Caso VaideBet e Corinthians: suspeita de “laranja” é investigada pela Polícia Civil

Caso envolvendo Corinthians e VaideBet será investigado pela Polícia Civil após denúncias de suspeita de "laranja"

A Polícia Civil de São Paulo passou investigar oficialmente uma suspeita de participação de um “laranja” (pessoas que emprestam seus nomes para alguém na intenção de ocultar bens ilícitos ou de origem incerta) no repasse de uma parte da comissão do contrato de patrocínio máster entre o Corinthians e a VaideBet. 

Siga o Na Beira do Campo no Twitter 

Corinthians
VaideBet se torna patrocinador master do Corinthians (Jozzu/Agência Corinthians)

A ESPN publicou a informação de que as investigação começou, mas ainda se encontra no início e depois deve-se abrir um inquérito investigativo sobre a história do acordo de patrocínio que iria render 360 milhões ao Corinthians em três anos. 

Foram acordados no contrato com a Rede Social Media Design Ltda como comissão pelo intermédio do contrato o total de 25 milhões de reais, nas até agora empresa recebeu duas parcelas de 700 mil reais. 

A empresa, que tem como sócio Alex Cassundé, que prestou serviços durante a campanha de Augusto Melo à presidência do clube, foi notificada de maneira extrajudicial pelo Corinthians na última quarta-feira (22), que aguarda respostas em relação ao suposto “laranja” que vem sendo denunciado e também solicitou uma investigação em relação ao contrato buscando maiores esclarecimentos.

A VaideBet já se manifestou sobre o caso e diz que irá avaliar quais serão os próximos passos. A empresa, inclusive, estuda rescindir contrato com o clube após a notificação extrajudicial recebida.

Primeiras denúncias

O contrato assinado pelo Corinthians – que trouxe as polêmicas recentes envolvendo o clube – seria o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro. A marca ofereceu 360 milhões de reais, sendo pago 10 milhões de reais por mês durante os 36 meses de contrato para ser o patrocinador máster da equipe paulistana. 

Esse contrato já previa o pagamento de 7%, ou seja, 700 mil reais mensais ao longo desses três anos, que resultariam em 25,2 milhões de reais ao final do contrato para empresa Rede Social Media Design Ltda, intermediária do acordo.

O caso começou a ser divulgado pelo jornalista Juca Kfouri no portal de notícias do Uol, onde é colunista, no último dia 20. No dia 18 de março deste ano (2024), a Rede Social Media Design Ltda recebeu um pagamento do Corinthians no valor de 700 mil reais, a ação se repetiu no dia 21 de março. No dia 25, a empresa fez um pagamento no valor de 580 mil reais à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. No dia seguinte, pagou mais 462 mil reais para a mesma. 

Foi a Rede Social Media Design Ltda que fez a intermediação do patrocínio da VaideBet com o Corinthians. 

Os dois pagamentos foram feitos pelo diretor financeiro Rozallah Santoro, determinado pelo diretor administrativo Marcelo Mariano, que alegou que a empresa já havia emitido notas e estava pagando impostos, por isso necessitava do dinheiro. Além disso, a dona da empresa Neoway, Edna Oliveira dos Santos, nega ser dona dessa empresa, mora na cidade de Peruíbe, São Paulo e vive de Auxílio Brasil (programa federal de transferência de renda). 

Possível envolvimento com casos antigos do Corinthians

O DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) abriu também um caso para apurar se há ou não uma relação indireta deste caso com outro que envolve o Corinthians que já está em investigação. 

No final do ano passado – precisamente em novembro – autoridades apuraram a possibilidade de haver  lavagem de dinheiro envolvendo a equipe paulistana, quando ainda estava na gestão do ex-presidente do clube Duílio Monteiro Alves e às vésperas de eleição. Ainda não foi encontrado nada que provasse o caso. 

As denúncias sobre lavagem de dinheiro que envolveram o Corinthians no ano passado (2023) foram anônimas, e mesmo com investigação da Polícia Civil do Estado de São Paulo, não foram encontradas provas que sustentassem a acusação. 

você pode gostar também