O Coritiba vive uma situação dramática em um ano que era pra ser marcado pelas reformulações no clube: em paralelo a proposta de novo escudo e a negociações pela venda da SAF para a Treecorp, o clube agoniza na lanterna do Campeonato Brasileiro e vê o risco de um rebaixamento cada vez mais próximo rodada após rodada.
O 2023 do Coritiba parecia ser promissor com novas contratações interessantes sob o comando do novo treinador (o português António Oliveira, hoje no Cuiabá), a proposta do novo escudo e todo desenrolar do processo de SAF. No entanto logo no início do ano veio a primeira queda com a eliminação precoce no estadual local para o FC Cascavel, o que ligou um alerta perigoso no clube do Alto da Glória.
Seguida a eliminação no estadual, o desempenho na Copa do Brasil foi bem aquém do esperado já que a vitória de 3 a 0 sobre os acrianos do Humaitá (última vitória do clube na temporada até aqui) foi seguida de uma dura eliminação para o Sport Club do Recife, que hoje está na segunda divisão. Já no Campeonato Brasileiro, são dez rodadas já disputadas com quatro empates e seis derrotas além de especulação quanto ao envolvimento de Alef Manga (principal atleta do clube) no esquema de apostas investigado pelo Ministério Público.
O desempenho na competição nacional de pontos corridos já faz do clube paranaense o quarto pior início de campeonato e faz com que o Coritiba precise somar pelo menos 50% dos pontos daqui por diante para evitar mais um rebaixamento em sua história (que seria o quinto na era de pontos corridos). O cenário é ainda mais desanimador se lembrarmos que o Coxa está a mais de cem dias sem vitórias, o que totalizam incríveis 16 partidas somando todas as competições.
Com todo processo de reformulação dentro e fora de campo, o Coritiba agoniza e depende de muito esforço tanto dentro quanto fora de campo para evitar um catastrófico ano de 2023.