Após a chegada de John Textor, o Botafogo adotou um rigor maior na hora de contratar um treinador, com um projeto a longo prazo. O escolhido foi o português Luís Castro, perto de completar um ano no comando da equipe, e com um trabalho promissor.
Porém, antes da SAF, o torcedor alvinegro não tem muitas lembranças boas em relação aos seus treinadores mais recentes. Só em 2020, ano em que foi rebaixado, o clube carioca teve cinco técnicos diferentes, nenhum com um bom retrospecto. Nesse sentido, o Na Beira decidiu relembrar os últimos 10 comandantes da equipe.
Luís Castro (2022-presente)
Primeiro treinador da era John Textor, Luís Castro chegou sob muita expectativa. O português foi bem nos primeiros jogos, mas caiu de rendimento, algo normal por conta das várias mudanças no elenco. Porém, a relação com os torcedores azedou algumas vezes.
Com uma mentalidade diferente, a SAF bancou a permanência do treinador, que deu a volta por cima e fez um excelente segundo turno do Brasileirão. Hoje, Castro tem a confiança da torcida e um ambiente pacífico para manter o projeto alvinegro.
Enderson Moreira (2021-22)
Enderson chegou sob desconfiança, mas acabou sendo um dos poucos treinadores recentes do Botafogo que deixaram o clube elogiados pela torcida. O técnico assumiu o Botafogo na metade de baixo da tabela da segunda divisão, em uma crise que parecia interminável, e deu a volta por cima.
Em 31 jogos, o comandante teve 20 vitórias, sete empates e quatro derrotas, sendo campeão da Série B de 2021 e o melhor aproveitamento de um técnico no clube desde 2003. Apesar disso, não foi considerado adequado após a chegada de John Textor e foi demitido no início do ano passado.
Marcelo Chamusca (2021)
Contratado após a queda para a Série B, Chamusca chegou credenciado por ótimas campanhas recentes na segunda divisão, e começou sua trajetória com ótimos resultados.
Contudo, na reta final do Estadual, o treinador enfrentou uma péssima fase que se manteve na segundona, além de uma eliminação vexatória na Copa do Brasil. Depois de muitas derrotas e várias crises com a torcida, foi demitido com o Botafogo distante do G4. Em 27 partidas, foram nove vitórias, 12 empates e seis derrotas.
Eduardo Barroca (2020-21)
Depois da demissão surpreendente de Ramón Diaz, Eduardo Barroca foi chamado às pressas na tentativa desesperada de escapar do rebaixamento em 2020.
Contudo, o treinador não foi capaz de melhorar o time, que seguiu afundando até cair com quatro rodadas de antecedência, em último lugar. Em 12 jogos, foram 10 derrotas, um empate e somente uma vitória.
Ramón Díaz (2020)
Vice-campeão mundial pelo Al-Hilal, o argentino Ramón Díaz teve passagem pelo Botafogo naquele fatídico ano de 2020, mas sequer chegou a comandar um jogo pelo clube. Com um problema de saúde, ele foi substituído pelo auxiliar e filho Emiliano Díaz em toda a sua curta passagem, com três jogos e três derrotas.
O treinador acabou sendo demitido sem maiores explicações, e chegou a reclamar publicamente da diretoria, por um suposto acordo não cumprido.
Bruno Lazaroni (2020)
Lazaroni era auxiliar do Botafogo quando assumiu como treinador da equipe após a saída de Paulo Autuori. Com duas vitórias, dois empates e duas derrotas, o comandante teve um aproveitamento até razoável, em comparação aos outros nomes que assumiram a função naquele ano.
Depois da eliminação da Copa do Brasil, o técnico foi demitido depois de 27 dias no cargo, em um momento chave para a péssima temporada alvinegra em 2020.
Paulo Autuori (2020)
Paulo Autuori estava passando por uma transição na carreira para virar dirigente, mas aceitou o desafio de assumir o Botafogo, equipe onde foi campeão brasileiro em 1995.
O treinador teve um bom início, mas enfrentou uma série de resultados ruins no Brasileirão e deixou o clube em comum acordo. Foram 23 partidas, com 13 empates, seis vitórias e quatro derrotas.
Alberto Valentim (2019-20)
Na reta final de 2019, Alberto Valentim chegou para a sua segunda passagem pelo Botafogo, na missão de ajudar o clube a escapar do rebaixamento. Com raça e a ajuda da torcida, o treinador cumpriu a missão e recebeu um voto de confiança para manter o trabalho no ano seguinte.
No entanto, o técnico durou somente algumas rodadas do Campeonato Carioca. No total, foram 18 jogos, com sete vitórias, um empate e 10 derrotas.
Eduardo Barroca (2019)
Pouco mais de um ano antes de sua segunda passagem, Barroca assumiu o Botafogo após deixar o sub-20 do Corinthians, como aposta. Com um estilo de jogo visto como diferente na época, o treinador empolgou a torcida, mas não conseguiu engrenar.
A passagem foi razoável, e o treinador conseguiu manter a equipe fora da zona de rebaixamento. Porém, Barroca não resistiu a uma sequência de quatro derrotas seguidas. Em 27 jogos, foram 10 vitórias, três empates e 14 derrotas.
Zé Ricardo (2018-19)
Com boas passagens pelo futebol carioca, Zé Ricardo chegou ao Botafogo em 2018 e fez uma boa campanha no returno do Brasileirão, chegando a sonhar com uma vaga na Libertadores. Porém. não manteve a fase no ano seguinte e foi demitido após a eliminação da Copa do Brasil.
Fora o atual treinador, Zé Ricardo é o técnico que permaneceu mais tempo no Botafogo desta lista. Mesmo assim, não chegou a durar um ano. Foram 41 partidas, com 17 vitórias, 11 empates e 13 derrotas.