No radar da CBF: Carlo Ancelotti é mais uma possibilidade para a Seleção Brasileira

Trazer Ancelotti, no entanto, demandaria espera, algo que a CBF não parece querer

As frustrantes campanhas nas últimas Copas do Mundo, sobretudo, no Mundial do Catar, abrem muitas possibilidades e expectativas para o próximo ciclo da Seleção Brasileira.

Nesta segunda-feira, o UOL Esporte trouxe a informação de que a Confederação Brasileira de Futebol busca um treinador de peso no cenário do futebol internacional para comandar a Canarinha com foco na Copa de 2026. Nesse sentido, dois grandes nomes foram procurados por representantes da CBF, com anuência da Confederação: Pep Guardiola, do Manchester City, e Carlo Ancelotti, do Real Madrid.

Guardiola não mostrou muito interesse no trabalho, tendo, há poucas semanas, inclusive, renovado seu vínculo como o Manchester City. Por sua vez, Ancelotti se mostrou aberto a conversas para conhecer o projeto da CBF e, eventualmente, começar negociações concretas para assumir o comando da Seleção Brasileira.

Porém, a vinda do treinador italiano aconteceria apenas a partir de junho de 2023, ao fim da temporada europeia. O que demandaria duas questões da CBF. A primeira, diz respeito a lidar com as questões contratuais de Ancelotti que tem vínculo com o Real Madrid até junho de 2024, com isso, a Confederação Brasileira teria que negociar para que o treinador pudesse deixar o comando do clube espanhol rumo à equipe nacional brasileira.

Por outro lado, uma eventual espera levaria a CBF a buscar um interino para comandar a equipe nos próximos compromissos da Seleção Brasileira entre março e abril de 2023. Sendo a expectativa que o Brasil realize amistosos na primeira data FIFA do próximo ano.

Ancelotti comandou o Real Madrid na conquista do 14º título de Liga dos Campeões do clube na última temporada. Foto – Reprodução.

O imediatismo da CBF

Se por um lado, a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, não descarta a contratação de um técnico estrangeiro para assumir o comando do próximo ciclo, por outro, a entidade não parece disposta à esperar muito para escolher esse nome.

“Até o fim de janeiro já teremos anunciado o novo nome que vai comandar a seleção. A decisão final será minha, pois sou que vou levar as pancadas depois…”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista para a TNT Sports em Doha. Ednaldo continuou dizendo ser impossível esperar até o meio do ano pois “já teremos datas FIFA em março e não há tempo a perder”.

Mas não se trata de uma questão de tempo perdido quando se trata de um dos maiores nomes do futebol mundial. É sobre para trazer para o comando da maior Seleção do mundo um profissional respeitado e que constantemente demonstra suas capacidades, tendo em seu currículo títulos nacionais das cinco melhores ligas da Europa, além de três conquistas da Liga dos Campeões da Europa.

É Carlo Ancelotti, um treinador experiente que sabe montar times competitivos e, sobretudo, que sabe adaptar suas equipes às condições que o jogo demanda – aspecto que, depois da eliminação diante da Croácia, se mostrou essencial para o futuro da Seleção Brasileira.

As datas FIFA do início de 2023 serão, muito provavelmente, voltadas para a realização de amistoso o que não compromete em nada qualquer início de campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. E mesmo que comprometa, serão duas rodadas em uma caminhada de 18 jogos no total que não mais classificarão apenas quatro seleções, mas sim seis, além da vaga para a repescagem.

Críticas a parte, o trabalho de Tite criou pilares e deu o pontapé inicial em uma renovação que, com certeza, seriam suficientes para qualquer trabalho interino de seis meses. Esperar não representaria o fim do mundo e poderia significar um dos maiores movimentos da Confederação Brasileira de Futebol em sua história.

 

 

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