Vasco da Gama, tal como é o caso da política brasileira, ter um “Salvador”, um Messias, que irá resolver os problemas de maneira instantânea, não é uma opção a ser recorrida. O que, nestes termos, seria considerada uma quebra de paradigma com as pachequices que rondam nossas políticas, que mais têm a atrapalhar, do que propriamente ajudar.
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