Árbitro de Atlético x Cruzeiro ironiza Hulk nas redes sociais

Após empate na Arena MRV, atacante criticou Felipe Fernandes de Lima em entrevista.

Como de costume em Minas Gerais, Atlético e Cruzeiro protagonizaram um clássico muito disputado no último sábado (30). Apesar do 2×2, a partida ficou marcada pela quantidade excessiva de paralisações. Foram, ao todo, 43 faltas e 12 cartões amarelos aplicados. Além disso, os mandantes reclamaram muito de um pênalti não marcado em Hulk, no fim do primeiro tempo, enquanto o placar era favorável ao Galo.

Disputa entre Hulk e João Marcelo. Foto: Reprodução/Internet.

Ao final do jogo, ainda na zona mista, o ídolo atleticano criticou as decisões da arbitragem. Vale lembrar que o atacante já se envolveu em polêmicas com outras autoridades desde que voltou ao país. No Brasileirão 2022, acusou Anderson Daronco de tentativa de intimidação em jogo contra o São Paulo. O gaúcho foi ouvido pelo STJD e sofreu punições disciplinares.

“Eu falo para eles que não estou reclamando do trabalho deles em si. Se foi bem, ou se foi mal, não cabe a mim estar criticando. O que eu vou falar é do comportamento dele com nós jogadores. O cara não tem humildade, é muito boçal. Você vai conversar com ele com todo o respeito do mundo e ele dá as costas. Eu não dou as costas para ninguém nesse mundo. A partir do momento em que eu faltar com respeito, ele pode me punir.”

Hulk voltou a utilizar a braçadeira de capitão em 2024. Foto: Pedro Souza/Atlético-MG.

 

Reação nas redes sociais

Em resposta a um comentário elogiando a sua atuação no clássico, Felipe Fernandes de Lima ironizou o camisa 7.

“Show, meu amigo, você resumiu bem. E todo mundo sabe quem são os chorões. Se quer atenção diferenciada, é só visitar um psicólogo. Aplicamos a regra pautada no respeito mútuo e ponto final. Ninguém tem tratamento especial. Todo mundo gosta de ser tratado igual, doa a quem doer. Estamos juntos.”

Comentários de Felipe Fernandes de Lima em rede social. Foto: Reprodução.

 

Polêmicas antigas

Aos 36 anos, Felipe Fernandes de Lima acumula histórias no futebol mineiro. Em 2021, após apitar a final do campeonato estadual, teve a vida pessoal exposta quando um vídeo de sua chegada ao condomínio em que mora viralizou nas redes sociais. Ao fundo, um vizinho toca o refrão da música ‘Reunião de Bacana’.

Dois anos depois, o jornalista Léo Dias publicou a notícia de que a esposa do árbitro, Tassiana Valim, e o então presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, haviam tido um caso. A traição ocorreu após polêmicas na decisão do Estadual de 2022. Na ocasião, Felipe marcou uma penalidade para o Atlético no fim do jogo e foi duramente criticado pela torcida celeste.

 

Pronunciamento do sindicato

O Sindicato dos Árbitros de Minas Gerais também repudiou a declaração de Hulk após o jogo. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (3), o SAMG destacou que ao utilizar o termo boçal, o atacante ofendeu a honra e moral de Felipe Fernandes de Lima. Leia a nota completa:

O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Minas Gerais (SAMG) vem a público repudiar declarações como a do jogador do Clube Atlético Mineiro, Senhor Givanildo Vieira de Sousa “Hulk”. Em coletiva, após o jogo de sábado (30/03/2024) entre Atlético e Cruzeiro, o “Hulk” chamou o árbitro Felipe Fernandes de Lima de boçal, ofendendo a sua honra e moral, tendo em vista que o termo boçal é utilizado para xingar uma pessoa de IMBECIL, IGNORANTE, ARROGANTE. Um boçal demonstra uma pessoa sem inteligência e educação em suas ações.

A título de informação, a orientação de que, em certos momentos do jogo, o árbitro deve “dar as costas e seguir com o jogo”, vem de comissões de arbitragens competentes de todo Brasil. Isso ocorre até mesmo no sentido de preservar os atletas, visto que as reclamações excessivas são passíveis de cartão amarelo.

O SAMG defende e acredita veementemente na boa conduta, caráter e qualificação de seus árbitros que passam por rigorosos testes físicos, apresentação de documentos e certidões, avaliações de rendimento entre outras exigências para exercer a profissão com excelência e alto rendimento. Portanto, apresentam requisitos suficientes para trabalhar em qualquer partida de futebol em Minas Gerais, Brasil e em outros países.

A arbitragem não pode mais ser usada para transferir responsabilidades e nem justificar o baixo rendimento do clube após os jogos, nem tampouco ser palanque para jogadores, técnicos e dirigentes descarregarem suas frustrações.

Ofensas, Calúnias, Difamação, Injúria, Racismo não cabem mais hoje em dia na sociedade, muito menos no futebol, o esporte mais democrático do Brasil.

 

Partida de volta

Galo busca o pentacampeonato. Foto: Pedro Souza/Atlético-MG.

Cruzeiro e Atlético se enfrentam neste domingo (07), às 15h30, no Mineirão, pelo segundo jogo da final do Estadual. A escala de arbitragem, no entanto, ainda não foi definida.

você pode gostar também