Na próxima semana a Copa Libertadores terá os dois embates de ida pelas semifinais. De um lado, o Athlético-PR recebe o Palmeiras. Enquanto isso, o Flamengo viaja para enfrentar o Vélez na Argentina.
A três jogos da glória eterna, quatro clubes seguem na disputa pelo título de campeão continental da América do Sul na temporada 2022. Ainda vivos, temos três equipes brasileiras e um time argentino. Palmeiras e Athlético-PR marcam o confronto nacional, e que garante a presença de ao menos um time brasileiro na final da principal competição do país. Por outro lado, o Flamengo busca garantir sua vaga na decisão, precisando apenas superar a equipe argentina do Vélez.
Os confrontos ocorrem na próxima terça, entre Athlético-PR e Palmeiras, às 21h30 com transmissão pelo SBT, enquanto o Flamengo viaja para a Argentina, onde enfrenta o Vélez Sársfield para jogar na quarta-feira, também às 21h30, com transmissão do grupo ESPN. Na semana seguinte as equipes voltam a se enfrentar, dessa vez pelo jogo de volta, novamente na terça e quarta, dessa vez com mandos de Palmeiras e Flamengo respectivamente.
Athlético-PR x Palmeiras, um confronto artificial na Libertadores:
Desde que, chegou ao clube paranaense, o técnico Luiz Felipe Scolari não perdeu comandando a equipe na Copa Libertadores da América. Ao todo, foram seis jogos, dois pela fase de grupos, os dois das oitavas de final e as partidas das quartas. Somando todas as atuações, são quatro vitórias e dois empates, com onze gols marcados e apenas três sofridos, e um aproveitamento de 77,78%. No mata-mata o treinador eliminou Libertad-PAR e Estudiantes-ARG, até chegar no confronto contra seu ex clube pela semifinal.
A expectativa entre os torcedores athleticanos é de atingir a melhor campanha da história do clube na competição, voltando a disputar uma final de libertadores, feito realizado em 2005, onde foi vice campeão, perdendo a decisão para o São Paulo. Entretanto, para tal, o clube precisa superar o atual bi campeão da América, que chega para o confronto com amplo favoritismo.
Até mesmo o fator casa, muito importante para o Athlético, por estar acostumado com a velocidade do jogo e da bola no gramado artificial, não serve como fator diferencial para o confronto, afinal o time alviverde também conta com um modelo parecido em sua arena. Por outro lado, os paranaenses têm como benefício ter todas as principais peças do seu elenco a disposição de Felipão, com destaque para a jovem promessa Vitor Roque.
Considerado amplo favorito neste lado da chave e até mesmo já nomeado como finalista da competição continental, o Palmeiras chega para o confronto buscando atingir sua terceira final seguida. O alviverde tem o elenco mais forte do confronto, e conta com dois anos de manutenção do trabalho de Abel Ferreira, que solidificaram a equipe como uma das mais fortes da América.
Entretanto, para o confronto de ida da semifinal da libertadores, o clube conta com dois importantes desfalques, Danilo e Gustavo Scarpa, ambos expulsos na partida de volta das quartas, quando o clube se classificou superando o Atlético-MG nas penalidades, após ter dois a menos em campo.A dor de cabeça do comandante português deve er solucionada com a entrada de Gabriel Menino e Flaco López respectivamente. Inclusive o atacante, deve entrara para ser o centroavante na partida, deslocando Rony para ala esquerda.
A 20 jogos sem perder fora de casa, e com a possibilidade de decidir diante de sua torcida, o Palmeiras busca voltar do Paraná com um resultado positivo, que o permita tranquilidade para o segundo jogo. Mesmo sendo favorito, a equipe paulista deve ter dificuldades, de frente com um Athlético bem treinado pelo professor Scolari, o time deve sofrer principalmente na partida de ida do confronto.
Apesar do favoritismo alviverde, o confronto promete ser mais equilibrado do que o embate da outra chave. A verdade é que se tratando do último técnico campeão mundial a frente da Seleção, e do atual bi campeão da libertadores, a decisão promete ser um jogo de xadrez, bem estudado, onde um detalhe pode fazer a diferença.
Vélez x Flamengo, Argentina e Brasil, uma rivalidade histórica:
Em má fase no campeonato argentino, o clube soma 11 pontos em 15 rodadas, com apenas uma vitória e seis derrotas, o clube aposta tudo na briga pelo título da Libertadores. A classificação dos argentinos ocorreu após a eliminação de dois compatriotas nas fases anteriores. Primeiro, nas oitavas o time tirou um dos favoritos do torneio, o temido River Plate. Depois, foi a vez de eliminar o Talleres nas oitavas para garantir uma vaga na semifinal do torneio.
Considerado o azarão no confronto, o time tem o objetivo de ser campeão novamente da libertadores, após 28 anos de espera. O título dos argentinos ocorreu em 1994, quando bateu o São Paulo no Morumbi, evitando o tri campeonato tricolor. Dessa vez comandado por um velho conhecido da torcida colorada, Cacique “Medina”, o time conta com os experientes Lucas Pratto e Diego Godín para tentar fazer frente ao elenco mais poderoso da América.
El Fortín, como é conhecida a equipe, enfrentou o rubro-negro 10 vezes na história, com um retrospecto negativo. Ao todo, foram seis vitórias dos brasileiros, dois empates e duas vitórias do Vélez. Entretanto, apenas dois desses jogos foram pela Libertadores, ambos no ano passado, pela fase de grupos, onde o Flamengo venceu por 3×2 jogando fora de casa e empatou em 0x0 no Maracanã.
Se o Vélez chega como patinho feio nas semifinais, sendo considerado a equipe mais fraca dentre os quatro times, o Flamengo, por outro lado, é o favorito para ser campeão do torneio. Com o elenco mais caro, o carioca conta com jogadores de seleção, jovens promessas e atletas com passagem pelo futebol europeu, tornando a equipe comandada por Dorival Júnior, uma máquina de pôr medo em seus adversários.
Após eliminar Tolima nas oitavas e o Corinthians nas quartas, o rubro-negro agora enfrenta o Vélez, com um claro objetivo, atingir sua terceira final de libertadores em quatro anos. Com um título e um vice campeonato, o Flamengo se tornou um protagonista frequente nas últimas edições do torneio. O clube, que tem escalado reservas no nacional, chega com força máxima para o primeiro jogo na próxima semana, e a expectativa é de voltar para o Rio de Janeiro, já com uma vitória.
Se o Vélez vem em má fase no Campeonato Argentina, o Flamengo, por outro lado, vive ascensão no Brasileirão, com oito vitórias, um empate e uma derrota, nos últimos 10 jogos. Ao todo, foram 25 gols marcados no período e apenas cinco sofridos. Além disso, o time conta com o artilheiro da Libertadores em seu elenco, Pedro, com oito gols marcados em dez atuações, além de uma assistência. Entretanto, o El Fortín também tem em seu elenco um goleador, se trata do atacante Lucas Janson, que tem sete gols e uma assistência nos mesmos dez jogos.
Quatro times, quatro jogos e apenas dois finalistas
A verdade é que em ambas as chaves existem dois favoritos para irem a grande decisão que acontece no dia 29 de outubro em Guaiaquil, Equador, no estádio Monumental Banco Pichincha. Entretanto, a disparidade entre as equipes é bem menor no confronto entre os brasileiros. Se o futebol seguisse padrões e fosse um local onde números contassem, Flamengo e Palmeiras se classificariam e decidiriam novamente a final do torneio continental, reeditando a última edição.
Até a final os clubes precisam passar por mais 180 minutos, onde em campo tudo pode acontecer. Esta edição da Libertadores já mostrou que favoritismo não decide jogo, e que o salto alto, pode derrubar os gigantes. Ou seja, ainda podemos ver em 2022, um novo campeão do torneio, que nos últimos anos fez história na Sul-Americana, ou então o título indo para a Argentina, o que não ocorre desde 2018. Por outro lado, podemos ver o Flamengo alcançando a prateleira da elite brasileira no torneio, com três títulos conquistados, ou até mesmo, o Palmeiras se tornando o brasileiro que mais vezes atingiu a glória eterna, com quatro triunfos.
Nas próximas duas semanas descobriremos quais serão os dois finalistas do torneio, e você fica ligado de tudo aqui no na beira, com pré e pós jogo completo de todas as partidas que restam na competição.